Capítulo 33

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Horas depois, saciados e felizes, saímos do nosso quarto e voltamos para a casa dos meus pais. Aparentemente fomos os primeiros a voltar. Os meninos deveriam estar doidos lá ou adormecidos, como eu, na minha primeira vez.

   Eu iria querer saber tudo o que eles sentiram, se gostaram do lugar, enfim, TUDO!

   Fomos direto dormir. Jungkook me deixou na porta do meu quarto e foi para o sofá da sala. Meus pais eram meio antiquados e por não sermos casados, não podíamos dormir juntos, enquanto estivéssemos aqui, na casa deles. Jungkook já os conhecia bem, já que frequentava a casa desde a adolescência.

   Encostei a cabeça no travesseiro e adormeci no mesmo instante.

   Pela manhã, tomei um banho, coloquei a sunga, um short, uma camisa leve e um chinelo e fui para a cozinha, tomar café. Quando cheguei à porta da cozinha, dei de cara com a bagunça de todos conversando, sentados à mesa, comendo.

Os bebês estavam no carrinho, mexendo as perninhas e os bracinhos. Fui para a cadeira vazia, ao lado de Jungkook, que se abaixou em minha direção, encostando os lábios nos meus, me olhando de um jeito cúmplice.

   ―Bom dia, Pequeno.

   ―Bom dia, amor. Bom dia para todos! ― Sorri e olhei para os meninos, com cara de quem diz. Eu sei o que vocês fizeram ontem à noite! Os dois enrubesceram e voltaram a atenção para a comida em seus pratos. Eu ri baixinho e Jungkook apertou minha perna por baixo da mesa, me advertindo.

   Comemos e conversamos banalidades, mas eu estava louco para irmos logo à praia. Eu queria saber! Ah, essa minha curiosidade!

   Cerca de meia hora depois do café, estávamos saindo em direção à praia, os nossos homens carregados de coisas, pois tinham que levar as cadeirinhas de descanso dos bebês, guarda-sóis, cadeiras e cooler, entre outras coisas, enquanto nós, íamos atrás. Jin e Tae seguravam os bebês e eu ia sem nada.

   Que mania de acharem que eu ainda estava doente. “ Você está em recuperação, Jimin. Não vai carregar peso, na realidade não vai levar nada, me dê isso aqui. ” Foi o que minha mãe me disse quando estávamos saindo e colocou minha bolsa no ombro do Kook. Como eu não queria contrariar, pois estava me sentindo culpado por não ter contado nada para ela sobre minha doença, deixei.

Jungkook sorriu para mim, aceitando e entendendo o que minha mãe havia feito, então, paciência.

   Os rapazes colocaram as cadeiras, esteiras e os guarda-sóis de forma em que todos ficássemos na sombra, principalmente os bebês.

   Caramba, esses homens estavam possessivos demais hoje! Eu queria uma brechinha para poder conversar com os meninos, mas eles estavam terríveis! Não saíam de perto um segundo, sempre cuidando, trazendo coisinhas, comidinhas, sucos, num paparico daqueles. Nós três querendo conversar e nossos respectivos Senhores não deixavam.

   Estavam em modo “ela é minha e ninguém toca”. Namjoon estava mais do que todos, pois ele tinha seus filhos também e estava em modo homem das cavernas, tocando Jin o tempo todo, parecia um gavião em volta deles. Hope
assumiu seu posto ao lado de Tae, de mãos dadas, ele acariciava o dedo dele o tempo todo e os olhares estavam mais do que quentes. Pensei “é acho que a noite deles foi boa, para estarem desse jeito hoje”. Tae que normalmente era faladeiro e todo dono da situação, estava dócil e nas mãos de Hope.

   Meu Kook também estava assim, mas ele era o tempo todo, então não era surpresa para mim.

   A tarde passou e a noite chegou. Todos jantamos a comida maravilhosa da minha mãe e de repente, todos resolveram dormir mais cedo. Eu não queria me afastar de Kook e fomos passear pela cidade. Passamos em uma sorveteria e compramos um pote de sorvete e calda de chocolate. Ele pediu colheres extras e fomos embora.

   Continuamos com nosso passeio e então ele parou o carro.

   ―O que aconteceu, Kook? Por que estamos aqui? ― Olhei em volta e estávamos em frente ao hotel, que ficamos da outra vez que fomos ao bar.

   ―Porque vamos tomar esse sorvete. E você vai ser minha taça. ― Tomou minha boca com uma paixão que me vi rendido a 
ele em um instante. Tão rápido quanto começou o beijo, acabou e ele saiu do carro, vindo abrir minha porta. Saí do carro e ele entregou a chave para o manobrista. Chegou na recepção, se apresentou e pegou a chave. Fiquei olhando, abobado para ele, que se explicou.

   ―Eu já havia ligado e reservado, vamos Pequeno, não aguento mais de vontade de te ter só para mim.

   Ah, aquele fogo de ontem me consumiu e me vi querendo tanto quanto ele.

   Pegamos o elevador e ele me puxou pela mão até o quarto,  abrindo a porta, com pressa.

   ***

   ―Pequeno, vamos tomar um bom banho de banheira. ― Jungkook disse, rindo, horas depois. Estávamos totalmente melecados de sorvete e calda de chocolate. A cama então, meu Deus! Teríamos que pagar um adicional só para reposição da roupa de cama!

   ―Uhum. ― Lambi seu peitoral, pegando um pouco da calda que estava ali.

   Jungkook riu mais alto e me deu um tapa na bunda.

   ―Insaciável.

   ―Culpa sua. Eu era um
anjinho. ― Brinquei com ele, me espreguiçando.

   ―Sim, eu sei. Agora eu tenho um diabinho, um monstrinho. ― Se abaixou e me beijou na boca. ―Vamos, Pequeno. Levante-se.

   Kook foi até o banheiro e escutei o barulho da água enchendo a banheira. Então ele voltou e vendo que eu não havia me levantado, me pegou no colo. Já no banheiro, entrou na banheira comigo ainda em seus braços e se sentou, me colocando entre suas pernas. Me lavou com cuidado e me entreguei ao seu carinho, me recostando em seu
peito.

   ―Isso, Pequeno. Você é meu e vou te cuidar sempre, zelar pelo seu bem-estar, pela sua felicidade.

   ―Sim, amor, sou seu e só seu.

   Nesse momento, felicidade era meu nome.

INCONDICIONAL  ( Jikook ) Onde histórias criam vida. Descubra agora