Quente

3.8K 295 747
                                    

Mahina

O cheiro amadeirado e marcante, flutuou até meu nariz e com isso as lembranças vieram, fazendo-me ansiar por mais.
Madara.
Minhas pálpebras estavam pesadas com o sono, passei ao mão pelo lençol certificando se ele ainda estava lá ao meu lado.

Ele não estava mais ali, e eu agradeci mentalmente. Não queria encara-lo agora.

Pisquei obrigando-me a abrir os olhos. Encaro o teto, recordei-me da noite passada. O calor se espalhou por cada pedacinho do meu corpo dolorido.
Ninguém nunca tinha me pegado daquela forma, muito menos me proporciando tal experiência. Eu não era tão experiente, tive um único parceiro e nem mesmo ele me fez sentir tão bem quanto Madara.
Mesmo que fosse por tesão ou por puro capricho, suas ações foram ásperas e obsessivas, deixando marcado não apenas meu corpo.
Madara me pegou com tanto desejo como se tivéssemos feito aquilo várias vezes, como se eu fosse dele.
A noite com ele foi a melhor que eu tive, e assumir isso para me mesma era difícil. Ele não foi gentil,pelo contrário, eu acabei permitindo e ele fez o que bem entendeu comigo.
Expirei insatisfeita, eu não quero mudar a forma que o vejo, não quero desejá-lo ou sentir qualquer sentimento em relação a ele.
Eu sei que a partir de agora ele vai me atacar muito mais, porém não posso amolecer diante dele, nem mudar a forma que o vejo.
Sinto que vai ser difícil.

— Argh... — gemi. — Que Porra eu estou fazendo?!

Balancei a cabeça afastando aqueles pensamentos, e fiquei de pé, sentido um pequeno incômodo na região da costa.

— Aquele arrombado maluco me paga...

Uma fraca rajada de vendo soprou através da janela entre aberta, e foi então que eu notei que estava chovendo. Eu não gostava de dias chuvosos, me limitava demais e trazia certas lembranças.

Primeiro de tudo eu deveria tomar um banho, e tentar encarar esse dia.

Catei minhas roupas que estavam amarrotadas no chão e vesti, sem saber onde estava minha calcinha, mas acabo não procurando muito.
Saio do quarto e atravesso o corredor indo até o quarto em que estava hospedada, enquanto rezava mentalmente para Madara não me ver, mesmo não sabendo onde ele estava.

Fui direto pro banheiro, fecho a porta e encho a banheira colocando algumas ervas e aromatizante, eu queria relaxar, então um banho de ervas era mais que o suficiente.

Assim que acabo, retiro minhas vestes e entro na banheira sentindo a pele arrepiar quando entra em contanto com a água quente.
Mergulhei uma toalha na água e pressionei contra meus olhos. Sinto aos poucos meu corpo inteiro relaxar, mas acabo ficando preocupada.

Coisas feitas tarde da noite, entre quatro paredes ou no calor do momento era diferente pela manhã, a exposição e com a mente clara. Há coisas que queremos e por causa dessa ambição agimos baseando-se no impulso. Mas agir baseados nesses desejos podem trazer consequências que não queremos encarar. Mas ela estava lá, querendo ou não. E hoje eu estava assim, sem querer encarar a consequência dos meus atos.

Não tinha ninguém pra ser culpado além de mim, e me lamentar não adiantaria de nada. Eu tinha que me responsabilizar pelos meus atos.

Passei a mão pela testa expirando cansada.
Por que eu acabei cedendo? Eu tinha certeza que tinha o controle de tudo, não pensei que seria daquele jeito.

𝐃𝐀𝐑𝐊 𝐑𝐄𝐃, 𝗠𝗮𝗱𝗮𝗿𝗮 𝗨𝗰𝗵𝗶𝗵𝗮 Onde histórias criam vida. Descubra agora