𝐃𝐀𝐑𝐊 𝐑𝐄𝐃, 𝗠𝗮𝗱𝗮𝗿𝗮 𝗨𝗰𝗵𝗶𝗵𝗮

Possessivo

Mahina

Coloquei o chá na xícara, no mesmo instante em que Akada surge na cozinha.

– Bom dia. – ela me cumprimenta com um sorriso colocando as sacolas sobre a mesa.

– Bom dia. – respondi.

– Você chegou a ver o Madara hoje? – franzi a testa.

– Por que a pergunta?

– Ele parecia estar de mau humor.

– E quando ele não está?

– Bem, talvez seja o tempo em que eu convivo com ele, sei quando ele está irritado. – eu não disse nada. – Acho que ele tem aquela coisa que chamam de mau humor matinal.

Eu ri bebericando o chá.

– Ou talvez seja a idade. – eu disse e ela sorriu.

– Embora seja instável, sei que ele é um bom homem, você não acha?

– Um bom homem? – olhei para ela. – Não, ele não tem nada de bom.

Ela riu e se aproximou de mim.

– Madara não era assim. As coisas que aconteceram obrigaram ele a mudar.

– Por que está me contando isso?

– Porque sei que há afeto atrás dessas hostilidade e rivalidade entre vocês. – juntei as sobrancelhas.

Essa velha deve ter ficado doida.

– Afeto? – eu ri desacreditada. – De onde tirou isso?

– Vejo a forma que ele te olha.

– E daí?

– E daí que faz tempo que ele não olha para uma mulher assim. – permaneço quieta. – Madara não consegue me enganar, e é só questão de tempo até vocês se darem conta que se gostam.

– Acho que já escutei o suficiente. – coloquei a xícara sobre a pia.

– Você deveria tentar conhecer o outro lado do Madara, ele consegue ser bom quando quer.

– Eu não estou interessada, o que acontece entre nós dois, não existe durante o dia, e não passa de quatro paredes.

– Vocês só usam essas desculpas. Não tem problema nenhum em assumir um sentimento.

– Não mesmo, mas no meu caso não tem sentimento para ser assumido. – caminhei até a saída. – Madara não está em busca de romance, nem eu, é bom tirar essa ideia boba de sua mente velha.

Peguei minha Katana antes de deixar aquela velha sozinha.
Fiquei levemente irritada com aquela conversa. Como ela consegue falar tanta bobagem? Uma relação de afeto entre eu e o Madara?
Não. De jeito nenhum.

Passeio pelo distrito, ainda arrancando alguns olhares suspeitos, mas resolvo não dá muita atenção.
Os uchihas tinham uma variedade de vendas, desde flores até armas.

Enquanto caminhava pela rua movimentada, meus olhos se fixaram em um homem alto e imponente. Seus cabelos negros, que alcançavam a altura dos ombros, dançavam suavemente com o vento. Tatuagens coloridas adornavam seus braços, revelando uma história de arte e autenticidade. Um piercing brilhante adornava seu lábio inferior, conferindo uma aura de rebeldia e ousadia.

Que? Não pode ser…
É ele…

Ele estava vestido com roupas despojadas, uma mistura de estilos que parecia refletir sua personalidade única. Uma camiseta surrada, combinada com jeans rasgados e uma jaqueta de couro desgastada.