Calculista

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Mahina

Abro os olhos devagar sentindo as pálpebras pesarem. Uma semente de dor aloja-se em minha nuca, me obrigando a grunhir. Esforcei-me, analisando ao redor, sem reconhecer o quarto que estava. Era todo amadeirado, com algumas pinturas antigas e janelas cobertas com cortina.

Consigo sentar na cama, organizando meus pensamentos, por um breve momento minha mante ficou em branco, mas não demorou até eu me recordar do que havia acontecido.

Eu não deveria ter atacado Madara, além de me sentir fraca, agora poderia surgir algum contratempo em relação a reforma da vila.
Fecho os olhos vivenciando uma sensação estranha,  não sabia descrever ao certo, talvez fosse a sensação de impotência. Porém, a sensação foge, quando uma senhora surge no quatro segurado uma tigela em mãos.

— Olá querida — me cumprimenta com um sorriso. — Vejo que já acordou. — a tigela foi posta na mesinha ao lado da cama. — Como se sente? Tive que tirar sua roupa para limpa-lá, você estava muito suja de sangue.

Olhei para meu corpo vendo que estava apenas de calcinha e um pano em volta de meus seios.

— Mas o que? — tento me colocar de pé mas falho sentindo minhas forças ir embora. — Porra...

— Você não pode se levantar assim. — me estendeu um copo com um líquido verde dentro. — Sei que está assustada, mas pode confiar em mim. Tirei sua roupa para cuidar de seus ferimentos, nada mais. — tomei o copo de sua mão, de qualquer forma, ela não parecia estar mentindo.

— Onde estou? — perguntei encarando sua figura zanzar de um lado para o outro no quatro.

— Na casa do Madara — arregalei os olhos. — Ele mesmo te trouxe e pediu para que eu cuidasse de seus ferimentos.

— O que? O Madara fez isso? — desconfiei.

— A ideia de te deixar lá foi bem tentadora — Madara pronunciou surgindo na porta.

— Então por que me trouxe? — beberiquei o chá. — Poderia ter me deixado lá.

— Nos dê licença, Akada. — a senhora apenas assentiu e saiu em silêncio. — Você deveria me agradecer, trazer você até Konoha não foi nada fácil.

— Você tinha a opção de me deixar lá, e não fazer isso foi uma escolha sua, então não te devo nada. — escuto sua risada.

— Desbocada, fiz apenas por causa de sua mãe. — ele coloca o corpo para dentro do quarto.

— Então deve falar com ela, não comigo. — respondo mau humorada.

— Você perdeu o juízo? — continuei bebendo o chá. — Me atacar daquela forma... eu poderia ter te matado.

— E não matou por que?

— Fiquei com pena — permito meu olhar cruzar com o dele. — Você parece uma criança as vezes.

Me coloquei de pé sentindo meu estômago doer só de encarar a cara dele. Coloquei o copo sobre a mesa, juntamente com a tigela. Madara me acompanhava com o olhar de braços cruzados e sorrindo de lado.

— Onde estão minhas roupas? — perguntei após procurá-las e não encontrar.

— Não vai tentar me matar de novo? — ele ignora minha pergunta. — Você desiste tão fácil assim?

— Madara, eu preciso de minhas roupas! — exigi tentando me manter calma.

Ele sorriu ainda mais e descaradamente sonda meu corpo com seu olhar, voltando a encarar meu rosto por fim.

𝐃𝐀𝐑𝐊 𝐑𝐄𝐃, 𝗠𝗮𝗱𝗮𝗿𝗮 𝗨𝗰𝗵𝗶𝗵𝗮 Onde histórias criam vida. Descubra agora