Capítulo 10 - Aleksander

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Caros leitores, este era para ser um capítulo bônus, mas eu não consegui voltar a escrever. Este é o último capítulo do Meia-noite que eu tenho pronto e por isso não pude liberá-lo com antecedência.

Espero ter um novo capítulo para vocês na semana que vem, mas isso não é garantido e espero que entendam a minha situação. Não gosto de deixá-los esperando, mas escrever é extremamente difícil e muitas vezes apenas sentar na frente do computador não garante que algo será escrito. 

Ressaltando, espero a compreensão e apoio de todos.

Beijos Érika!

                                                    ***

Assim que deixaram o restaurante, após o encontro com Andreas, Aleksander pôde farejar com facilidade a morte. Para os humanos os vampiros possuem um aroma agradável e extremamente sedutor. Já para os lobos todos os vampiros possuíam o mesmo odor. Eram tão fétidos quanto um cadáver há muito em decomposição. Dessa forma os lobisomens sempre conseguiam encontrar esses seres, mesmo em grandes multidões. Aleksander sabia que só poderia ser Magnus que os observava e fez o máximo que pode para ignorá-lo. Omitiu o fato de Daniela, pois não queria que ela se preocupasse antecipadamente. Além disso, não podia estragar o plano em um momento crucial.

O vampiro os seguiu até o edifício em que moravam e ao saírem do carro seu cheiro estava tão próximo que Aleksander teve de se concentrar muito para não olhar ao redor do estacionamento a fim de encontrá-lo. Aquilo não poderia ser um bom sinal, e ele esperava que Magnus apenas estivesse conferindo a veracidade das informações que havia obtido e não pretendesse entrar em contato com Daniela ainda naquela noite, pois se ele o fizesse não havia nada que Aleksander pudesse fazer para evitar. Felizmente seu tormento terminou quando entraram em seu apartamento. Não havia indícios de que Magnus retornaria e Aleksander torcia para que ele fosse atrás de alguma vítima e os deixasse em paz.

Naquela noite não conseguiu pregar o olho. Observava Daniela dormir tranquilamente ao seu lado, mas não podia se dar ao luxo de acompanhá-la. Precisava ficar atento, pois aquela ameaça era real, já que ao contrário de Leonardo, Magnus poderia invadir o apartamento com muita facilidade. Permaneceu de vigília até o alvorecer, quando finalmente pôde descansar. Passava das dez horas quando acordou e ao abrir os olhos notou que Daniela já não estava ao seu lado. Assustou-se por alguns segundos, até que sua audição aguçada revelou que ela estava na cozinha. Suspirou aliviado e dirigiu-se até o banheiro. Lavou o rosto e ao encarar seu reflexo no espelho assustou-se um pouco. A noite mal dormida o havia deixado com olheiras profundas, conferindo a seu semblante uma aparência de cansaço. Sabia que Daniela notaria assim que o visse, dessa forma decidiu que contaria a ela a respeito da breve perseguição. Após alguns minutos foi até a cozinha. Ela estava com os cabelos presos e vestia a camiseta que ele havia usado na noite anterior. Estava de costas para ele, concentrada no café. Provavelmente não fazia muito tempo que havia se levantado.

- Bom dia! – disse ao se aproximar dela. Daniela virou-se e brindou-o com um belo sorriso.

- Bom dia! – ela o beijou rapidamente e fixou os olhos em seu rosto – Você não dormiu direito? Está tão abatido... – disse preocupada.

- Acho que eu só consegui dormir por umas quatro horas... – admitiu e sentou-se.

- Teve insônia?

- Não... – fez uma pausa em busca das melhores palavras – o Magnus nos seguiu ontem à noite e temi que ele pudesse te raptar enquanto estivéssemos dormindo ou algo do gênero – Daniela arregalou os olhos verdes e ficou muda – ele nos acompanhou somente até o estacionamento, depois disso acho que foi atrás do Andreas ou encarregou-se de! alguma atividade vil. Acredito que ele mordeu a isca, então se prepare – assim que ele terminou a frase ela sentou-se e ficou contemplativa. Alguns minutos se passaram até que ela rompeu o silêncio.

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