Capítulo 1 - Confissões

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Eis aqui o primeiro capítulo e acredito que vocês ficarão bem curiosos no final da leitura. Dessa forma, ao invés de deixá-los esperando por uma semana, proponho um desafio valendo o segundo capítulo.

Algo bem simples só para começar o Meia-noite com o pé direito. Se até a meia-noite de amanhã esse capítulo receber 50 votos libero o segundo. É só uma brincadeira e assim que ela for cumprida libero o capítulo. O terceiro sai na próxima quinta-feira!

Espero que gostem!

Beijos Érika!

                                                     ***

Naquele dia deixei a Lynx Enterprise completamente atordoada, ainda sentindo os efeitos do breve desmaio. Precisava, ou ao menos tentar, colocar minhas ideias em ordem e ficar no escritório não era a melhor opção. Felizmente Emma havia me deixado sair sem fazer muitas perguntas e aparentemente não havia notado o verdadeiro motivo pelo meu mal estar. Assim que deixei o prédio enveredei para o caminho de meu apartamento e andei três quadras, tentando achar uma explicação razoável para o que havia acontecido. Simplesmente não era possível que depois de tudo que havíamos passado Aleksander tivesse me enganado, mas como uma noiva surgiria do nada?

Faltava pouco para chegar ao meu lar quando me dei conta de que não conseguiria entrar no apartamento. Tudo lá me lembra Aleksander, começando pelo fato que o imóvel é dele e não meu e também seria o primeiro lugar para o qual ele iria assim que soubesse que eu havia deixado a empresa. Sentia-me traída e não podia vê-lo naquele momento, caso contrário iria agredi-lo fisicamente. Dessa forma dei meia volta e comecei a andar a esmo. Após alguns minutos decidi ir até um parque que ficava no centro e não muito longe de onde eu estava. Precisava ficar em um ambiente neutro, pelo menos por hora.

O sol brilhava e não havia muitas nuvens no céu. Estava quente e o vento era quase inexistente. Procurei um banco vago onde houvesse sombra para me sentar e para minha sorte não tive dificuldade em relação a isso. Sentei-me e encarei o nada por alguns minutos antes de pegar meu celular da bolsa e telefonar para Luís. Meu amigo era a única pessoa que poderia me ajudar naquele momento, mas como eu revelaria a ele toda a verdade? Será que ele acreditaria em mim quando eu mesma havia duvidado apesar de ter visto Aleksander mudar de forma em minha frente? Essas perguntas fizeram com que eu segurasse o telefone em minhas mãos com receio. Durante o momento de hesitação verifiquei o horário e notei que fazia pouco mais de vinte minutos que havia deixado a Lynx. “E ele ainda não me ligou...” pensei enquanto imaginava o que ele deveria estar fazendo com a “noiva”. “Deve ter ficado tão contente com a visita que se esqueceu completamente de mim...” cogitei num misto de ciúmes, decepção e tristeza. De repente o celular vibrou em minha mão e tirou-me de meu devaneio. Olhei o visor rapidamente e como se tivesse pressentido era Luís que me ligava.

- Alô... – atendi com a voz fraca e rouca.

- Aconteceu algo Dani? – perguntou sem rodeios, devia ter percebido algo errado com a forma que atendi.

- Sim... Preciso de você! – pedi tentando conter as lágrimas que ameaçavam rolar a qualquer instante.

- O que houve querida? Vi que tinha uma ligação perdida sua e achei estranho já que você está no trabalho... – fiquei surpresa quando ele disse que havia uma ligação minha, pois pelo visto eu estava pior do que imaginava. Devia ter discado o número mecanicamente.

- Precisamos conversar... Pessoalmente – especifiquei – será que tem como você me encontrar?

- Dani são dez horas da manhã, não tenho como deixar meu serviço... Você está passando bem?

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