Meia-Noite

Capítulo 13 - Ameaça

Boa noite queridos leitores! Hoje trago a vocês um capítulo um pouco mais curto, mas é por um bom motivo. Estava escrevendo e acabei indo além do que o necessário na finalização do que aconteceu no retiro e se eu não separasse esta parte o capítulo 13 ficaria muito grande e sem um foco principal.

As postagens do livro ainda não tem uma data para acontecerem, estou postando a medida que minha criatividade e meu tempo me permitirem. Espero que compreendam.

No mais, espero que gostem desse novo trechinho da história! Aguardo os comentários! 

Beijos Érika!

***

Fiquei encostada à porta por alguns minutos para tentar disfarçar um pouco, pois queria evitar perguntas e comentários constrangedores. Quando por fim me juntei ao grupo todos me olharam ao mesmo tempo, ávidos por informações, então não consegui fugir da conversa. Luís era o que mais estava ansioso, talvez porque as outras mulheres já soubessem o que esperar de um lobo antes da lua cheia e ele não. Sentei-me no sofá ao lado dele e esperei que as perguntas começassem, mas para minha surpresa Silvana apenas disse:

- Viu só? Eu disse a você que não havia nada com o que se preocupar... – lançou-me uma piscadinha amiga.

- Então vocês já sabiam que isso iria acontecer? – perguntei, embora já soubesse a resposta.

- Sim! – Silvana riu e Andrea corou – lembro-me como se fosse ontem a primeira vez que acompanhei Augusto no retiro da lua. Digamos que eu fiquei tão surpresa quanto você, mas quando escolhe-se um lobo para companheiro é preciso preparar-se para coisas inesperadas.

- Mas se isso é normal por que o Aleksander não me disse nada? – "afinal ele sabia que eu estava insegura com relação a Pandora" pensei.

- Provavelmente porque ele não sabia que isso iria acontecer – dessa vez foi Andrea quem explicou – como a Silvana disse, tudo é uma surpresa, até mesmo para eles. Mas o que importa é que essa atitude dele provou que você é a garota certa! – sorriu para mim.

- Você tem razão... – sorri – mas e porque isso não aconteceu com vocês também? Digo, porque eles não vieram lhes procurar esta noite, assim como o Alek fez? – perguntei, deixando minha curiosidade falar mais alto.

- Com o tempo eles aprendem a controlar os instintos, acredito que o Aleksander já deve lhe ter dito isto. É mais seguro para nós que eles não nos procurem, já aconteceram acidentes...

- Ah... – exclamei e foi o fim da conversa sobre lobos e seus comportamentos peculiares. Continuamos juntos por um tempo falando sobre outros assuntos, até que o sono começou a dar o ar da graça e decidimos nos deitar.

Caí em um sono profundo assim que me deitei, pois desde que Pandora havia colocado os pés no Brasil e aparecido em minha vida, aquela era a primeira vez que eu me sentia de fato confiante.

***

Havia colocado meu relógio para despertar às sete horas, pois este era o horário que Aleksander costumava voltar a seu quarto. Felizmente acordei logo no primeiro toque e pude desligar o aparelho antes que os outros acordassem. Com movimentos rápidos e silenciosos, saí de minha cama e fui em direção a porta do quarto do pânico. Um silêncio predominava na sala, mas eu sabia, instintivamente, que Alek já havia subido até seu quarto e fui para lá apressadamente, com receio de encontrar algum lobo nu e perdido pela casa.

Entrei silenciosamente e constatei que estava certa. Aleksander estava deitado de barriga para baixo e dormia profundamente. Contemplei-o por alguns segundos e em seguida me aninhei a ele. Estava limpo e cheiroso, nem parecia que apenas a algumas horas atrás ele havia se transformado em um lobo sanguinário e irracional. Alek despertou com a sensação do meu toque e virou-se para me encarar. Seu semblante estava cansado, mas apesar disso ele parecia disposto a compartilhar um tempo comigo antes de entregar-se completamente ao descanso.