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— Isso tá parecendo Brasil e Alemanhã

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— Isso tá parecendo Brasil e Alemanhã. — murmurei quando o time do Falcão fez o quinto gol contra nosso time. O juiz deu o fim do primeiro tempo, e nós nos fechamos uma roda.

— Tá complicado o negócio. Tá parecendo o Timão humilhando qualquer time. — Jaime disse ofegante.

— Desse jeito a Maria Joaquina vai se dar mal. — Daniel comentou. — É impossível ganhar desses mitos.

— Nada é impossivel se a gente acreditar. — a professora disse.

— Parece que a gente nem tá em quadra. — Paulo murmurou desanimado.

— A gente tem alguns talentos que eles não conhecem. — Profa. Helena começou a dizer. — E nada como contar com o fator surpresa. Olha só a ideia que eu tive.

E era um bom plano, apesar de tosco. Com a ideia da professora, nosso time sofreu uma troca de jogadores.

Jaime se manteve, mas agora jogava com Valéria, Cirilo, Adriano e Laura.

Nosso primeiro gol aconteceu quando Adriano entregou um chocolate a um jogador do Falcão, que parou em confusão. Sua expressão piorou quando Laura roubou o doce de suas mãos antes mesmo dele dar uma mordida.

No segundo, Valéria fingiu uma torção e se jogou no chão, preocupando todos os adversários, que se distrairam com a cena e perderam a bola.

O terceiro gol foi feito por Rabito, que apenas atraiu os olhares de choque por ter um cachorro no meio do jogo.

O quarto gol foi feito por Valéria, sem nenhuma trapaça.

Quando íamos para o quinto gol, Paulo, que substituiu Laura, teve sua camiseta puxada pelo camisa 9 do time do Falcão. E assim, teriam que cobrar o pênalti. Jaime se ofereceu a bater a bola, mas antes que a chutasse, se virou de costas para os jogadores, fazendo com que todos desmaiassem pelo cheiro horrivel que saiu de dentro de si.

O sexto e último gol, foi o melhor de todos. Jaime chutou a bola da area do gol, e com a bicicleta de Alicia, nosso time ganhou a partida.

Nenhum de nós conteve a felicidade, e todos corremos para abraçar nosso time, com Laura pulando e derrubando pipoca sobre nós. Mas nossa alegria acabou quando um homem vestido de arara entregou um balão para a professora Helena. A professora o estourou, e um papelzinho caiu de dentro dele.

— Deve ser uma das charadas. — Val comentou.

— O que tá escrito ai? — Koki perguntou.

Aquilo não fazia o menor sentido. Todos nós estávamos na praça perto do salão de futsal, tentando entender o que aquela maldita pista significava. Eu me mantive afastada da turma, encostando meu corpo num dos postes de luz.

— Ei. — Paulo me chamou, vindo ao meu encontro. — Você viu, não é? — se posicionou em minha frente. — Os caras jogam muito. — sorriu ladino.

PANAPANÁ • paulo guerraOnde histórias criam vida. Descubra agora