Quando amanheceu, acordamos no susto. O cacarejado irritante de uma galinha soava por todo o alojamento. Cobri meu rosto com o travesseiro numa falha tentativa de abafar o som.— O sol já levantou. O galo já cantou. É hora de acordar. Tá ná hora! — ouvi a cantoria de senhor Campos.
Bufei e me levantei. Desci do beliche e me dirigi ao banheiro para escovar os dentes. Fiz minhas higienes e troquei de roupa ao voltar para o quarto.
Eu e algumas meninas nos dirigimos ao refeitório para tomar o café e depois nos reunirmos com o sr. Campos.
Quando Maria Joaquina se sentou, Cirilo veio até nossa mesa.
— Bom dia, Maria Joaquina! — ele exclamou sorridente. — Bom dia meninas.
— Bom dia. — nós respondemos, Maria Joaquina bufou.
— Maria Joaquina. — chamou. Ela apenas o olhou de canto de olho. — Sabia que o Daniel está na enfermaria?
— O que aconteceu com ele? — Carmem perguntou preocupada.
— Ah, eu não sei direito. Parece que ele foi picado por formigas.
Franzi o cenho. Isso é estranho. Levar umas picadinhas não deveria levar Daniel á enfermaria.
Quando nos reunimos no campo, vi Daniel com o pé enfaixado. Segundo ele, parecia que havia um formigueiro em seu tênis.
Formamos a fila lateral. Fiquei de frente para Paulo, que ria com Koki olhando o pé de Daniel. Quando Paulo me olhou, apenas balancei a cabeça negativamente e dirigi meu olhar para o Sr. Campos.
— Hoje o bicho vai pegar! — Sr. Campos começou. —Aliás, já pegou, no pé do nosso amigo Daniel. — apoiei a mão do ombro de meu amigo, que sorriu pra mim. — A nossa prova é composta por vários desafios. Corrida de revezamento com obstáculos complicados. O time que fizer em menor tempo vence a prova.
— Crianças, lembrando então, o time roxo está ganhando. — revirei os olhos com a intromissão da diretora. — É claro que o importante é competir, mas, fazer o que? O time roxo está vencendo.
— Cada um pro seu lado e façam suas estratégias. — e com essa ordem, cada time ae dirigiu á sua tenda.
— Eu e a Vic poderíamos ganhar fácil essa prova na mata. — Daniel comentou, com o pé sobre um banco.
— Mas com seu pé desse jeito, nem tem como. — murmurei apoiando meus cotovelos nos joelhos.
— Que falta de sorte a nossa! — Mario comentou. — Você levar picada justo hoje!
— Que falta de sorte, Mário? — Jorge se intrometeu. — Vocês são mesmo muito inocentes não é?
— Do que você tá falando, hein Jorge? — Alicia perguntou.
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PANAPANÁ • paulo guerra
FanfictionPANAPANÁ; bando de borboletas, que formam uma verdadeira nuvem ao migrarem. - Panapaná é o coletivo de borboletas, bem como o acampamento do Senhor Campos. E, graças a Paulo Guerra, descobri ter um "Panapaná" dentro de mim. Paulo Guerra x OC 🥇 #Ca...