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Depois do banho, Maria Joaquina me ajudou a secar meu cabelo

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Depois do banho, Maria Joaquina me ajudou a secar meu cabelo. Me vesti com uma calça jeans e uma blusa preta de mangas longas, calcei os meus tênis e sai do quarto junto á Laura e Bibi.

Sr. Campos e os demais bonitores acenderam a fogueira e espalharam lençois pelo chão, junto com algumas almofadas. Sorri ao ver o violão preto encostado ao lado da Diretora Olivia e me apressei a pega-lo.

Sentei numa das almofadas e fiquei dedilhando as cordas num ritmo desconhecido por mim. Aos poucos nossa turma se juntou. Margarida se sentou a minha esquerda, Jorge á direita e Koki en minha frente.

Quando estávamos todos no circulo, deslizei meus dedos sob as cordas, numa melodia conhecida por todos.

— Como é bom saber que você está aqui comigo... — Cirilo começou.

— Juntinho de mim. — Todos completamos.

— Saber que a gente tem uma amiga, um amigo, sempre, bem perto assim. — Mario prosseguiu.

— A gente sente o coração mais quentinho — cantei sem parar de tocar — e fica alegre feito um passarinho — Carmem completou comigo.

— E dá vontade de gritar pra todo mundo saber — um coro dos alunos foi ouvido. — Amo você, gosto tanto de você. Dá pontinha do pé, até a ponta do nariz. — Margarida tocou meu nariz de leve, acabei soltando uma risada. — Amo você, gosto tanto de você, do jeito que você é, me faz sentir feliz. — quando olhei ao redor, senti o olhar de Paulo sobre mim. Apenas sorri para ele, abaixando o olhar para o violão.

Nossa cantoria se estendeu por mais alguns minutos. Alan havia pego o violão e começado a tocar para que eu pudesse aproveitar a fogueira e os marshmellows.

Quando Valéria e Carmem se levantaram com o chamado de Davi, eu como uma boa maria fifi acabei seguindo as duas, assim como o resto da turma.

Senti minha boca se abrir em choque com a surpresa de Davi. Sorri e acompanhei as palmas quando Valéria entrou na canoa enfeitada com Davi.

— Isso é tão romantico. — Laura começou. — Eu não vou aguentar. — rimos com seu comentário.

Quando a canoa começou a levar meus amigos para longe, o resto se dispersou, mas eu continuei parada na ponte, encantada com a decoração fofa que Davi havia feito.

— Você não vai voltar? — dei um pulinho de susto quando ouvi a voz de Paulo.

— Ah, daqui a pouco eu vou. — Murmurei cruzando os braços, ainda observando a vista, sentindo a brisa fria bagunçar meus cabelos e arrepiar meu corpo.

— É melhor voltar. — Paulo parou ao meu lado. — Você 'tá tremendo, e sua boca 'tá ficando roxa. Você se aquece um pouco na fogueira. — O olhei.

— Eu só... tô pensando no quão fofa foi a surpresa do Davi. — tornei a olhar onde a canoa estava, porém ambos já tinham desaparecido no riacho. — Eu gostaria de estar no lugar da Valéria. — encarei o garoto em minha frente, que fez uma careta confusa.

PANAPANÁ • paulo guerraOnde histórias criam vida. Descubra agora