A M O R
Eu costumo falar tanto sobre amor, que as vezes deixo de pensar em seu significado. Acredito que qualquer pessoa em minha situação já teria desistido dessa palavra.
Mas se não foi o amor que me guiou até aqui, o que terá sido então?
Eu tinha todos os motivos do mundo para decidir me afundar, bom, talvez eu esteja me afundando, aos poucos, tentando tirar a água de dentro do barco com um minúsculo balde, mas que tem me mantido na superfície.
Eu precisei desenvolver amor mesmo depois de tudo, era o que me restava, eu não poderia simplesmente desistir, pode não parecer, mas isso não combina comigo. O amor tem sido minha ponte, e não pretendo me jogar dela.
Eu conheci o amor pela primeira vez através de laços de consanguinidade, pela segunda vez quando descobri a amizade, e pela terceira quando conheci ela.
Não há forma certa de explicar o amor, diferente de tudo, esse é um sentimento abstrato, que não foi feito para ser estudado, mas sim sentido e absorvido, e é isso que eu entendo por amor.
É por isso que deve acreditar quando digo que te amo, eu conheci o amor, e sei quando o sinto. E apesar de tudo, amar não é tão fácil quanto parece, é um sentimento belo e suave, mas que se origina de dores e aprendizado.
Então por favor, me permita amar, pois além de respirar, o amor é a segunda coisa que me mantém viva.
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Pensamentos de uma mente lésbica
شِعرUma série de prosas poéticas escritas por uma mulher lésbica para pessoas lésbicas. Narrativas imersas em metáforas sobre a sexualidade feminina e questionamentos de um cotidiano lésbico.