quarenta e três

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Em baixo de um grande arco branco onde lhe continha rosas vermelhas pelo arredores

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Em baixo de um grande arco branco onde lhe continha rosas vermelhas pelo arredores. Estavam eu, a minha esposa e um Arcrebiano que tinha conseguido volta a tempo para o Brasil, ele mesmo iria nos casar em território brasileiro.
Com um curso fácil pela Internet ele conseguiu uma licença e podia casar qualquer um. Ele estava acompanhado de Vanessa que já esperava até um filho dele, semanas depois da nossa despedida tensa no aeroporto eles reataram e ela foi para a Suíça viver esse grande amor. Agora voltando ao meu casamento, deixamos para que todo mundo se acomodasse em suas mesas para começar a cerimônia e logo depois a nossa festa.

─ É uma grande honra estar aqui para celebrar a união dessas duas linda mulheres e minhas melhores amigas. ─ disse Arcrebiano para nos casar, estava de frente para a gente e com uma expressão tão bonita no rosto que me fazia sorrir mais ainda. ─ pelo poder investido em mim e por um site do Google, eu as declaro marida e esposa. Mas antes do beijo, as alianças por favor.

Carla retirou uma caixinha com as alianças que estavam sob uma mesa  próxima. Quando voltou para o mesmo canto, Ela colocou o anel em meu dedo anelar e eu fiz o mesmo com a loira.

─ bem, alguém tem algo a dizer contra este casamento? ─ perguntou especionando o lugar com os olhos para ver se alguém iria se posicionar. ─ certo então eu acho que

─ espera! ─ gritou um homem que caminha até nós, meu semblante mudou totalmente quando eu consegui ver quem era. ─ esse casamento não é válido.

─ o que você está fazendo aqui, Arthur? Carla e você terminaram à um ano. E você aparece do nada pra fazer isso? Estragar a nossa felicidade. ─ eu disse para ele, fervendo à raiva. Como uma pessoa dessa tem coragem de fazer isso? Parece até uma obsessão.

─ um dia eu disse à Carla que queria me casar com ela na França onde vocês se casaram também. Mas ela disse o seguinte: se dois brasileiros se casarem na França e retornar ao Brasil dias depois, terá que pedir o divórcio e se voltar ou falar que está solteiro cometerá falsidade ideológica.

─ isso é verdade? ─ olhei para Carla, bem fundo nos seus olhos. Onde vi o seu olhar de medo, e eu pude sentir que era verdade o que Arthur estava falando. Mas eu precisava ouvir algo dela.

─ sim, não estamos casadas legalmente. E na França foi uma pequena farsa também parque eu assinei o meu nome errado para que eu não perdesse minha licença de advogada.

Suspirei vagamente, olhei para os lados e vi as pessoas se encarando, fofocando e outras tristes assim como minha mãe e a de Carla. Quando vi as lágrimas delas escorrerem eu tomei um decisão, qual sendo ela era sair dali.

─ onde você vai? ─ Carla segurou o meu braço impedindo que eu saísse de baixo do arco.

─ pra longe, mas bem longe de você. Eu te amei, fiz aquilo tudo por você. Eu te dei juras de amor, enquanto a gente se amava. Ou pelo menos eu acha que tínhamos amor uma pela outra.

─ por favor não diz isso. Eu amo você.

─ me amar? Carla eu acho que você não sabe o que é amor. Mas eu vou contar o que eu sinto por você, ou melhor sentia. Eu olhava pra você todas as manhãs quando ainda dormia e pensava o quanto eu era sortuda de ter uma pessoa como você do meu lado e o quão difícil seria ficar longe de você. Porquê o que eu sinto por você é uma amor inexplicável, porquê o amor, não tem sentido. Mas o meu amor por você nunca iria me permitir te machucar assim como você fez comigo. ─ eu disse à loira que abaixou a cabeça, e ficou quieta escutando tudo. ─ eu estava enganada sobre você. Não precisa nem assinar o divórcio foi tudo uma farsa mesmo.

eu segurei as lágrimas em uma respiração e andei até o Hotel em frente em frente à praia. A única coisa que eu queria era sumir dali, não importava o lugar eu ia hoje ainda. Peguei o carro que a gente tinha alugado e dirigi sem rumo até chegar em um shopping. Onde lá eu parei para comer. Comida seria a única coisa que poderia me acalmar. Me sentei na praça de alimentação com o prato e talheres em mãos e os deixei na mesa para buscar um suco no balcão.
Minha expressão muda quando começo a deliciar a refeição do shopping, quando senti o suco de maracujá descendo pela minha garganta então nem se fala. Comer foi o meu antidepressivo, isso até eu olhar a tela do celular. Tinham vinte e sete chamadas perdidas de Carla, umas quinze só da minha mãe e uma de Deborah que foi agora pouco. Disquei o número e pus no viva-voz para que pudesse comer durante a ligação.

Ju, como você ? ─ perguntou a ruiva no outro lado da linha telefônica.

─ eu tô muito, muito mal. Como ela pôde ter feito isso comigo? ─ disse com a voz abafada com o choro. Eu sou muito emotiva mas aquele foi o primeiro momento que eu chorei pelo acontecido.

tu quer que eu compre uma passagem pra tu voltar ainda hoje pra paraiba? Ou pra São Paulo?

─ eu vou pra São Paulo, eu não posso abandonar o salão desse jeito. ─ levei minhas mãos até a minha face para enxugar as lágrimas durante a ligação. ─ eu quero voltar hoje mesmo, me manda tudo pelo celular e eu me ajeito.

certo, vou te mandar tudo. Eu levo sua mala comigo quando eu for voltar amanhã, visse?

─ sim, e Deborah... obrigada por tudo eu te amo.

para Juliette eu faço de tudo por vocês, eu te amo muito também.

Naquele mesmo dia à noite subi em um avião para voltar para São Paulo, difícil vai ser conseguir retomar a vida com aquilo. Não tá sendo fácil não.

Notas: carliette ou sem carliette? eu não sei o que colocar no final e desculpem por isso.

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