**Sequência da trilogia: Quando tudo dá errado... **
Henry e Cecília desfrutam as delícias de um casamento cheio de amor, que com o tempo só aumentou a química e a intimidade desse casal maravilhoso, mas agora eles não estão mais sozinhos, seus filh...
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Todos nossos convidados já haviam indo embora, o pessoal do buffet levava embora o último móvel. Agradeci, acertei o que era necessário e finalmente eles se foram.
— Que noite! — suspiro fundo, deslizando a mão pelo rosto. Aproximo-me das bebidas e me sirvo de uma dose generosa se whisky.
O jantar foi um sucesso, acredito que todos se divertiram, mas o clima estava muito pesado em meio a nossa família. A Cecília estava estranha a noite toda. Algo estava acontecendo que deixou ela abalada, e não era só sobre o Anthony. Eu estava péssimo, tudo que aconteceu, minha briga com o Anthony, esse mal-estar o dia todo, a Brie a Cecília para baixo. Enfim, a culpa caiu com peso nos meus ombros. A Cecília me avisou tantas vezes, pediu tanto, e meu orgulho me fez tomar as piores decisões. Essas coisas fizeram com que eu também não estivesse no meu melhor momento, e quando vi meu pai, tão abatido, um peso se formou no meu estômago.
Teve a alfinetada do Erick à Rebecca na frente de todos, e vi como a Cecília ficou com a situação, mas sem dúvida, as palavras do Anthony me feriram profundamente. Como ele pode dizer aquilo? Ele sugeriu que eu estava preocupado em mostrar minha família para os outros, como se eu não me importasse com ele, só o quisesse aqui por faxada! Onde nós nos perdemos dessa forma? Suspiro novamente e sigo para a varanda. A Cecília estava lá, com uma garrafa de vinho, sentada olhando para o nada enquanto brincava com a taça em seus dedos.
— Todos já foram embora! O pessoal do buffet também! — anunciei me sentando ao seu lado. Ela sorriu sem me olhar e continuou com o olhar perdido, pensativa. Fiquei em dúvida se tentava falar algo mais e decidi apenas degustar minha bebida em silêncio ao seu lado. Ficamos ali alguns minutos, até que ela se levantou.
— Eu vou subir, meus pés estão me matando! — sorri pegando a garrafa e a taça e segue para dentro de casa. Termino minha bebida ainda pensativo, e tentando digerir esse clima estranho.
Após algum tempo, subo e vou para o closet me trocar, ela está lá tirando suas joias, e permanece em silêncio, mesmo com minha chegada.
— Meu pai estava um pouco abatido, você não achou? — Arrisco puxar assunto.
— Sim, eu também percebi.
— Talvez eu deva dar mais atenção a isso, embora saiba que minha mãe cuide muito bem dele.
— Sim, o Collin merece nossa atenção. — Resposta objetiva de novo.
— Pensei que a presença do Anthony te deixaria mais feliz!
— Deixou, tirando o fato dele trazer aquela garota sem noção! — rebate ríspida. — Ele deve ter feito de caso pensado mesmo.
— Tem algo que está te incomodando que você não falou? — Ela fecha a gaveta de acessórios e segue para a penteadeira, onde começa a tirar a maquiagem.
— Não sei, você tem?
— Quem está estranha é você! Estou tentando dialogar e você não me da abertura. Aconteceu algo que eu precise saber? — Ela me encara pelo reflexo do espelho com uma feição nada amistosa.
