Lights On

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Era bem cedo quando despertei

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Era bem cedo quando despertei. Sorri ao ver o lindo dia que havia acabado de nascer, através da janela, que propositalmente deixei com as cortinas abertas, para me ajudar a despertar logo no primeiro raio de luz que entrasse por ela.

Eu estava feliz, definitivamente feliz. Os últimos meses judiaram muito de nós. Problemas familiares, a doença do Collin, crise no casamento, processo, violência... enfim. Finalmente essas águas haviam deixado nossa família. Me sentia orgulhosa por passar por tudo isso e estar aqui, firme. Me sentia orgulhosa do homem que escolhi para ser meu marido, que apesar de tudo que passamos, também se manteve firme e fiel ao nosso bem mais precioso. E me sentia orgulhosa dos meus filhos, que apesar de viverem um ano atípico, evoluíram e amadureceram, e assim como nós, permaneceram firmes apesar de todas as adversidades.

Observei Henry dormir tão profundamente e sorri. Eu o amava tanto... Hoje seria o dia que viajaríamos com nossa família e amigos, para passarmos um tempo com Collin. Essa ideia surgiu por Henry, quando ele ainda estava hospitalizado, visto o conselho que o médico havia dado para que aproveitássemos a vida e quem amávamos. Logo Henry conversou com os irmãos que toparam imediatamente e como parte da família que eram, Tom, Jam e Erick também iriam conosco, com suas respectivas famílias.

Brie e Harry haviam chegado dos EUA há alguns dias, ele estava radiante, sua carreira estava emplacada e mais convites maravilhosos chegavam a cada dia. Brie, voltou de lá com um brilho diferente também, acredito que essa experiência deu a ela uma segurança maior sobre seu relacionamento com Harry. Era dolorido dizer, mas minha garotinha ingênua e doce, estava dando lugar a uma jovem mulher segura de si, o que era incrível, exceto pelo fato que via meus filhos voando cada vez mais longe do nosso ninho, o que era saudável e esperado, mas dolorido.

Para reforçar ainda mais essa realidade, sorrio ao recordar o momento que ela voltou da América onde Henry a recebeu com um estiloso carro novo. Ela havia finalmente tirado sua carteira de motorista, e Henry cuidou de escolher um carro, pessoalmente, para ela. A empolgação dele era imensa para presentea-la e quando ela viu ficou maluquinha com a surpresa.

Confesso, que por um momento, senti que para Henry, isso era para lembrá-la seu lugar como primeiro homem da sua vida, visto o ciúme e o incômodo que ele ficou com a sua viagem. Era comum vê-lo ligando para ela, para falar nada, alegando saudades e vontade de vê-la por chamada de video. Bem, esse pensamento poderia até ganhar força, caso ele não tivesse feito o mesmo pelo Anthony quando ele tirou também, sua carteira de motorista. Henry era um pai absurdamente incrível, o que só aumentava meu amor, e meu desejo pelo meu homem.

Não tivemos mais notícias sobre Noah, Rebecca, Mark e toda a corja que escureceu nossos dias nos últimos tempos. De tempos em tempos, eu me pegava pensando na visita repentina de Rebecca, naquela tarde na nossa casa. Se eu não acreditasse nos sinais que meu corpo emanava quando ela se aproximava eu poderia dizer que ela estava se redimindo sinceramente. Obviamente que não falamos mais sobre isso, deixamos todas essas pessoas no seu devido lugar, no passado.

Quando tudo dá errado ... Parte 3Onde histórias criam vida. Descubra agora