Um Presente Perfeito

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Acho que nem em mil anos poderei descrever o que senti, ao ver os olhos de Cecília abertos, se dirigindo a mim

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Acho que nem em mil anos poderei descrever o que senti, ao ver os olhos de Cecília abertos, se dirigindo a mim. Ela despertou do coma, era real. Os enfermeiros faziam os procedimentos necessários, sendo que a primeira coisa que ela fez, foi tentar tirar a sonda que estava em seu nariz.

Cecília acordou um pouco desnorteada, confusa. Era de se esperar. A princípio ela não conseguia se comunicar muito bem. Embaralhava algumas palavras, esquecia de outras, mas o médico disse ser comum, e só o fato de ela estar falando, era muito bom.

Uma coisa, não mudou desde o momento em que ela abriu os olhos, o seu sorriso. Assim que seus olhos brilharam para mim, ela levou os olhos aos meninos que estavam encostados na parede, e sorriu lindamente.

Já haviam passado dez dias que ela havia acordado. Sua capacidade cognitiva estava em quase 100% exceto por algumas confusões ou outras, e também por alguns esquecimentos que aconteciam, mas também dentro do esperado.

Bem, ela acordar era tudo que precisávamos e esperávamos, mas ela sentia muitas dores. Cecília sofreu várias fraturas, muitas costelas foram atingidas, e isso ainda causava muito desconforto, embora ela quase não reclamasse.

— Estou bem, juro! — Sorriu delicadamente para mim enquanto eu a questionava sobre dores e desconforto.

— Não precisa esconder se não estiver bem, só para não me preocupar! — Insisto acariciando seu rosto.

— Você precisa relaxar, estou amando seus cuidados, mas você está sempre tenso, preocupado...

— É porque eu te amo! — Beijo sua mão com um sorriso carinhoso nos lábios.

— Estou atrapalhando alguma coisa? — me viro e vejo Denny e Bill juntos, ambos segurando um arranjo de flores cada um. — Viemos visitar uma pessoa convalescente e encontramos um casal na lua de mel? — Provoca com seu jeito cretino de sempre.

— Se eu disser que está? Você vai embora? — Revido com bom humor e os dois gargalham.

— Cecília, mesmo doentinha, continua linda! — Bill se aproxima dela, dando um beijo na sua mão, testando meu autocontrole.

— Da para se controlar, Lindo? Não quero fazer com que você ocupe um leito do hospital também!

— Ele continua agressivo! — Bill pisca para Cecília fazendo ela rir.

— Obrigada por vir Bill! — Ela diz gentilmente.

— Eu vim antes, mas você ainda estava dormindo! — ele diz carinhosamente, acariciando sua cabeça. Emito um rosnado que faz ele se afastar com um sorriso cínico no rosto.

— Eu também vim! — Denny  revela enquanto apoia as flores na bancada. Cecília já ocupava um quarto comum, sem a necessidade dos cuidados intensivos.

— Obrigada... — Cecília faz uma pausa, um pouco constrangida — ... desculpe, eu esqueci seu nome! — Ela me olha um pouco triste.

— Denny! — ele se encosta na cama, segurando a mão dela, esbanjando charme. Outro que pretendo internar. — Não precisa se desculpar, geralmente as mulheres não se lembram mesmo do meu nome, somente de mim! — Brinca levando ela rir.

Quando tudo dá errado ... Parte 3Onde histórias criam vida. Descubra agora