AVISO: Essa história é inspirada no mangá de Attack on titan (Shingeki No Kyojin) e contém SPOILERS desde a sinopse. Não recomendado para quem quer resguardar as surpresas do anime.
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Já se passaram três anos desde a chamada 'Batalha entre o Céu e a Terra". Um número incontável de pessoas morreram e as que sobreviveram vivem com a dor daquele dia. Assim como com as preocupações de uma nação vivendo na realidade.
Com o poder dos Yeageristas, Eldia continuou enviando artilharias todos os dias. Com a preocupação de que as pessoas do outro lado iriam invadir, Paradis viveu em medo. O reino se tornou um e bradava: Se ganharmos, vivemos. Se perdemos, morremos. Se não lutarmos, não podemos ganhar. Lute! Lute!!
"Eldia e o mundo, até que um deles desapareça, a guerra não irá acabar."
O que Eren disse talvez não estivesse errado. Mas o Eren escolheu deixar esse mundo para nós, o mundo em que vivemos agora. Um mundo sem titãs.
Historia Reiss
A Rainha leu a carta prestes a ser enviada a antigos companheiros em voz alta para a mulher sentada à sua frente.
"Está bom?" Historia pediu a opinião da subordinada antes de lacrar o envelope.
"Você escreve bem." a outra admitiu, mesmo com ressalvas em relação ao conteúdo.
A Rainha sorriu ciente da discordância e selou o envelope pronto para o envio.
Talvez o significado por trás daquelas palavras fosse o suficiente para a maior parte das pessoas, mas não para ela. Julie Horner nasceu no inferno conhecido como Distrito Subterrâneo, na ilha de Paradis. Fome, violência, injustiça, humilhação, abandono, solidão... ela os conhecia tão bem que quase os poderia chamar de amigos. Apenas uma coisa já não habitava o coração dessa mulher, medo.
Julie assistiu seu pai ser assassinado, mas não conseguiu impedir ou revidar, paralisada pelo medo. Anos depois, sua mãe teve um fim ainda pior, mas o medo continuava a aprisioná-la. Apenas quando a última pá de terra tampou o caixão de sua mãe, o medo a abandonou. Como se o sentimento causador de tantos arrependimentos fosse enterrado junto ao cadáver desfigurado para apodrecer debaixo da terra.
'Julie', a garotinha gentil de cabelos dourados e olhos ingênuos também foi sepultada naquele dia. A criança manchada pelos pecados da humanidade tornou-se Ilya.
A personagem fictícia conhecida na literatura como 'a boa prostituta', emprestou àquela criança não só o nome, mas uma nova personalidade. Ilya, a prostituta do distrito de Trost, a mulher sem medo, tingiu os cabelos para escurecê-los, retirou o vestido preto usado no funeral e penetrou a si mesma com um cabide de madeira. Nenhum homem faria aquilo, Ilya se tornaria mulher por suas próprias mãos.
Ela fechou os olhos e comprimiu os lábios para que nenhuma lágrima ou gemido escapassem e empurrou o cabide para dentro de si, de uma só vez. Quando o hímen se rompeu, a transformação estava completa e seu longo caminho de vingança, pronto para começar.
