12 - O que importam as razões?

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Já se passaram mais de dois anos desde a última vez que a vi. Depois que encontrei o maldito bilhete, eu nunca mais a procurei. Todas as outras pessoas com quem me importei estão mortas. Para mim, era o suficiente acreditar que Ilya estava viva em algum lugar.

Pra ser honesto, eu nem pensei muito nela durante esse tempo. Depois que tomei aquele sermão da Hange e com toda a merda que aconteceu, nem sobraria espaço na minha cabeça pra pensar em mulher.

Bom... teve aquela vez, quando meu esquadrão e eu acampávamos na floresta tentando impedir que o Zeke se encontrasse com o Eren. Tínhamos retornado do ataque a Marley há um mês. Era noite e aquele macaco filho da puta começou a falar merda, achando que poderia me constranger.

"Você não faz muito sucesso com as mulheres,faz?! É melhor não querer me dizer o que eu sinto ou deixo de sentir."

Sério que de todas as pessoas no mundo, e naquele dia ainda existiam muitas, eu ouvi uma merda dessas daquele cabaço imbecil?! Dava pra estimar quantas punhetas ele batia por dia só de olhar pra cara de virjão dele. Ilya e eu provavelmente fodiamos mais em uma semana do que ele já tinha trepado em toda a vida.

E o pior, era que o merda do Zeke tava certo. Um dos motivos pelos quais Ilya me deixou foi porque tentei impor a ela como deveria pensar e se sentir. Por um instante, minha mente viajou se perguntando onde ela estaria e o que estava fazendo naquele momento. Eu esperava que, ao menos, estivesse com uma companhia melhor do que o pedaço de bosta sentado na minha frente.

"Eu já fiz. No passado... Tá?"

Cacete! Eu nem percebi que tava entrando na conversa daquele imbecil. Mas era só mais uma tentativa patética de jogo mental pra me convencer a levá-lo até o Eren. O que, aliás, Ilya teria feito mil vezes melhor.

De todo modo, logo chegou a notícia de que o Comandante Zachary estava morto, que os Yeageristas tinham tomado o poder militar em Paradis e a teoria de que Zeke, Eren e Yelena vinham trabalhando juntos em um plano para neutralizar nossas forças.

Foi quando percebemos o quanto estávamos fodidos. Quando eu me dei conta de que toda e esperança que depositamos no Eren, a minha esperança que nos fez chegar tão longe, não passava de uma farsa, tão vulgar e ilusória quanto uma piada infame. E, daquele momento até segundos atrás, eu só consegui pensar em que resultado apresentaria para os tantos colegas que entregaram suas vidas e seus corações em nome dessa tal esperança. Em que merda aconteceria com o futuro da humanidade.

Eu ainda não sei o que vai acontecer. O Eren conseguiu o que queria, acabou com todos os titãs, mesmo sacrificando ao menos dois terços da humanidade para isso. Eu cumpri minha promessa, arranquei a maldita cabeça do Zeke. Acho que já posso me juntar aos outros e... finalmente descansar.

So ist es immer - Levi AckermanOnde histórias criam vida. Descubra agora