7 - Some place to be at peace

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É claro que eu voltei. Voltei uma, duas, três, quatro... depois de um tempo eu já nem contava quantas vezes tinha me encontrado com Ilya. Ao todo, acho que nos vimos por quase dois anos.

Aconteceu no período em que o esquadrão de reconhecimento trabalhava junto com a guarnição para exterminar os titãs da ilha, antes do Eren enlouquecer e toda aquela merda com Marley começar. As missões eram simples, com os poderes do titã de Ataque, do Colossal e as engenhocas da Hange, os soldados humanos se tornaram quase obsoletos para eliminar os titãs puros.

No começo, os intervalos entre os encontros eram maiores. Depois, passei a procurar Ilya sempre que tinha tempo livre. Na maior parte das vezes, acontecia durante as madrugadas. Ela tinha os horários invetidos e eu, uma forma de ocupar as noites de insônia. Eu a esperava sair do bar e a acompanhava até o apartamento, onde ficávamos juntos até o amanhecer.

Ela cumpria a mesma rotina todos os dias, chegava em casa depois de ter dado para sabe-se lá quantos homens, tomava banho para se limpar das secreções e também algum chá, para se livrar do resto.

Eu sempre a pagava pelos nossos encontros, mesmo depois que percebi que aquela puta distribuía a maior parte do dinheiro que ganhava para quem quer que a abordasse chorando miséria. Merda! Isso me lembrava o Furlan entregando nossos lucros pros aleijados do subterrâneo, então não parei de pagar.

Às vezes fodiamos a noite toda, às vezes apenas dávamos uma ou duas, às vezes nem tinha sexo. Ilya gostava de contar histórias e debater teorias sobre os livros que lia. Também vivia me perguntando sobre os titãs e as batalhas. Tenho certeza de que se alguma vez tivesse levado a Hange ali, aquelas duas conversariam até não sobrar mais saliva na boca.

Uma vez arrisquei perguntar porque ela rejeitava os policiais militares e só dava para os veteranos sequelados das batalhas contra os titãs. A primeira parte da pergunta era bem óbvia, Ilya não ligava para dinheiro e odiava a polícia militar. Normal. Todos com o mínimo de bom senso odeiam a polícia militar.

Embora não fosse tão óbvio, a parte dos sequelados também não era difícil de imaginar.

"Era um lance da minha mãe. As chances de te espancarem ou roubarem são reduzidas consideravelmente se o cliente vem com um braço ou perna faltando. Mas não é só pela incapacitação que eles são mais gentis. Alguns pagam e nem trepam. Eles só querem ser tratados como seres humanos novamente."

Desde que Isabel e Furlan se foram, eu não me sentia tão à vontade em compartilhar minha vida pessoal com alguém. Ilya conseguia reunir em si, a mesma sensibilidade bondosa do Furlan e a jovialidade radiante da Isabel. Ela também parecia menos louca quando não estava cortando a garganta de estupradores ou tentando me chantagear para conseguir sexo. Estar com ela era... Como posso dizer?.. Agradável.

So ist es immer - Levi AckermanOnde histórias criam vida. Descubra agora