Informações disponíveis ao público: aos vivos que vão continuar

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Julie desceu a rampa de desembarque do navio carregando duas pesadas malas de mão, ambas continham apenas livros.

Embora também fosse uma ilha, um arquipélago, na verdade, Hizuru não se parecia com qualquer que fosse o distrito de Paradis. A região beira mar, próxima ao porto, era contornada por uma larga avenida, cercada por prédios relativamente baixos, com cinco ou seis andares, quadrados e moldados em arquitetura moderna. Haviam carros percorrendo as ruas. Pessoas apressadas passando pelas calçadas com seus ternos, vestidos e chapéus. Até mesmo um avião bimotor cortava o céu.

Aquele lugar foi pouco atingido pelo Estrondo, então, diferente da maior parte do mundo, era limpo, arborizado e conservava seus prédios intactos.

"Julie Horner-sensei?!" alguém chamou e acenou em sua direção.

Era um garoto de cabelos loiros e um rosto gentil. Não devia ter mais que dezesseis ou dezessete anos e estava acompanhado. Ao lado dele, uma garota de cabelos castanhos, da mesma idade, usando vestido quadriculado e chapéu apontava para a mulher.

"Ao menos finja que você não odeia todos os humanos e cumprimente a professora. Ela chegou."

A garota cobrou da terceira pessoa no grupo. Pelas roupas, era um homem. Estava sentado em uma cadeira de rodas na frente dos outros dois, mas um jornal aberto diante do rosto tampava a identidade daquela pessoa. Com a cobrança, ele apenas ajeitou sua coluna para ficar mais confortável na cadeira e continuou a leitura do jornal.

Aqueles três deviam ser as pessoas de confiança mencionados por Historia que receberiam Julie no continente. Ela se aproximou e os cumprimentou.

"Bom dia. Eu agradeço pela recepção."

"Seja bem vinda, sensei. Deixe que eu carrego sua bagagem." o adolescente retribuiu.

O homem na cadeira de rodas finalmente ergueu o rosto para observar por cima do jornal. Ele ainda reconhecia aquela voz, mesmo que já tivesse perdido a esperança de ouvi-la mais uma vez.

"E, a propósito, eu sou Gabi, esse é o Falco e o cara rabugento na cadeira de rodas é o Capitão..."

"Le-vi...?!..."

Os grandes olhos verdes da mulher de cabelos dourados se estatelaram como se vissem um fantasma. Suas mãos trêmulas soltaram as alças das malas, as deixando cair no chão antes que Falco conseguisse apanhá-las.

"Os jornais disseram que você morreu no Forte de Salta..."

Levi já não estava atrás do jornal. Esta era uma imagem muito diferente da que Julie se lembrava. Uma de suas pernas era de madeira, estava cego de um olho, tinha o rosto marcado por grandes cicatrizes e dois dedos a menos. Mas não era apenas isso que o tornava diferente de antes. Ela nunca tinha visto uma expressão como aquela no rosto daquele homem, ele estava... em paz.

So ist es immer - Levi AckermanOnde histórias criam vida. Descubra agora