Aviso de gatilho: este capítulo contem cenas ou mensões relacionadas a estupro, prostituição infantil, violência sexual, violência física e violência psicológica. É recomendada cautela para os leitores mais sensíveis.
Ilya estava viva e fora de risco. Disseram que eu fui um herói, mas eu não fiz porra nenhuma. Não consegui protegê-la, assim como não protegi as outras pessoas que amei. Se aquela vadia continuava viva e, segundo disseram, se recuperaria sem sequelas, era por sua própria determinação em sobreviver.
Ela deixou o hospital depois de dois dias internada. Não estava de alta, apenas esperou que os policiais militares terminassem de colher seu depoimento e saiu durante a troca de turno das enfermeiras. Ela também não relatou nosso envolvimento pessoal.
Eu não fui visitá-la no hospital. Não queria que o pessoal do exército tivesse motivos para especular sobre a minha vida. Menos ainda que passassem a comentar que foi por motivos pessoais que me envolvi com o caso dela. E esses bostas nunca sabem quando calar a boca.
Eu deveria ter ido?... Talvez sim. Vai saber o que se passou na cabeça daquela doida durante o tempo em que esteve internada... Haviam militares circulando por todos os corredores, vai ver ela os ouviu falando sobre a verdade que eu hesitei em contar. A verdade sobre a decisão que tirou de Ilya a chance de ser feliz e que ela tinha o direito de ter ouvido de mim.
Ainda hoje, acho que aqueles dois dias foram o começo do fim.
De todo modo, o Lord Durcet foi preso no dia em que toda a merda aconteceu. Para o azar dele, o Comandante Zachary tinha acabado de criar mais uma das engenhocas bizarras de tortura que ele costumava chamar de obras de arte e quase foi possível ver os olhos daquele velho pervertido brilharem quando soube que poderia estreá-la com um membro da nobreza.
Um bunda mole acostumado com o luxo como Durcet abriu o bico nos primeiros cinco minutos. O Zachary ainda estendeu o interrogatório por mais algumas horas, sob o pretexto de garantir a confiabilidade das informações. E o que descobriu foi que Durcet comandava um verdadeiro esquema de prostituição, envolvendo inclusive escravidão sexual de crianças.
Afundado na merda até o pescoço, nem mesmo a posição social e fortuna conseguiram livrá-lo da justiça. Ele foi condenado à prisão perpétua e teve sorte de não ser linchado pelo povo, como foi exigido pela multidão indignada na frente do tribunal.
Os capangas que o acompanharam no ataque contra Ilya tiveram o mesmo fim, com exceção de dois homens, esses foram esfaqueados pela vítima e morreram na hora. Soube que um deles foi empalado com uma lâmina atravessada no cu. Algo que me soou um tanto quanto familiar. Puff que amador. Mais um ou dois sofreram ferimentos leves. Essas deviam ser as pessoas a quem pertenciam algumas das volumosas poças de sangue espalhadas pelo apartamento dela. Aquela puta era realmente durona, mas isso foi com certeza um gatilho para aumentar a crueldade com a qual foi torturada.
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So ist es immer - Levi Ackerman
FanficAVISO: Essa história é inspirada no mangá de Attack on titan (Shingeki No Kyojin) e contém SPOILERS desde a sinopse. Não recomendado para quem quer resguardar as surpresas do anime. ...