6 - Sem arrependimentos

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Aviso: 🍋


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Os ganchos do DMT se fixaram na parede e os cabos puxaram meu corpo. Pousei de pé dentro do terraço cercado por canteiros. Era noite e algumas brasas queimavam sem chamas na fogueira, produzindo uma linha fina de fumaça.

Dois dias haviam se passado desde que estive ali. E, mesmo com todos os esforços, eu não conseguia parar de pensar naquela merda por um minuto sequer. As perguntas não respondidas, a foda inacabada... a maldita puta louca que eu tive a infeliz ideia de seguir.

Eu... estava me arrependendo? Depois de tantos anos, tantos sacrifícios, tantos erros e decisões difíceis... Desgraçada! Como era possível que uma vadia sem qualquer importância fizesse com que um homem carregando tantas vidas e mortes nas costas se arrependesse?!

E se fosse esse o caso, eu estava arrependido pelo que, porra?! Por ter enterrompido a foda? Por ir embora sem as respostas para as minhas perguntas? Por pensar que aquela loucura acabaria ali?

Que se foda! O Reconhecimento ainda estava de luto, mas logo começaria a trabalhar em um plano para limpeza de Titãs da área cercada pela muralha Maria, além das bombásticas informações contidas nos diários do Dr. Jeger, e eu simplesmente não conseguia me concentrar. Tinha que resolver aquela merda antes da próxima missão e só havia uma forma de fazer isso.

Tirei minhas botas, entrei pela abertura da parede e segui até um quarto do apartamento que emanava uma luz fraca pela porta aberta.

Ilya estava ali, sentada confortavelmente sobre a cama modesta, com um livro nas mãos. Ela usava uma camisa branca larga, com um comprimento que devia chegar à altura da coxa. Com os joelhos flexionados, a abertura da camisa deixava suas roupas de baixo expostas.

Os peitos redondos marcados por baixo do tecido. As virilhas contornando a calcinha, os mamilos desenhados em alto relevo no tecido branco. Só aquela imagem já era o suficiente para me deixar duro.

Ilya mexia comigo de uma forma estranha, como se compartilhássemos algum tipo de tensão ativada pela presença. Ainda hoje eu não sei explicar. Era como se algum tipo de aura ou conexão se formasse quando estávamos na presença um do outro, despertando uma sensação instintiva e irracional, acho que posso chamar de 'tesão'.

Ela não pareceu surpresa, menos ainda intimidada, ao me ver ali. Na verdade, pareceu já estar esperando e, até, ansiosa pelo meu retorno. Ela fechou o livro que lia e o depositou sobre a mesa de cabeceira ao lado da cama. Era um volume raro sobre a história da civilização.

"Você se lembrou de tirar as botas..." ela me encarou com a expressão satisfeita de quem sempre conseguia o que queria.

"Tire a roupa."

So ist es immer - Levi AckermanOnde histórias criam vida. Descubra agora