III | Aquele dos cupidos incompetentes

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– Você tiraria zero em flerte

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– Você tiraria zero em flerte. – Adrian Pucey ri junto com Terence Higgs – Seja mais direto.

    – Se ele for direto vai assustar Wood. – Terence para de rir e interfere, causando mais risos entre os dois.

    – Ainda não vi graça. – Marcus sai do banheiro usando apenas uma bermuda e uma toalha nos ombros.

    – Foi mal, mas é engraçado pensar em você tendo uma conversa civilizada com Wood. – Adrian diz tendo a concordância de Terence – Mas por que não perguntou sobre aquela noite?

    – Eu não sei. Se ele não disse nada por que eu diria? – Joga a toalha no seu canto.

    – Marcus, você está fazendo seu sétimo ano de novo, isso só pode ser um sinal. – Terence diz.

    – Sinal de burrice, mas também é um sinal para que converse com Wood logo. – Adrian desvia da almofada.

    – Não precisa ser agressivo. – Higgs pega a almofada e a põe entre suas pernas – Vamos Marcus, sua raiva diminuiu drasticamente, sua confiança também?

    – Vocês não estão ajudando. – Marcus bufa – Ou eu melhorava meu comportamento ou era direto para Azkaban.

    – Okay, sem problemas. – Adrian levanta da cama – Vamos te ajudar, é só falar o que precisa.

    – Acho que ele é grandinho o suficiente para resolver isso sozinho. – Higgs olha para os dois com tédio.

    – Eu não acho. – Adrian diz, recebendo uma cara fechada de Flint – Em todos os anos os dois se odiaram e, do nada, dormem juntos?

    – Esse "se odiaram" soa mais "tesão acumulado". – Terence adiciona – Então, Marcus, você sempre gostou do Wood?

    Os dois olham para o maior, deixando o ambiente vergonhoso e o sangue do capitão ferver.

    – Saiam! – Flint esbraveja, pegando seu travesseiro e batendo nos meninos, que riam saindo do quarto. Adrian o olha e sorri.

    – Você está mentindo para si mesmo! – Ri fechando a porta.

    Marcus trinca os dentes e logo se joga em sua cama. Estava com vontade de socar a primeira coisa que visse, sem se importar com as consequências. Mas ele não podia, seus pais foram claros, mesmo que ele não se importe muito. Aliás, o que ex-comensais da morte podem falar dele? Exatamente, nada.

    Respirando fundo, massageia sua têmpora em busca de paz. Indo para seu cantinho feliz, como Terence o ensinou. Como seria seu lugar feliz? Grama verde, aros gigantes, um goles e balaços voando em sua direção. Não tem coisa melhor do que um simples amistoso. Imagina ele mesmo, voando em alta velocidade, desviando dos balaços e jogando o gole na direção dos aros. Tudo planejado. Mas um ser invade seu lugar feliz, Oliver Wood faz uma grande defesa. Isso faz o sonserino voltar a realidade.

    – Que merda, Wood. 

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– O que vamos fazer agora? – Terence pergunta, enquanto vaga pelos corredores junto com Adrian.

    – Eu sou a pior pessoa para te responder isso, mas acho que podemos começar com uma ducha no vestiário, já que, acabamos de ser expulsos do nosso dormitório. – Adrian ri, pegando o rumo para o campo, onde se encontra o vestiário.

    Os dois apertam o passo por conta do horário, não queriam pegar uma detenção ou coisa pior, coisas que Filch inventa, que é melhor não saber. Terence é o primeiro a entrar no vestiário e o primeiro a ouvir o que estava acontecendo na parte dos armários, então segura Adrian para que não avance mais.

    – O que foi?

    – Fale baixo, porra. – Sussurra tentando reconhecer as vozes – Acho que é Wood e mais um cara.

    – Estão se pegando? – Pucey indaga.

    – Soa mais como uma discussão. – Responde – Vamos ver de perto.

     Os dois se aproximam, se escondendo atrás da parede dos chuveiros ficando na frente da área dos armários de equipamentos. As vozes não estavam estridentes, mas Oliver parecia desconcertado.

    – Oli, por favor.

    – Doyle! Inferno, você é surdo, porra? – Wood joga, tentando soar baixo.

    – Oli, me escuta. – Brennan tenta acalmar o grifano, o que parece piorar as coisas.

    – Estou. Ocupado. – Fala pausadamente, apontando o giz para lousa, evitando olha–lo.

    – Você pode me ouvir enquanto desenha.

    – A questão é que eu não quero.

    Doyle suspira, se aproximando aos poucos.

    – Olha, eu estava passando por uns problemas na época.

    – Só faz 2 anos, ninguém muda de uma hora para outra. – Oliver aperta o giz na lousa.

    – Mas eu mudei! O que eu posso fazer para que acredite em mim? – Chega mais perto, balançando as mãos para ele mesmo, forçando o grifano a olha-lo.

    – Some, simples assim.

    Brennan abre a boca para mais diálogos, mas para e pensa.

    – Esta comprometido? – Indaga.

    – O que isso tem a ver? – Oliver arqueia uma das sobrancelhas.

    – É aquele sonserino, né? – Ri com as mãos na cintura, Doyle tinha uma pele bronzeada, cabelos pretos e olhos da mesma cor. Sua altura batia com a de Oliver, os deixando na mesma situação.

    – Queria que Marcus estivesse aqui. – Terence fala baixo, Adrian concorda, curioso para o que poderia acontecer.

    – Mesmo se eu namorasse ele, você seria o último a saber, pois eu não me importo mais contigo. Entendeu? – Cruza os braços já sem paciência. O corvino fica uns segundos quieto, até finalmente sair a passos rápidos.

    Terence e Adrian se escondem na parede, mas Doyle passa reto, sem nem notar os sonserinos. Os dois se olham com os olhos arregalados.

    – Porra. – A voz de Oliver sai falhada de primeira – Porra! – Sua luva vai parar no fim dos armários, assustando os pequenos espiões. O grifano senta no banco, passando a mão em seus cabelos, frustrado. A dupla achou melhor voltar ao dormitório e ver se Marcus ainda estava com raiva.

    – Me sinto culpado. – Higgs desabafa – Ouvimos demais.

    – Eu me sinto bem, talvez isso ajuda nosso querido brutamonte. – Pucey sorri.

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Consequências de uma noite | FlintwoodOnde histórias criam vida. Descubra agora