Burning Heart - Loki Fanfic [PT-BR] [COMPLETA - FINALIZADA]

A calmaria de uma vida quase humana

"Nothing's gonna hurt you, baby

Nothing's gonna take you from my side"

"Nada vai te machucar, querida

Nada vai te tirar do meu lado"

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1 ano e 11 meses depois - 24 de Dezembro de 2015, Montauk em Midgard

Alice sorriu. A mais feliz dos nove reinos, com um sorriso grudado de bochecha a bochecha na face. Corada pela lareira ligada e aquecendo toda a casa, o frio apertando em Montauk, onde a neve cai pesada na areia da praia, onde as ruas da cidade pequena estão decoradas como em filmes, bonecos de neve, casas extremamente decoradas e piscando tanto ao ponto da luz colorida refletir na janela dela. O som da lareira ligada estalando e misturando-se ao som da música vindo do rádio ligado na cozinha, enquanto Frank Sinatra Have Yourself a Merry Little Christmas toca. Afinal, é natal, e todo o país e boa parte do mundo estão em clima natalino. Uma música que por muito tempo foi sinal de tristeza e solidão para Alice Wilde, mas que agora faz parte de dias felizes de sua vida incrivelmente feliz. Antes, ela odiava o natal porque nunca teve uma família boa, mas agora ama o natal porque tem uma família, tem sua própria família, e que a faz a mais feliz de todo o universo, uma família de dois, ela e o Deus parado em sua cozinha fitando biscoitos natalinos com uma face confusa e que fazia Alice gargalhar baixo. O cheiro de biscoito de baunilha invadindo todo o ambiente da casa quente e decorada.

- O que supostamente devemos fazer com isto? - Loki perguntou, confuso, ele tinha as sobrancelhas arqueadas para baixo. Alice sorriu grande, feliz, ao vê-lo parado ao lado da mesa da cozinha, estava com roupas casuais, e nada de traje, mas roupas dele e não de humanos, roupas mais leves e sempre esverdeadas, os longos e cada dia maiores cabelos pretos escorrendo pelos ombros fortes.

Tudo isso ainda é tão novo para ele, entender sentimentos tão fortes, o amor pela humana, a confusão de se adaptar a midgard, se destravar para toques e suavidade, algo que ele aprende com ela. A felicidade calma que sente ao olhar para ela, longe de guerras e como ter nas mãos a maior preciosidade do universo e que apenas ele tem. Mas a cada dia que passa ele está mais distante do coração congelado repleto de ego e ódio que teve por toda a sua existência. Viver ao lado dela é como ver o mundo pela primeira vez, como reaprender a viver sem rancor. E faz tudo por ela. E é vulnerável só por ela. Redenção e paz. Como sentir que pertence à algum lugar, um lugar que é uma pessoa, pela primeira vez em um milênio e meio como ele nunca se sentiu antes.

- É natal - Alice respondeu, se aproximando - Lembra? Fizemos isso no ano passado. A árvore, as luzes, o frio, você quebrou três canecas minhas porque queria mais chocolate quente e achou a tradição do papai noel uma grande "ideia idiota e insolente criada por humanos, a coisa mais estúpida que já ouvi em séculos" - riu baixo, lembrando-se.