Sábado de manhã a dona Iná e a vó Rosa foram a cidade visitar alguns amigos do tempo em que moravam aqui, eu também estou de folga então a Júlia me convidou para ir até a cidade vizinha fazer compras e eu realmente estava precisando pois as roupa da cidade não combinavam com as daqui.
- eu quero ovos mexidos em bacon coisinha - Laisa entra na cozinha.
- os ovos estão na geladeira o bacon na prateleira de cima. Fica a vontade.- digo terminando de lavar a xícara que tomei café.
- você não entendeu empregadinha, é pra você fazer - ela desdenha.
- acho que você que não entendeu. Se tivesse usado outro tom eu até poderia fazer essa gentileza, mas além de você não ser minha patroa, eu estou de folga. Boa sorte.- me viro para ir em direção a porta.
- olha aqui sua coisinha, eu ainda vou ser a dona dessa fazenda e quando isso acontecer eu faço questão de te colocar no olho da rua- ela ri - agora faz alguma coisa que preste e me sirva.
Quando eu estava prestes a responder a voz do Antônio surge.
- o que tá acontecendo aqui?- ele me encara.
- nada, eu só estava explicando pra ela onde os ovos e o bacon ficam - dou de ombros - como é meu dia de folga já estou indo. - vou em direção a porta quando escuto.
- acredita que essa coisa não quis fazer meu café de manhã. É um absurdo amor, você precisa da um jeito nessa empregadinha de quinta.
- Laisa a Dani está de folga e não tem obrigação de atender você - fala irritado - até porque a função dela e cuidar dos meus filhos e não dá cozinha.- ele me encara e eu sorrio de lado em agradecimento - obrigada Dani pode aproveitar seu dia.
- Obrigada.
O passeio na cidade vizinha foi espetacular, a Ju é uma amiga e tanto. A tarde quando voltamos a fazenda fui direto tomar um banho e guardar as minhas coisas, a vó Rosa voltaria somente a noite e não tenho com quem conversar a não ser os cavalos.
- o dia hoje foi incrível. Lembrei daquele tempo onde eu achava que as pessoas se importavam comigo - disse baixo - eu sei , mas nessa vida a única pessoa que se importa comigo e a vó Rosa - sultao relincha - e você.
Conto pra ele meu dia, uma forma de desabafo que me faz sentir um calor no peito.
- eu fico pensando em como teria sido se a minha vida não tivesse mudado o rumo...
- falando sozinha ?- Antônio entra no estábulo.
- não, com o sultão - falo sem olhar pra trás - já estou de saída.
- acho melhor correr então porque vai chover.
Me viro em direção a saída e quando vou passar por ele, me segura.
- o que foi?- pergunto seria.
- da pra você baixar a guarda e conversar comigo?- ele pede me analisando.
Respiro frustrada.
- ok. O que você deseja patrão ?- falo sorrindo.
Ele solta uma gargalhada.
- viu e por isso que não dá pra baixar a guarda. Você se faz de louco ou o que?- pergunto irritada.
- porque você muda de humor com tanta facilidade que as vezes é engraçado não posso fazer nada- da de ombros.- como foi seu encontro?
- depois que você me assediou no banheiro?- o encaro - foi ótimo obrigada.
- o meu também foi ótimo, obrigada por perguntar.- ele fala debochando.
- fico feliz! Era só isso?
- quanto ao banheiro.... Eu bebi de mais e falei várias coisas... cê desculpa o jeito mas não deixa de ser verdade.
- você só pode tá brincando com a minha cara!- reviro os olhos e saio bufando.
- espera Dani- ele pede. Mas eu não escuto continuo andando para fora do estábulo já que o caminho até o casarão é grande. Trovoada ressoa alto.
- Dani - quando ele grita a chuva forte invade junto com trovoada e relâmpagos.- volta pro estábulo antes que um raio atinja.
Ele não espera e me puxa contra seu corpo como forma de proteção, a sensação dos nossos corpos em contato e algo extraordinário. Eu travei na hora.
- você não pode sair na chuva assim anjo - ele fala rouco enquanto a chuva cai.
- p....pode meee soltar - digo nervosa. Ele sorri em meio a chuva e me abraça pela cintura, nossos corpos colados, seus olhos cravados no meu, ele desce até meus lábios e retorna, sorri de lado e passa os dedos em meus lábios semi abertos e leva a mão até minha nuca.
- já beijou na chuva antes?- pergunta rouco.
- não.- sussurro. Parece que tem milhões borboletas voando dentro da minha barriga e meu coração quer sair pela boca.
- então teremos uma primeira vez - e de repente seus lábios estão contra o meu.
A boca quente e macia, a língua ávida em explorar a minha que não demora a responder com ansiedade contra a boca dele. Seus braços me pressionam com maior intensidade e as mãos vão até minha bunda ele as aperta e me puxa para seu colo e caminha comigo pra algum lugar que não faço questão de saber. Parece que tô anestesiada.
A chuva para de cair sobre nós e ele para o beijo devagar, com um selinho.
- cheirosa.... Deliciosa muito mais do que eu imaginei - beija meu pescoço e eu abro os olhos percebendo que voltamos ao estábulo.
Sinto a língua passar pelo meu maxilar me fazendo gemer.
- você vai ser a maior perdição da minha vida minha garota- ele diz e toma minha boca novamente, sinto a ereção pressionar meu ponto úmido e louco por ser tocado, enquanto nossas línguas duelam numa batalha sem ganhador as mãos apertam minha bunda e friccionam contra sua ereção. Ele geme rouco na minha boca e o som reverbera lá em baixo.
Uma mão começa a subir por baixo da minha blusa e ele toca meu seio. É gostoso demais. E a realidade me acomete, ele é meu patrão. Eu não sou mais um de seus casos. Me solto tão rápido quanto o beijo começou e ele me olha ofegante.
- o que foi anjo?- pergunta rouco. A voz repleta de desejo.
Respiro fundo e tomo coragem.
- não sei o que você tá pensando que eu sou, mas se acha que vai brincar comigo, me usar como faz com essas mulheres e as descarta como lixo, tá muito enganado! - falo e o empurro. Ele não faz menção de vir até mim o que deixa aliviada.- se quer continuar essa vida de promiscuidade não me inclua na lista.
Não espero ele falar, saio correndo em meio a tempestade em direção ao casarão. Graças a Deus não entro ninguém ao chegar e vou direto ao banheiro tirar essa roupa gelada.
O que eu fiz! Beijei meu patrão, e foi o melhor beijo da minha vida. Mas não vou ser mais uma na vida de alguém que só quer usar as pessoas. Daniela se for pra amar alguém tem que ser recíproco.
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Um cowboy para chamar de meu!❤️🔥
Romantik" Atrás de cada mulher forte e independente, existe uma menina que teve que aprender a se recuperar e nunca depender de ninguém." "Mesmo que me perguntassem, eu não afirmaria Eu fingiria, eu negaria até a morte, eu negaria até o fim Quando você cheg...
