32- verdades 🚨

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Estão gostando da história?
Mais um capítulo pra vocês ❤️

Não sei quanto tempo tô aqui presa, mas sei que parecem uma eternidade. A porta abre de lado e marcos entra com uma bandeija de comida.
- oi linda vim trazer algo que Ocê gosta, peguei da fazenda um bolinho da vó Rosa - ele sorri.
- por favor marcos me tira daqui - choro - você é meu amigo.
- sinto muito linda. Mas agora é impossível voltar atrás.- suspira - e eu prometo que você vai ser feliz comigo longe daqui.
- eu não vou ser feliz sem o Antônio. Eu o amo.- choro.
- amor passa Dani. - diz impaciente - agora come a droga do bolo que eu lhe trouxe.
Joga em cima da mesa e sai batendo a porta.

Eu preciso sair daqui, mil planos passam pela minha cabeça, e pra eu concretiza-lós preciso estar forte. Acabo me deliciando com o bolo em meios as lágrimas de saudades. Ah meu cowboy que saudade.

Acordo num sobressalto com a voz do Brian e do Marcos discutindo.
- acho que ela tem o direito de saber disso- marcos fala.
- cala boca seu peão de merda! Você só tá nessa porque foi fácil te comprar! Ela não vai saber de nada. - Brian diz.
- cara ela tem o direito de saber o porque de toda essa sujeira
- vai se fuder seu babaca!- escuto móveis fazendo barulho.
- ela tem direito de saber que não é filha daquele crápula! - marcos grita e escuto barulhos de soco.

Como assim? Eu não sou filha de quem eu sou? Pode parecer errado mais uma onda de alívio me toma, saber que não tenho nada com aquela família me deixa aliviada mas com medo. Não faz sentido eu ainda estar aqui.

A porta do quarto abre bruscamente e Brian entra com um sorriso que faz meu sexto sentido aflorar.
- não chega perto de mim!- grito.
- calma docinho, nós teremos o nosso momento a sós - ele ri.- vim te trazer isso- me joga uma sacola - vem toma um banho que você tá cheirando mal, e eu quero bem cheirosinha quando nossa visita chegar e depois pra nossa conversa particular.
Ele espera que eu pegue a sacola e me leva até o banheiro.
- não tenta nenhuma gracinha - aperta meu braço e meus olhos se enchem de lágrimas - senão eu antecipo meus planos com você.- fala
Próximo ao meu ouvido e me joga em seguida dentro do banheiro.

Tomo um banho rápido com medo que Brian entre aqui ,me sinto suja, cansada. Dentro da sacola havia uma calça jeans, blusa de manga curta e um casaco, tênis e roupa íntimas. Me visto rapidamente e penteio meu cabelo.

- não é uma das melhores roupa mais da pro gasto - Brian ri.- vem logo.
Sou arretada novamente ao quarto que eu estava e ele me tranca.

Sinto uma mão acariciar meu rosto. E sussurro.
- Antônio - falo sonolenta.
- não sou eu seu noivo - marcos diz sério.
- marcos por favor não faz isso. - imploro.
- anda Dani desce que temos visitas - ele me ajuda a levantar e me guia até o andar de baixo. Meu corpo paralisa quando encontro Brian, Laisa, e... aqueles que dizem ser meus pais junto de vários homens armados.

- oi querida filha - ele diz sarcástico- que ótimo reencontrar você.
- pena que não posso dizer o mesmo- digo repleta de coragem e ele sorri junto Brian.
- viu garoto! Continua a mesma abusada!- ri - é uma bastarda mesmo.- cospe as palavras.
- querida...- a mulher diz me olhando com pena.- fico feliz que esteja bem e viva, por favor coopere conosco.
- feliz? Duvido! Queriam era que ele estivesse morta pois nunca foram atrás de mim.- cuspo as palavras ressentidas.

Marcelo sorri sarcástico enquanto Flávia me olha com pena.
- vocês saiam daqui - diz para os caras armados e para marcos e Laisa que se olham e sobem a escada enquanto os outros vão para o lado de fora.
- o que você quer de mim?- falo nervosa com meus olhos marejados - porque já sei que não é meu pai.
Ele sorri.
- finalmente não preciso mais fingir!- ele coloca as mãos pro céu teatralmente.
- o que você quer comigo? Não sou nada sua! Não tenho nada que você quer!- digo alterada.
Brian olha pro Marcelo que sorri. A esposa dele senta e observa tudo atentamente mas não fala nada.

- infelizmente coisinha você tem uma coisa que me pertence e eu a quero de volta - diz sério.
- eu não tenho nada! - grito e ele segura avança sobre mim e me desfere um tapa. Eu o olho chocada e assustada .
- você tem o sangue inútil do meu irmão! Que pra eu não perder a droga da empresa tive que fingir que tomaria conta de você e adorei. O burro do meu irmão não aguentou quando a vagabunda da tua mãe aquela fraca morreu quando você nasceu!- cospe as palavras e puxa meu cabelo pela nuca forte me machucando enquanto meus olhos escorrem de lágrimas.- você é tão insignificante é ruim que nem aqueles infelizes te quiseram - ele ri - mas a empresa só vai ser minha quando você morrer ou assinar esse papel aqui - me vira em direção a mesa onde Flávia está com um papel e caneta em cima - abrindo mão de tudo querida sobrinha. E tudo ser como sempre deveria tudo meu!

Me leva pelos cabelos até a cadeira e me mostra o papel.
- eu assino qualquer coisa contanto que deixe em paz seu montro!- falo estridentes tentando me soltar.
- se você for boazinha eu deixo - ele ri  e olha pro Brian que sorri.
Meu sangue todo congela, sinto um medo absurdo passar pelo meu corpo, algo me diz que não vai ser assim.
Assino os papéis sem ler e ele os pega sorrindo e entrega a Flávia que sorri.
- obrigada querida - e os guarda.
- agora garoto! - chama Brian - e toda sua - e sorri.

Brian me arrasta pelos cabelos escadas acima, lá encontro marcos amarrado numa cadeira enquanto Laisa sorri. Olho a cena petrificada.
- desculpe Dani eu tentei de tudo pra ficarmos juntos - ele suspira derrotado - eles me enganaram.
- cala a boca seu burro!- Laisa ri - aproveita e olha o que o Brian vai fazer com ela - ela vem até ele e lhe dá um selinho  e me encara - vou aproveitar e consolar meu cowboy - pisca e sai do quarto.
- me solta - grito. - você tá maluco Brian!
- cala a boca sua puta barata!- ele me acerta um soco com tanta força que sinto meus lábios serem cortados. - eu vou te arromba de todas as formas e depois termina de te matar! Acabar de vez com o serviço de anos atrás - ele ri- a propósito você não lembra do marcos né ?
Eu estou chorando e nervosa não entendo o que ele quis dizer.

- Dani.....- marcos diz e abaixa a cabeça não conseguindo me encarar.
- ele me ajudou aquela vez, ele também te comeu depois que demos aquela surra em voce! - ele cospe as palavras e o choque atravessa meu rosto - mais o cara é tão covarde que veio se esconde aqui na fazenda e olha a ironia do destino! - ele ri.

Ele não espera que eu reaja, não tenho tempo, quando dou por mim sinto meu corpo levando duas pancadas uma na barriga, e outra no ombro e Caio no chão. Nunca me senti tão insignificante como hoje.

Meus pais morreram, ninguém me quis de verdade ou se quer me amou! Me sinto tão inútil, usada, que a única que eu quero e morrer. Estou no chão chorando enquanto sinto meu corpo ser acertado várias vezes, minha cabeça bate no chão, olho pra cima sem expressão e vejo ele sorri enquanto sinto minha calça sendo arrastada para baixo.

Não tenho forças eu só quero morrer.

Meu corpo pesa, minha cabeça fica pesada e sinto meus olhos fecharem. Estou tonta.

Escuto um barulho forte e logo as mãos que estavam em mim saem.

Eu desmaio. E escuto uma voz ao longe.

- minha pequena?! Por favor fica comigo - a voz do Antônio ecoa chorosa - desculpe ter demorado pra te encontrar meu amor.
Sinto seu corpo pesado sob o meu, sinto as lágrimas dele caírem sob mim.

Eu não tenho forças. Eu quero morrer.

Nunca me senti tão nada na vida como hoje.

Um parasita que ninguém desejou.

Um cowboy para chamar de meu!❤️‍🔥Onde histórias criam vida. Descubra agora