15.Essa sou eu, Daniela Foster🙎🏼‍♀️

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Começo contando a história pelo começo. De quem sou filha, quem era meu namorado, como eu era tratada e vejo os olhos de Antônio mudar para raiva por diversas vezes.
- eu morei na rua nesse tempo, por dias dormi no frio e na chuva.- falo com a voz embargada sem olhar em seus olhos - é o pior é que eu estava grávida, eu esperava um bebê que não tinha culpa de nada que aconteceu comigo.
- eu não consigo entender como seus pais fizeram isso com você - ele fala chocado - eu os conheço, eles são uns dos sócios do Brian.
- meus pais nunca foram pessoas amáveis, a não ser quando queriam algo, e quando a filha de ouro deles engravidou antes de ir a faculdade e antes do casamento mesmo que fosse com Brian que eles queriam que eu me casasse. - suspiro enquanto as lágrimas caem silenciosas - eu sempre fui um troféu pro meu pai, e pra minha mãe então era como se eu só service para demonstração de que eu era uma herdeira que não sabia nem soletrar o próprio nome.
- quando conheci seus pais ele nunca falaram que tinham uma filha.- Antônio fala calmo me analisando.
- eu morri pra eles no dia que eu engravidei na única vez que eu dormir com alguém na minha vida!- choro - eu me recusei a matar meu filho como todos eles sugeriram. Eu não podia fazer isso entende!
- claro que eu entendo pequena - ele se aproxima de lado e me abraça, minha cabeça pende em seu peito.
- eu conheci a vó Rosa na igreja quando ela servia comida para os moradores de rua.- falo engasgada pelo choro.
- ela te acolheu?- ele pergunta com a voz baixa embargada.
- ela cuidou de mim. Alguns dias morando na rua passando fome, sede, sem lugar para dormir, um dia após a entrega de marmita que o grupo de igreja realizava eu estava no parque andando, quando encontro Brian e mais dois amigos.
- Dani....- ele começa a falar mais eu o silêncio.
- eles estavam bebendo, então mudei de direção rapidamente até que Brian me viu e me seguiu junto dos amigos, e quando dei por mim eles me alcançaram mesmo eu correndo, os três me agrediram.- minha voz falha - eu juro que eu tentei me defender e proteger meu bebê, mas - meu choro abafado vem, os braços do Antônio passam por me trazendo para seu colo - eu fingi que desmaiei pra vê se parava, tentei proteger - soluço - mais fui inútil. Vó Rosa chegou na hora e eles ficaram com medo e fugiram. Eu não lembro de nada fiquei apagada alguns dias. Quando acordei estava no hospital e dona rosa estava comigo.
- a dona rosa é maravilhosa - Antônio diz.
- muito! Ela me levou pra casa dela, me deu o sobrenome que tenho hoje e me ajudou, terminei a escola, fiz faculdade, trabalhei, e ela de fato é minha vó, a que eu nunca tive e sou muito grata.
- eu não sei o que dizer - ele fala.
- não me olhando com pena já é alguma coisa.- falo soluçando - eu praticamente Fuji de todos aqueles que me causaram mal, nunca mais os vi até encontrar com Brian aquele dia. Ele me deixou sequelas, eu tenho medo do que ele pode fazer comigo.
- eu não vou deixar ele chegar perto de você nunca mais - me abraça mais forte.
- ele me matou no dia que matou meu filho. - digo escondida entre seu peito e sinto suas mãos me fazendo carinho.
- eu sinto muito pelo que você passou, Ocê era só uma menina, não era certo passar por tudo isso.- ele beija minha cabeça - deixa eu cuida docê pequena.

Não consigo responder. Ficamos em silêncio por vários minutos que pareciam uma eternidade.
- prometo que vou cuidar docê- ele sussura.
- não promete o que você não pode cumprir - sussurro de volta.
- eu posso e vou cumprir meu pequeno girassol.
- Antônio, - suspiro - agora que Brian sabe onde eu estou, eu não posso mais ficar.
- claro que pode! Você não precisa ter medo dele ou dos seus pais, você é de maior, eu vou proteger você deles e de qualquer outro que se aproxime.
- eu não sei se posso - suspiro derrotada.
- não me deixa - ele devolve e puxa meu rosto para olhá-lo.
Nossos olhos se encaram e ali eu vejo desejo, fogo, carinho, segurança.
- eu não sei o que Ocê fez comigo pequena mas eu não posso ficar longe docê! Não me larga.
- você é meu patrão Antônio.- falo.- eu não tenho para largar.
- me dá uma chance de mostrar que eu não sou esse babaca que Ocê acha...- pede.
- mostrar como?- pergunto curiosa e com um sorriso que ele retribui.
- Ocê vai ver meu girassol.

A boca dele me beija, dessa vez é diferente, e delicado, cada segundo sendo aproveitado, as línguas em sincronia se explorando e se entregando a algo que nenhum de nós dois temos dimensão do que seja.

Meu coração está martelando tão forte e rápido que as sensações me deixam nervosa.

Eu Daniela Foster estou completamente apaixonada pelo Antônio Kheer. Estou completamente perdida.

Um cowboy para chamar de meu!❤️‍🔥Onde histórias criam vida. Descubra agora