12- Campo minado 💣

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Que tal mais uma capítulo agora de madrugada?
———

- Daniiii- Ceci fala - eu te achei você conta - ela ri.
- ebaaaaaa me escodro demovo - Lipe fala.
- é me escondo de novo Lipe - Ceci corrige.
- calma crianças - brinco - vão lá que eu conto, mas não vão pra longe.- vou até a árvore iniciar a brincadeira.

- lá vou eu - grito. Ando pelos pequenos arbustos e escuto umas risadinhas - ahaaa achei - grito e vejo duas crianças pulando em mim.

Brincamos mais um pouco até próximo da hora do jantar quando dona Iná vem nos chamar. Levo as crianças para o banho, quando saio do quarto para elas se arrumarem encontro Antônio sem camisa no corredor. Oh meu Deus é sério que eu preciso passar por essa tentação?

- Oi - ele diz me olhando.
- Oi patrão - digo dando ênfase no final.
Ele ergue uma sobrancelha divertido.
- que foi?- pergunto- virei palhaca?
Ele não fala nada, simplesmente me puxa para dentro do seu quarto num movimento rápido.
- vai ficar fugindo de mim até quando?- ele diz rouco enquanto me prende contra porta.- Ocê tá me evitando tem dias.
- não tô fugindo. Eu tô fazendo meu trabalho que é cuidar das crianças - falo sem voz.
- e quando vai cuidar de mim?- solta me encarando.
Engulo em seco sem palavras. Os olhos dele me seguram ali. Mas minha cabeça tá funcionando a mil meus olhos vão em direção a cama e depois voltam para ele que está com a sobrancelha erguida.
- não tem ninguém aqui Daniela.- ele fala divertido.
Que audácia desse babaca.
- não me interessa se tem alguém ou não, agora me solta que eu preciso arrumar as crianças - o empurro e o mesmo não sai do lugar - puta que pariu Antônio sai da minha frente!
Ele ri e me solta.
- você ainda vai me pedir pra eu te beijar - ele fala.
- nunca !- grito e bato a porta.

Arrumo as crianças e desço com elas para jantar. Quando termino de servi-las Antônio entra pela porta com visita. Brian!
Meu corpo todo congela, sinto os pelos do meu corpo arrepiarem. Vó Rosa passa por mim e segura minha mão, ela também o reconheceu. Brian não tira os olhos de mim.

O jantar é massacre puro, Antônio e Brian não desviam os olhos de mim e ambos conversam sobre negócios, Júlia sentou ao meu lado e diversas vezes me confortou. Assim que termino já levanto recolhendo os pratos, provavelmente dona Iná está na cozinha já que se recolheu cedo.  Chego lá e não a encontro, o que mais falta aconteceu hoje! Fecho os olhos para me acalmar.

- Daniela. - a voz do Brian ecoa. Eu não me viro- eu sei que você também me reconheceu.
- sai daqui, me deixa em paz.- falo baixo - não basta tudo que você fez?
Eu me viro e o encaro.
- eu...- ele fica sem fala - eu pensei que...
- pensou o que seu merda? Que você e o covarde dos seus amigos tinham me matado?- ele me olha assustado - que além de serem culpados pela morte do meu filho - minhas lágrimas caem - iam ser culpados pela minha morte também!
- aquele dia eu tinha bebido demais eu era imaturo - ele diz.
- imaturo? Você era um covarde isso sim! Uma merda de homem. Sai daqui Brian.
- seus pais sabem onde você tá?- pergunta.
- não se mete na minha vida - digo.
- podemos conversar fora daqui?- ele me segura pelos braços pressionando contra parede. Eu o empurro e fecho a mão acertando um soco na cara dele que se afasta e segura o nariz.
- ficou louca?- fala com raiva.
- você que ficou louco vindo me procurar aqui! Cai fora!- grito.

- o que tá acontecendo aqui?- a voz grave do Antônio se faz presente e um alívio toma conta de mim.- o que houve Dani?- pergunta me olhando e encara Brian.
- não houve nada cara, sua empregada que acha que vai ter alguma chance comigo - Brian ri.
- seu merda - digo.
- acho que você deveria conhecer melhor as pessoas que coloca na sua casa amigo - Brian diz.
- concordo plenamente - Júlia diz - as vezes nos deparamos com assassinos, bebados, psicopata - continua listando enquanto entra na cozinha e chega ao meu lado. Vejo Antônio encarar a irmã confuso e me olhar, seguida encarando Brian.
- acho que na minha casa eu decido quem entra- Antônio fala - e quem sai. Então Brian fora.- fala vindo para frente minha e da Júlia.
- uouuu tô indo cara - ele ergue as mãos e pisca pra mim - A gente se esbarra em breve coelhinha - e sai.

- você tá bem?- Júlia diz me abraçando.
- eu disse que ele iria vir - falo paralisada.
- você deu um soco e tanto nele - Julinha ri.
- alguém me explica o que acontecendo aqui?- Antônio fala para nós duas.
- nada que seja da sua conta patrão - digo com meus olhos cheio de lágrimas.
- ah não? - fala irritado.
- eu vou deixar vocês conversarem - Ju se afasta.

- tô esperando - Antônio fala depois de um tempo em silêncio.
- não tenho nada pra te falar - digo passando por ele que me segue indo até meu quarto.
- Ocê tá doida que eu vou deixa o cabra fazer o que fez sem saber o porque de Ocê ter agido assim- ele diz bravo.
- eu não te devo satisfação!- o empurro - sai daqui!

Ele sai batendo a porta com ódio, me deixando sozinha que logo sou acolhida pela vó Rosa que passa a noite comigo e mais uma vez secando minhas lágrimas.
- Ocê precisa fala pro Tony minha filha- ela diz quando estou quase dormindo.
- isso não é assunto dele vo - falo.
- ele gosta docê minha fiá- ela fala - o menino Tony não desgruda os olhos de tu, quando ele viu que o rapaz tava demorando ele logo veio atrás.
- claro que não, ele é um promíscuo - digo.
- ele sofreu tanto quanto Ocê fiá, e ele lidou da forma que sabia, assim como Ocê. Quem sabe se Ocê não for tão dura e deixar ele se aproximar - ela da de ombros - até porque ele vive aqui enfiando flor pra Ocê.
- a senhora sabe?- pergunto.
- mas é claro! Eu conheço esse rapaz com a palma da minha mão - ri - ele é um bom homem.
- ele é meu patrão.
- deixa de bobiça que ninguém liga pra isso - faz carinho no meu cabelo.- só não afasta as pessoas fiá, nessa vida não temos a mesma chance duas vezes.

Um cowboy para chamar de meu!❤️‍🔥Onde histórias criam vida. Descubra agora