– Você pode beber meu sangue se quiser.
Giorno teve que parar um pouco sua cabeça para processar o que havia ouvido, repetindo a frase mentalmente várias vezes.
– Você ficou louco? – ele perguntou, por impulso. – Isso pode acabar te matando.
– Você mordeu o pescoço daquele Gnocchi ontem e ele ficou de boa... – Mista deu de ombros e sorriu de canto. – Bom... Até eu acabar com a raça dele. Talvez seja por isso que o gosto do sangue parece estranho para você... Porque você praticamente já bebeu sangue fresco.
O loiro franziu o cenho, raciocinando. O pior era que fazia sentido. Suas memórias ainda estavam embaçadas, mas tinha a lembrança vaga já ter bebido sangue direto do pescoço de alguém. E era uma lembrança magnífica... Totalmente diferente de beber de um copo.
– Não posso fazer isso com você, Mista. – Giorno disse, cabisbaixo. – Não só pelo seu bem-estar, mas... Eu não quero que as coisas fiquem estranhas entre nós de novo.
– É só não deixarmos ficar estranho de novo. – Mista retrucou. – E eu confio em você, GioGio... Você não me deixaria morrer nem se quisesse.
Giorno fechou os olhos com força, pressionando suas têmporas com as pontas dos dedos. Sua enxaqueca já estava voltando.
Bom... Talvez valha a pena tentar.
– Ok... Podemos fazer isso. – ele disse e, antes que o mais velho respondesse, ergueu o dedo indicador, interrompendo. – Mas não vou beber do seu pescoço.
Mista assentiu, um pouco animado demais.
– E agora? – perguntou.
– Pode sentar na cama.
– Vai manchar seus lençóis. – o pistoleiro murmurou.
– Tudo bem, já estão manchados de sangue por causa de ontem e eu já tinha que joga-los fora mesmo. – Giorno respondeu, dando de ombros. Mista imitou o gesto e se sentou no colchão, observando-o ir até o banheiro e voltar com uma navalha nas mãos.
– Você não pode só... Morder? – o mais velho perguntou e Giorno imediatamente negou.
– Tem a possibilidade de eu não ter controle para soltar e acabar te matando por perda de sangue. – ele explicou com calma. – Tirando o fato de que a boca humana pode ter mais bactérias que um vaso sanitário.
– Eu preferia morrer sem saber desse fato. – Mista murmurou, vendo-o revirar os olhos.
Giorno lhe entregou a navalha. O pistoleiro observou a lâmina limpa por um segundo e encostou o fio na palma da mão esquerda, tudo enquanto o loiro encarava atentamente, quase como um gato de rua vendo um peixe fresco numa vitrine. Mista grunhiu baixo com a dor do corte relativamente longo em sua palma, vendo o filete de sangue escorrer devagar.
Antes que ele falasse algo, Giorno segurou seu pulso com força, puxando-o para mais perto. Mista fechou a mão firmemente, como se quisesse forçar o sangue a sair mais rápido do ferimento para despejar logo acima da boca do Don.
As primeiras gotas que caíram sobre os lábios e a língua de Giorno foram quase como uma viagem direta ao paraíso por menos de um segundo. Isso não era suficiente. Precisava de mais.
Mista relaxou a mão quando o viu aproximar o rosto de sua palma, encostando a língua logo no ponto que o sangue respingava.
Giorno abriu os olhos, sem se dar conta de que havia fechado, estavam com aquele tom escarlate novamente, mantendo um contato visual fixo com o pistoleiro enquanto sua língua percorria o trajeto do sangue e do corte.
Apesar de ter os olhos castanho-escuros, o loiro notou as pupilas de Mista se dilatando de uma forma anormal.
Ele repousou a mão na bochecha de Giorno, com o polegar sobre os lábios entreabertos, quase como uma carícia. O mais novo deixou que inserisse em sua boca, notando ainda o sabor leve do sangue em sua pele e a respiração quase ofegante de Mista ao ver os lábios se fecharem delicadamente em volta de seu dedo.
O pistoleiro colocou a outra mão em seu rosto e o puxou para perto bruscamente. Giorno conseguiu apenas arregalar os olhos em surpresa quando sentiu os lábios dele contra os seus, em um beijo necessitado, quase desesperado.
Tudo durou apenas poucos segundos, quando Mista se afastou de repente, sem sequer conseguir olhar nos olhos do loiro.
– GioGio... Me desculpa... – ele balbuciou, ocasionalmente gaguejando. – ... Eu não sei o que foi is...
Giorno o interrompeu ao se aproximar mais uma vez, encostando seus lábios nos dele em outro beijo, agora podendo retribuir. Ele estremeceu ao sentir a língua de Mista abrir passagem entre seus lábios e encostar na sua.
Isso era tão confuso.
Mas não conseguia parar. Não queria parar.
– O que aconteceu com aquela história de "a boca humana tem mais bactérias que um vaso sanitário"? – Mista perguntou ironizando entre o beijo e Giorno praticamente rosnou.
– Cala a boca... – disse, sem separar seus lábios, com as mãos no pescoço e na nuca do pistoleiro, buscando aprofundar o contato.
Quando se afastaram, Giorno olhou nos olhos de Mista novamente, suas pupilas ainda estavam muito dilatadas e haviam algumas manchas de sangue em seus lábios.
– Não é o suficiente... – o pistoleiro disse, ainda ofegante. Giorno negou com a cabeça. De repente o som dos batimentos de Mista parecia ensurdecedor, quase como se estivesse com o ouvido contra seu peito. – GioGio, pode me morder.
– Não. – o loiro segurou firme em seus pulsos. – Eu já disse que é perigoso demais... Não me faça repetir.
Mista soltou um grunhido e abaixou a cabeça no ombro de Giorno.
– Por favor... – disse, quase em um sussurro. – Você precisa disso... Eu preciso disso... Por favor...
Era como se tivesse apertado um interruptor na cabeça de Giorno, desligando todo o seu autocontrole. Ele empurrou os ombros de Mista até que estivesse encostando na cabeceira da cama, se aproximando.
O loiro encostou levemente os lábios na pele de seu pescoço, quase um beijo em um pedido de desculpas antecipado, rompendo-a com os caninos, que agora tomaram uma forma afiada e pontiaguda.
Logo que a pele foi rompida, a boca de Giorno se encheu com o sabor de sangue, inebriante e doce, inteiramente viciante.
Mista soltou um gemido um pouco alto demais, deixando a cabeça pender para trás até encostar na parede, dando mais espaço ao loiro. Ao ouvir sua voz, pensando ser um som de dor, Giorno fez menção de se afastar, apenas para sentir as mãos de Mista em sua cintura, puxando-o para o seu colo e mantendo seus corpos colados juntos.
Tomando como um incentivo, o loiro bebeu com vontade, segurando com força nos braços do pistoleiro, o suficiente para suas unhas curtas deixarem arranhões em sua pele, mesmo por cima da roupa.
Mista se sentia tonto, quase como se tivesse bebido além da conta. Seus lábios estavam dormentes e mal conseguia sentir as pontas de seus dedos. Só conseguia pensar em manter Giorno perto. Só conseguia sentir o cheiro dele, ver os cabelos dourados, o peso dele em seu colo... A pelve dele contra a sua, denunciando a excitação de ambos.
Só conseguia pensar nele.
Giorno. Giorno. Giorno. Ecoando em sua mente.
Mista sentia que iria perder a consciência a qualquer momento, mas sequer conseguiu sentir preocupação.
O loiro se afastou, quase como se estivesse lutando contra seu próprio corpo, pressionando a mão aberta contra o ferimento no pescoço de Mista para impedir que sangrasse mais.
O pistoleiro gemeu em reprovação, quase como se estivesse perguntando por quê ele tinha parado.
– Eu... Exagerei... – Giorno ofegou, piscando algumas vezes. Seus olhos foram lentamente voltando ao tom de esmeralda natural. Ele tocou com a ponta dos dedos nos lábios de Mista, preocupado. – Você está pálido... – murmurou, mas logo se deu conta de que estavam praticamente com as virilhas encostando. – Hã... Então...
– E-Eu acho que... O sangue foi pra baixo. – Mista balbuciou, mas logo notou o que tinha dito. Se ainda tivesse a quantidade normal de sangue, seu rosto teria ficado vermelho como um tomate. – Não! Espera! Não foi isso que eu quis di...!
Giorno o interrompeu, movendo os quadris para frente.
Que se foda, já entreguei tudo mesmo. O mais novo pensou.
– Isso que eu tô sentindo aqui é a sua pistola ou...?
– Os dois. – Mista respondeu, tirando o revólver de sua calça e o jogando para o lado, recebendo algumas reclamações de seu Stand. Antes que Giorno dissesse mais algo, o pistoleiro o beijou novamente, com a mesma intensidade de antes.
O loiro sentiu as mãos calejadas passearem pela sua cintura, subindo timidamente até suas costas.
Ao afastarem os lábios, Mista exalou todo o ar de seus pulmões e deixou a cabeça cair no ombro de Giorno.
– Mista? – ele chamou, ouvindo sua própria voz sair mais baixa do que havia planejado, sem receber uma resposta. – Ah, merda... Mista, não se atreva a desmaiar agora!
– Eu tô acordado... – o mais velho disse, embolando a língua, e Giorno visivelmente relaxou. – Só que... Eu preciso... Voltar pra realidade.
– Oh... Ok. – ele murmurou, cedendo a um abraço, sem sair do colo alheio. – Nós... Realmente precisamos conversar sobre isso. – Giorno disse e Mista respondeu apenas com um grunhido, tentando se aconchegar melhor no abraço. – E eu preciso curar esses ferimentos logo.
– Nnnghhh... Eu não quero sair daqui... – o pistoleiro choramingou, afundando o rosto no ombro do loiro. – Você tem um cheiro tão bom...
– Tá, só... Vou cuidar logo disso... – ele murmurou, estremecendo ao sentir a respiração de Mista contra seu pescoço. Giorno tocou o ferimento aberto em sua mão, usando seu Stand para repor o tecido danificado. – Deixe-me ver seu pescoço.
O pistoleiro afastou o rosto à contragosto, virando-o para o lado para mostrar o ferimento. Giorno quase lambeu os lábios ao ver o sangue novamente, mas se conteve. Não iria fazer Mista passar por isso de novo.
A ferida se fechou devagar, na medida que o mais velho ganhava forças novamente.
Giorno observou seu rosto. Mista estava com o olhar vidrado e as pupilas ainda dilatadas, com uma expressão estranhamente calma.
– Como você se sente? – o loiro perguntou.
– Bem. – ele respondeu, suspirando. – Ótimo.
Giorno respirou fundo, ainda precisando pensar no que iria dizer.
– Isso... Não é normal... – murmurou.
– É sim, se chama bissexualidade.
– Não isso. – ele rebateu, balançando a cabeça. – A sua reação... Não é normal para quem acabou de perder tanto sangue. – Giorno segurou o rosto do pistoleiro com uma mão em seu queixo, vendo suas pálpebras se fecharem por alguns segundos antes de abrirem, repetindo o movimento. – Preciso que você descreva exatamente o que está sentindo, ok?
– Tá... Hum... – Mista assentiu e ficou em silêncio por alguns segundos. – Minha cabeça parece... Leve. – explicou, quase forçando uma tosse. – E... Hã... Você já viu o resto.
Giorno fechou os olhos com força e se afastou, sentando um pouco mais longe de Mista, para a decepção do pistoleiro.
Polnareff havia explicado que, segundo estudos da Fundação Speedwagon, o vampirismo poderia trazer algumas habilidades peculiares. Mesmo com hereditariedade, era um pouco raro.
Uma dessas habilidades era uma espécie de "charme". A capacidade de conquistar e manipular os sentimentos de sua presa, deixando-a em um transe, quase como se estivesse tendo uma overdose de ocitocina.
E isso era o que claramente estava acontecendo com Mista.
Mas não pareceu ser a mesma coisa com aquele ex-membro da Passione, Gnocchi. Ele entrou em um estado de desespero, não de euforia. Isso era muito estranho.
– Mista. – Giorno chamou, estalando os dedos algumas vezes na frente de seu rosto.
– Hum? – o mais velho respondeu, ainda com aquele mesmo olhar hipnotizado e letárgico.
– Sai dessa.
– Eu não. – ele riu baixo. – Posso te beijar de novo?
– Q-Que... Hã... Depois! – Giorno sentiu o próprio rosto esquentar bruscamente. – Você tem q...
– Sério?! – Mista perguntou, um pouco animado demais.
O loiro respirou fundo pela milésima vez, cogitando uma possibilidade.
– Me desculpe pelo que eu vou fazer agora, ok? É para o seu bem. – disse, vendo o pistoleiro virar a cabeça sem entender.
Antes que ele questionasse, Giorno acertou um tapa forte e certeiro em sua bochecha esquerda.
– AI! Que porra foi essa, GioGio?! – Mista exclamou, com a mão por cima de onde havia levado o golpe, sentindo a ardência na pele. – Ficou maluco?!
– De novo, desculpe por isso, você precisava sair daquele estado. – o mais novo explicou.
Mista desviou o olhar e encolheu os ombros, estremecendo visivelmente, com uma expressão quase de dor.
– Não foi bem assim que eu imaginei nosso primeiro beijo... – ele sussurrou, coçando a nuca.
Giorno quase se engasgou com a própria saliva.
– Você... O que...?
– Tá, não preciso falar mais nada, já me humilhei o suficiente por hoje. – Mista cobriu o rosto com as mãos, suspirando. – Eu só... Espero que você não me odeie depois de tudo isso.
– Nada que você faça vai me fazer te odiar. – o loiro imediatamente rebateu, observando-o levantar a cabeça para olhar em seus olhos. – Mas isso... Agora... Eu preciso saber se é você mesmo falando ou se é só efeito dessa... Hã... Magia de vampiro.
Mista franziu o cenho e ficou em silêncio por alguns segundos.
– Eu... Não acho que essa "magia" consiga forçar alguém a sentir algo assim... Tão forte. – murmurou. – É quase como uma voz interna que fica lhe encorajando... No caso, a voz só me disse pra te beijar... E eu fiz. – ele ergueu o olhar, prendendo-se nas orbes verdes reluzentes de Giorno, que se destacavam em seu rosto novamente manchado de sangue. – Você não me forçou a nada que eu não quisesse fazer.
O loiro soltou todo o ar de seus pulmões, tão tenso que acabou não percebendo que estava segurando.
– Como assim? – perguntou, vendo Mista cobrir o rosto com as mãos e grunhir alto.
– Como você consegue ser tão inteligente e tão lerdo ao mesmo tempo? – ele disse, rindo nervosamente. – Então... Eu vou perguntar mais uma vez... – murmurou, diminuindo o volume da voz. – Posso te beijar de novo?
Giorno desviou o olhar, com o lábio inferior entre os dentes. Ele se aproximou de Mista, com as mãos em seu rosto. Tomar iniciativa realmente era mais difícil do que esperava.
– É claro. – o loiro respondeu e seus lábios se tocaram mais uma vez, não daquela forma desesperada e agressiva de antes, mas em um contato calmo, quase inocente e repleto de sentimentos.
Ao se afastarem, sentiram as pontas de seus narizes se encostarem em uma carícia involuntária. Tudo isso, todo esse afeto era sufocante, mas de um jeito bom.
Giorno nunca se sentiu tão próximo e tão íntimo de alguém dessa forma. Nem quando teve suas pouquíssimas experiências sexuais no ensino médio, nada era parecido com isso.
Era sufocante, mas de um jeito incrível.
Seus lábios ocasionalmente se tocavam de leve, na esperança de reaver o mesmo contato intenso de mais cedo. Chegavam a formigar.
O som da porta do quarto se abrindo fez ambos darem um sobressalto violento, afastando-se de repente.
– Caramba, eu imaginei que vocês estivessem se comendo, só não achei que fosse literalmente. – Trish disse, arqueando uma sobrancelha e cruzando os braços.
Antes de responder, Giorno olhou de relance para o seu reflexo no espelho grande do quarto. E mais uma vez, parecia que saiu de um filme de terror. Havia sangue espalhado por sua boca, seu queixo e até em suas bochechas, manchou até a camisa limpa que havia acabado de vestir. Mista também não estava diferente, ao se beijarem, ele também acabou com o rosto todo ensanguentado, além do pescoço, mãos e boa parte de sua blusa.
– Não acha melhor bater na porta antes de entrar assim? – Giorno ironizou, esfregando a manga da blusa em seu rosto para tentar tirar o sangue, agora já seco.
– Não, é uma emergência. – Trish pegou algo no chão, mostrando para os dois. Um gato branco e peludo, com uma cara zangada de poucos amigos.
– Tá, a emergência é um dos gatos da vizinhança que o Giorno costuma alimentar? – Mista perguntou, arqueando uma sobrancelha.
– Não, esse eu não conheço... – o loiro disse baixinho, recebendo um olhar do pistoleiro. – Eu conheço os gatos da região, esse não é um deles.
– Ah, conhece esse aqui sim. – Trish soltou um riso irônico, entregando-lhe o felino, que miou alto em descontentamento. – Esse gato é o nosso querido amigo Fugo.
Giorno arregalou os olhos.
– É o poder de um Stand? – perguntou, vendo a moça assentir.
– Murolo trouxe o cara todo quebrado, pelo visto o Fugo conseguiu dar uma boa surra nele antes de virar uma bola de pêlos. – ela explicou, indicando a porta. – Ele está no porão, esperando para ser interrogado.
Giorno respirou fundo, pressionando as têmporas, claramente irritado.
– Certo... Mista, vem comigo. – ele disse, levantando-se e caminhando até o corredor. – Vamos ter uma conversinha especial com o nosso visitante.
Mista assentiu, alcançando a pistola que havia jogado para longe, colocando-a na calça novamente.
Quando ele ia seguir Giorno, notou o sorriso presunçoso no rosto de Trish.
– Nem vem com essa. – Mista resmungou.
– Essa o que? Que finalmente rolou alguma coisa mesmo com você estando em um estado de completa negação? – ela perguntou, ironizando.
O pistoleiro apenas grunhiu e continuou andando até alcançar o Don nas escadas, ouvindo-o resmungar xingamentos.
– Que noite incrível, primeiro me sequestram, me dopam e agora transformam um dos meus amigos em um gato...
– Você só tá pensando nas coisas ruins? – Mista perguntou, não conseguindo conter um sorriso de canto, mas ao receber um olhar assustador de Giorno, ele levantou as mãos em rendição. – Tá, foi mal, desculpa.
– Nós podemos conversar melhor sobre isso depois. – o loiro disse, suavizando sua expressão. – Agora temos um trabalho a fazer.
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Scarlatto
Fiksi PenggemarAlgo estranho tem acontecido com o corpo de Giorno Giovanna. Os genes de seu lado paterno passaram a se aflorar pouco a pouco, iniciando sua luta para não se tornar um monstro por completo. Enquanto isso, uma organização inimiga se ergue para destru...