A Casa de Fryd

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Assim que colocaram os pés no piso de madeira e olharam em volta, os guerreiros deixaram escapar um som de surpresa. Nenhum deles ainda tinha visto um lugar como aquele, tão luxuoso e vibrante.

Todo o local era iluminado por tons de vermelho e os móveis pareciam de madeira com revestimentos de branco e detalhes dourados. Ao olhar para cima dava-se para ver o teto do prédio, em que panos vermelho escarlate quilométricos foram pendurados. Mulheres com calcinhas de renda e tops minúsculos faziam manobras sexys e perigosas nos tecidos. Os dois andares de cima rodeavam com suas sacadas o primeiro andar, fazendo com que o local parecesse enorme.

Nos sofás espalhados pelo salão haviam criaturas de diversas raças olhando para o show circense logo acima de suas cabeças. Tieflings com espartilhos, shorts curtos, meias arrastão e saltos altos perambulavam com bandejas cheias de copos para os convidados. Uma música sensual tocava ao fundo, completando a cena.

- Entrem - a Tiefling olhou para eles -, não sejam tímidos. Estávamos esperando por vocês.

O grupo recém chegado acompanhou a mulher até uma mesa alta que ficava distante do show central. Um homem, com longos cabelos loiros, já estava sentado à mesa, saboreando um drink e observando as mulheres no tecido.

- Meus queridos, este é Ivarr – disse a mulher parando ao lado dele.

- Então Rieta conseguiu encontrar vocês - os olhos amarelos de Ivarr perscrutou o grupo. - Vejo que temos verdadeiras beldades para nossas aventuras.

Os olhos vibrantes e sedutores pousaram em Ivy e se demoraram. Voltou a atenção ao restante do grupo assim que Rieta pigarreou.

- Vocês já sabem sobre os selos? - ela perguntou, enquanto observava seu corvo voando e pousando na contenção do segundo andar.

- Como vocês sabem sobre isso? - Megumi pergunta, curioso.

- A Valquíria apareceu para nós e disse que vocês acharam o primeiro - Ivarr respondeu. - E falou que precisávamos deter os próximos.

- Como vocês se encontraram? - Turem interveio.

- Primeiro, sentem-se - Rieta fez um gesto amplo com o braço, indicando as cadeiras ao redor da mesa. - Vocês querem algo para beber e comer?

- Seria ótimo - Misneach falou, animada -, finalmente comer algo que não seja rações de viagem.

- Oh céus - a Tiefling fez uma careta -, pobres coitados. Vou pedir para trazerem algumas coisinhas para vocês. Enquanto isso, Ivarr pode falar para vocês sobre a valquíria.

- Deixe comigo, querida - Ivarr piscou para ela.

- Então - Turem pigarreou -, como vocês se encontraram?

- Eu estava... Vagando por aí - disse, distraído com uma manobra arriscada que a mulher no tecido fez.

- Nossa, muito específico - Ivy revirou os olhos.

- Sou um apreciador das belezas desse mundo, princesa - ele se virou para Ivy e deu uma piscadinha. - Vago por aí encontrando as melhores tabernas. Estava em Lásza quando me falaram que tinha uma taberna peculiar por aqui. Na metade do caminho... Bem... Vocês sabem... A alma de guerreiro apareceu. Coincidentemente, Rieta também recebeu a dádiva de nossa deusa. Freya nos escolheu por algum motivo.

- Freya? - Chigawa questionou.

- Isto mesmo, pequeno rapaz - piscou para o elfo. - Freya, minha maravilhosa deusa, falou comigo em sonho que vocês chegariam. Só não achei que demorariam tanto tempo.

- Passamos por muita coisa - Misneach disse distraía, encarando um grande pernil que se aproximava da mesa. - Acho que ficamos três semanas em alto mar.

O Destino dos DeusesOnde histórias criam vida. Descubra agora