Galaps era cheia de vida durante o dia, com vozes e barulhos preenchendo as ruas e estabelecimentos. No Coliseu, os gritos e sons de metal se chocando podiam ser ouvidos há quilômetros de distância. Porém, em uma noite fria e nublada, preenchida com um silêncio apaziguador, interrompido apenas pelo ruído distante de animais noturnos, escravos se rebelavam contra seus senhores.
Naquela manhã, Nilimus espalhou um segredo perverso. Todos os aprisionados foram convocados a estilhaçar suas correntes para finalmente sentir a liberdade. Depois da morte de Juno, todos os escravos da casa de Paulus estavam ao seu lado, mas não sabia se os outros escravos ajudariam; porém, era melhor morrer por sua liberdade do que viver por seu carrasco. Então, quando a noite caiu sobre Galaps, Nilimus soltou um grunhido de coruja e, alguns segundos depois, ouviu os outros respondendo com sons de animais.
Osnovos escravos que chegaram naquela manhã estavam relutantes. Mesmo seconseguissem sair, não sabiam lutar, como sobreviveriam? Iriam ser caçados portoda "Roma" e adiante. Nilimus sacudiu a cabeça, incrédulo, "como podempreferir a prisão à liberdade?".
Ele não podia deixar seus companheiros lutarem sozinhos, deu as costas para os covardes e correu para a batalha. Enquanto gladiadores lutavam contra guardas e os mágicos soltavam seu poder para dominar a realeza, o líder da rebelião viu alguns de seus companheiros envoltos por uma luz cálida. Posicionou-se para a batalha, sem saber o que esperar. Então, uma voz gutural ressoou em sua mente "guie-os e terá a glória de ser chamado de herói". Nilimus abaixou sua espada e observou enquanto a luz dirigia-se para os olhos dos cincos e depois se dissipava. Pode presenciar o momento de clareza; eles já não eram os mesmos.
O guerreiro sacudiu a cabeça, sem tempo para pensar no que acabara de ver. Ajudou seus irmãos a dominar a casa de seu dominus e juntos caminharam para a saída da cidade, sendo seguidos por outros escravos que chegavam de todos os cantos.
Vários grupos foram espalhados pela cidade para libertar outros escravos. Um deles que acabava de entrar em uma das casas de escravos se deparou com uma cena peculiar. Um garoto, não tinha mais que doze anos, segurava uma barra de metal ensanguentada em uma das pontas, e encarava com terror um draconato que jazia no chão. O garoto apontou a barra para os libertos à sua frente, com as mãos tremendo, porém com uma determinação feroz de salvar os seus.
"Não vamos te machucar", disse Kiara, uma tiefling vestida de gladiadora, "estamos aqui para ajuda-los a sair, venham!".
A batalha não foi fácil, muitos pereceram com honra, lutando por suas próprias asas. Nilimus liderava o bando, levando-os para o leste, onde as montanhas de Azerd poderiam protege-los.
A cidade caída de Galaps nunca seria a mesma. Conhecida como a Ruina das Revoluções, foi abandonada por seus moradores que tentavam fugir da maldição dos deuses. A morte da realeza e a fuga dos escravos era claramente a fúria divina caindo sobre eles. Então, nenhuma cidade receberia os cidadãos desolados, acreditando que levavam consigo um mal presságio dos céus.
Os libertos foram para leste, bem depois das montanhas de Azerd, com esperança de encontrar um lugar que não conhecia a escravidão.
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O Destino dos Deuses
FantasyQuando o caos se instala e a esperança vai embora, é o momento de se agarrar naqueles que importam. Quando nem mesmo os deuses são capazes de lutar, quem poderia? Os oprimidos se libertarão e uma longa jornada culminará no fim dos mundos. Ragnarok p...