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Eu estava andando pela floresta, minha cesta estava pesada pelas maçãs e amoras que encontrei, era um dia especial, eu não podia estar mais feliz, caminhar por entre a mata longe de casa era um prazer, que eu só podia fazer quando meu marido viajava com alguns dos meninos para vender verduras na cidade.
Ouvi um gemido baixo e parei, olhando em volta, vi uma garota se levantando de trás de uma moita e arregalei os olhos, ela era muito bonita, o vestido meio solto mostrava parte de sua pele e ela jogava seu cabelo para trás, sorrindo para mim.
-bom dia, senhora.-falou calma e eu senti meu rosto aquecer levemente, um "rugido" soou de seu estômago, mostrando como ela estava com fome e eu pisquei devagar.-estou faminta!-deu risada, puxando as alças de seu vestido.
Eu: oh.-arfei.-uma garota jovem e bela como você não deve passar fome, venha.-a chamei com a palma apenas para que ela se aproximasse, mas ela veio animada e segurou minha mão.
-obrigada, senhora.
Meu coração acelerou como nunca e eu me virei, começando a segui o caminho de casa, mas mesmo assim ela não soltou minha mão, vindo comigo enquanto observava tudo em volta.
-sou Samantha, mas pode me chamar de Sam! E a senhora?-entrelaçou nossos dedos, tentando entrar em meu campo de visão.
Eu: Mary Catherine.
Sam: sabe me dizer que dia é hoje?-me olhou curiosa.
Eu: dia vinte e sete de Dezembro.
Sam: qual ano?
Eu: mil seiscentos e oitenta.-saímos da mata e ela saltitou, admirando o campo de plantações baixo.
Sam: século dezessete, interessante.
Eu: meu aniversário...-comentei.
Sam: sério? Quantos anos está fazendo?
Eu: oitenta.-ela arregalou os olhos.-farei bolo de maçã com amora!
Sam: você está incrível para uma mulher de oitenta anos, e como vamos comemorar? Sua família está em casa?-meu sorriso se abriu ao lembrar de como estava sozinha.
Eu: consegui fazer todos irem para a cidade.-contei feliz e abri a porta, entrando primeiro.
Sam: "todos"?
Eu: sim.-soltei a cesta sobre a mesa e ela se sentou em um dos bancos.-meu marido levou cinco dos nossos filhos, felizmente três e casaram e saíram de casa.-tirei minha capa, recebendo seu olhar atento.-dois deles saíram para caçar, então vão passar pelo menos mais um dia fora e... bom... o mais velho faleceu.-peguei meu avental.
Sam: sinto muito.-abaixou sua cabeça.
Eu: está tudo bem, ele nunca foi um bom garoto! Pode mexer nas panelas, fiz a comida hoje cedo, só apaguei o fogo para sair.
Ela se levantou num pulo, indo até a bancada de pedra e mexeu nas panelas, arrumando uma tigela para encher com o que quisesse enquanto eu iniciava o preparo para o bolo, deixando tudo que eu ia precisar próximo para evitar perder tempo.
Sam: como você e seu marido se conheceram?-sentou sobre a bancada, afastando os metais.
Eu: saia daí.-abanei.-pode vir para a mesa.
Sam: não, estou aquecendo minha bunda.-sorriu, enchendo sua boca e eu neguei com a cabeça, tentando não rir.-mas então... foi um romance? Onze filhos não é para qualquer uma!-brincou e eu despejei as amoras em uma bacia, vendo a jovem comer animada.-isso aqui tá tão gostoso!-revirou os olhos e eu não contive meu sorriso.
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Eu Explodi (Contos_L)
Romance☆NOVA VERSÃO☆ ["Eu Explodi" são contos. Todos vão ter orange (sexo homossexual). Alguns podem ser mais brutos e outros mais românticos, de personagens que eu invento. É um presente meu para todos vocês. E também é uma forma de me acalmar escrevendo...