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Escrita tosca? É comigo mesmo!
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Eu nunca imaginei que uma pandemia enlouqueceria as pessoas, não ao ponto que chegou! Eu li muito sobre zumbis, assisti filmes e séries, nunca fui do tipo de sair de casa... como sobreviveria àquilo? Eu não fazia a mínima ideia de como sobreviver na rua nem quando as pessoas ainda não queriam me matar, agora com "canibais" para todo lado, menos ainda. Era óbvio, sair de cara seria o meu fim... e eu nunca havia cogitado que um dia me arrependeria de ter passado tanto tempo dentro de um quarto ao invés de ter saído.
Eu: preciso sair.-sussurrei para mim mesma e toquei meu estômago, estava faminta, toda minha comida tinha acabado há dois dias, a água também começou a vir estranha e eu tinhas algumas garrafas cheias acumuladas pela casa.-droga.-me levantei do sofá, virando na direção da sacada e me aproximei do vidro gigantesco.
Olhava todos os apartamentos, alguns devastados, outros fechados completamente, a visão me dava calafrios, só de pensar o que cada família passou, mas se deram sorte, ainda estariam vivos e juntos. De repente uma mochila cheia e aparentemente pesada foi jogada da sacada de cima e eu arregalei os olhos.
Eu: isso são pernas?
Olhei o que ia descendo e finalmente uma mulher saltou, se agarrando na grade e subindo no espaço sujo de poeira, eu não tinha coragem nem de varrer ali fora, ela me olhou também surpresa enquanto limpava as mãos e se aproximou com a bolsa, apontando para o fecho.
-abre.-neguei rápido.-abre logo.-ela revirou os olhos, olhando em volta.-abre antes que algo me veja aqui fora.-ditou entre dentes.
Eu: não conheço você.-ela me mirou revoltada.
-tá zoando a minha cara?
Eu: você não vai entrar na minha casa, ok?-a mesma espalmou a mão no vidro, me olhando séria.
-se você não abrir essa merda, eu vou quebrar e nós duas morreremos juntas, tá afim?-ergueu uma sobrancelha.
No mesmo momento, eu abri o trinco e puxei a porta de correr, vendo ela entrar para fechar novamente e puxar as cortinas, ela agia como se a casa já fosse sua, se jogando no sofá e tirando a mochila que estava em suas costas antes de abrir a outra, tirando os alimentos -que pareciam tentadores- de dentro, os pondo sobre a mesinha de centro. Meu estômago roncou alto, me entregando completamente e eu virei para a parede emburrada.
-vem sentar aqui logo.-fiz o que ela disse, me sentando ao seu lado, mas ainda não a olhava.-milho, ovos de codorna, cebola, azeitonas? Tudo em conserva...-não respondi.-beleza, então pega o especial, vai vencer em breve.-uma lata caiu em minhas coxas e eu vi os feijões desenhados, me levantei pegando duas colheres e voltei até a sala, entregando uma para a mesma, em seguida abrindo o pedaço de metal, sentindo aquele cheiro que parecia tão bom. Nós duas comíamos em silêncio.-quem é você?
Eu: Clyr.-murmurei.
-eu sou Rebecca.-se ajeitou mais confortável, me olhando de forma fixa.-pode chamar de Re.-suspirou.-mais alguém mora com você?
Eu: sim.
Re: quem?
Eu: meu marido... ele já está voltando.
Re: corta essa.-deu risada.-por que tá mentindo?-ela parecia se divertir.
Eu: já disse que não conheço você.-me virei para a mesma também.-num apocalipse, pessoas novas nunca são bom sinal.
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Eu Explodi (Contos_L)
Romance☆NOVA VERSÃO☆ ["Eu Explodi" são contos. Todos vão ter orange (sexo homossexual). Alguns podem ser mais brutos e outros mais românticos, de personagens que eu invento. É um presente meu para todos vocês. E também é uma forma de me acalmar escrevendo...