𝟷𝟺ᅠ|ᅠ[ ꦼ𖣔ꦿ✩.🦋. ⸙✦๋࿆࣭੭]

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Júlio havia acabado de chegar no hospital, calmamente ele faz a mesma trajetória que havia feito a alguns dias, mas percebe que algo estava errado no momento em que colocou os pés no corredor, afinal de contas o silencio tomou conta do lugar, que o fez andar mais rápido, até que na metade do caminho, escuta e avista sua mulher chamando e procurando Agnes que não estava no quarto de jeito nenhum.


- O que Emília? - pergunta olhando a cama vazia - Cadê a Agnes?

- Eu não sei! - dizia o olhando - Estávamos dormindo! Quando acordei para da o remédio pra ela, já não estava mais aqui!

- Merda... Será pra onde ela foi?

- Não sei! Mas ela tem que tomar o remédio dela! Se não, ela vai passar mal! - pensa - E se alguém pegou ela no momento que eu estava dormindo?

- Eu perguntei do pessoal da recepção, mostrei a foto da nossa filha e eles não a viram saindo daqui!

- Júlio! E se ele veio atrás dela por conta da profecia? - pergunta arregalando os olhos - Ou você se esqueceu do que os curandeiros falaram?

- Eu não me esqueci! Mas não pode ser agora Emília! Por isso que fugimos pra cá! Eles não podem pega-la, de jeito nenhum! - suspira - Ela te contou alguma coisa?

- Não, as vezes a pegava vagando pelo corredores! Ela sempre comentava que tinha algo a chamando!

- Temos que achá-la agora Emília! - ao terminar a conversa, Júlio trata de subir em outros corredores, ele sabia que sua filha estava correndo perigo.


Ambos se dividiram e ainda tiveram ajuda de alguns enfermeiros que foram para outros andares, afinal de contas a garota poderia está por lá, pois, durante o tempo em que está no hospital, Agnes achava muito entediante ficar presa em sua cama, principalmente em um local onde havia dor e sofrimento em cada parte daquele lugar, a menina podia ouvir os sussurros a noite, o que não a deixava dormir muito bem, precisando de ajuda de sedativos leves. Agnes sempre vagava a noite, como uma sombra, arrumou até um trabalho para fazer, como de curar as pessoas que mereciam viver e os que não prestavam, ela deixava a mercê da morte. Apesar de sua inocência por uma parte a outra podia sentir todo o sofrimento causado pela pessoa que não merecia viver, como estupradores e assassinos, pois, eles tinham noção do que estavam fazendo, mas não conseguiam se safar por muito tempo, morrendo ou ficando inválidos depois. No entanto, Agnes sabia aproveitar em meio ao sofrimento das almas que ouvia, para passar o tempo, a garota sumia no ar, de vez em quando aparecia vagando pelos corredores sem ao menos ser percebida, as vezes aparecia nas câmeras, mas desaparecia rapidamente. Até que algo no último andar lhe chamou atenção, no do corredor havia uma sala escura, abandonada, nunca e ninguém podia ir lá, pois era uma ala desativada, mal sabia que a menina havia ido lá, sem a permissão deles.


- E se pedíssemos as câmeras? - pergunta Emília aos prantos.

- Agnes é esperta Emília, ela passa despercebidas pelas câmeras!

- Não para de procura-la! Por favor! - dizia a ruiva o abraçando.


Júlio desfaz o abraço, enquanto sua mulher sinalizou para aonde iria procura-la, ao ver seu aparelho eletrônico ver que é a Márcia que estava ligando, atendendo na hora, porém, o seu desespero não havia começado ainda, estava tentando manter a calma para poder conseguir raciocinar.


"Júlio? Onde você ta?"

- Estou no hospital Márcia!

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