POV. Sheilla
Continuei deitada de barriga para baixo por mais um tempo antes de finalmente sentir ela se aproximar.
_ Posso? - Perguntou e sua linguagem corporal indicou que ela queria se sentar sobre mim, então apenas fiz um som nasal em concordância.
Eu estava ocupando o meio da cama e logo senti sua perna direita passando sobre meu corpo, de modo que a mesma ficou sentada um pouco abaixo da minha bunda. Se fosse em outras circunstâncias essa posição seria no mínimo deliciosa.
Senti ela espalhar o creme pela minha pele e me retrai levemente pelo contato inesperado com a substância gelada. Gabriela começou passando de leve as mãos pelos meus ombros e aos poucos foi ganhando confiança para massagear mais forte e em uma área maior.
Eu me sentia no céu e no inferno ao mesmo tempo, se é que faz sentido. Meu corpo estava relaxando cada vez mais e a dor ia diminuindo gradativamente, mas esse clima tranquilo não combinava em nada com a umidade presente entre minhas pernas naquele momento.
_ Ah isso, bem aí! - Gemi de maneira quase inconsciente quando ela apertou em um ponto específico e só depois me toquei do quão pornográfico aquilo tinha soado. Gabriela aparentemente concordava comigo, visto que suas mãos tremeram na superfície da minha pele e sua respiração ficou mais ofegante do que já estava.
A tensão sexual dentro do quarto era quase palpável, eu conhecia o corpo feminino como a palma da minha mão, então eu sabia que pelos sinais que a mais nova tinha me dado até agora, ela também estava excitada. Pelo visto eu estava enganada ao imaginar que ela não se sentiria desta maneira comigo.
Decido provocar um pouco só pra testar seus limites e empino a minha bunda, fazendo com que a mesma se esfregue na sua intimidade de propósito.
_ Sheilla.. - Seu tom era de quem implorava misericórdia.
_ Algum problema? - Me faço de desentendida.
_ Para de ser sonsa! - Seu desespero me fez rir. Parece que mais alguém aqui também precisava foder urgentemente.
_ Não sei do que você está falando Gabriela. - jogo descaradamente com ela - Já terminou?
_ Sim, está melhor? - Achei fofo o fato dela esquecer a energia sexual do momento por um instante só pra se certificar de que eu estava bem, qualquer outra pessoa não se preocuparia com isso agora.
Antes de responder eu me viro de uma vez sem deixar que ela saia do colo, ficando agora com os seios totalmente expostos aos seus olhos. Sua reação foi impagável.
Seus olhos quase saltaram pra fora e ela tentava a todo custo desviar o olhar enquanto apertava as mãos, mas não conseguia.
_ Para com isso, por favor! - me pede em um fio de voz e eu me ergo, passando meus braços pela sua cintura fina e aproximando meus lábios do seu ouvido.
_ Tem certeza? - indago baixinho enquanto arrasto minha boca pelo seu pescoço, onde deixo pequenos beijos sobre sua pele, aproveitando para morder um pouco mais forte quando ela me concede espaço.
Gabriela não me responde, apenas puxa minha cabeça na sua direção e me beija como se isso fosse a única coisa capaz de lhe livrar da morte. Eu não sei explicar como me senti quando seus lábios tocaram os meus. Era intenso, doce, excitante e fazia meu coração e minha boceta vibrarem juntos em puro êxtase.
Sinto sua língua no meu lábio inferior e rapidamente lhe concedo o espaço necessário para que ela aprofunde nosso beijo. Levo minhas mãos até suas coxas, apertando e deixando pequenos arranhões no interior das mesmas. Gabriela puxava meu cabelo com força e isso só me dava mais vontade de foder com ela até esquecer meu próprio nome.
Nos afastamos quando o ar se fez necessário e eu colo minha testa na dela procurando pelos seus olhos, mas estes estavam fechados enquanto ela tentava recuperar o próprio fôlego.
_ Tudo bem? - Pergunto ao ver sua expressão incômoda.
_ Eu só.. Eu não quero fazer as coisas assim com você.
_ Como assim?
_ Sheilla, parte de mim sempre foi apaixonada por você, seja aquela paixão boba de fã adolescente ou essa que sinto agora que parece querer fazer meu coração sair do peito. Eu não quero transar com você agora e ter que fingir que nada aconteceu pela manhã, eu sinplismente não vou conseguir.
Agora quem mal podia abrir os olhos era eu, meu cérebro simplesmente não conseguia processar as informações que saiam da boca da mais nova. Como assim ela era apaixonada por mim? Quer dizer, eu sempre notei seu jeito atencioso comigo e os olhares nada discretos na minha direção mas isso era demais, não fazia sentido.
_ Eu não sei o que falar, eu sempre enxerguei você como uma garotinha e isso só mudou nos últimos meses, mas eu não sei como devo agir sabendo que você tem sentimentos por mim.
Eu ainda estava nua da cintura pra cima, mas sua presença me passava uma paz e uma confiança tão grande que isso era apenas um detalhe.
_ Eu entendo, eu só precisava falar de uma vez porque não aguentava mais segurar isso pra mim.
_ Gabriela - Segurei seu rosto entre minhas mãos e olhei no fundo dos seus olhos, estes que estavam marejados - Você tem que entender que antes de qualquer coisa a minha situação atual é de puro caos, eu estou em processo de divórcio, tenho duas filhas, sou onze anos mais velh- Ela me interrompeu antes que eu terminasse a longa lista de motivos para não ficarmos juntas.
_ Eu entendo isso e eu respeito você mais do que qualquer coisa no mundo. Se você decidir me dar uma chance eu juro por tudo que vou me doar todos os dias pra te fazer a mulher mais feliz do mundo, assim como eu sou quando estou com você. Porém, se você decidir que não está pronta para tentar nada com outra pessoa agora e quiser simplesmente esquecer que o dia de hoje existiu, eu vou respeitar sua decisão também. Só, por favor Sheilla, não tenta escolher com base no que você acha que é melhor pra mim, eu posso ser mais nova mas sou adulta e consigo escolher por mim mesma, e se estou me declarando pra você agora é porque tenho absoluta certeza que posso lidar com qualquer obstáculo que surgir no nosso caminho.
VOCÊ ESTÁ LENDO
É você! - Sheibi
FanfictionSheilla Castro, um dos maiores nomes da história do voleibol, bicampeã olímpica e com inúmeros títulos individuais na carreira. Entretanto, nenhum desses troféus estava sendo capaz de lhe acalentar no meio da presente turbulência em sua vida pessoal.