Capítulo 32

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POV Scott

- Viu a Luana? - Pergunto entrando no quarto e percebo Daniel triste e distraído.

- Ela precisava de um tempo sozinha, deve tá no quarto.

- Eu vim de lá e a Candice disse que não a viu desde que ela veio falar com você - Eu sento na cama e o encaro - Aconteceu alguma coisa?

- Sabe aquele segredo que ela não podia saber? - Eu confirmo - Ela descobriu - Daniel então me explica todo o ocorrido - Então aquela sua viagem foi pra descobrir isso?

- Eu tinha o nome de alguns orfanatos onde ela poderia ter ficado e assim descobrir quem são os pais biológicos mas em nenhum da região tinha ela nos registros

- E eu acredito que seus pais não falariam nada - Ele da um sorriso irônico.

- Ela tava tão brava comigo, eu sinto que fiz a coisa errada quando escondi isso dela.

- Você quis proteger ela de um sofrimento maior, a verdade é sempre a melhor escolha mas eu não posso dizer que agiu de má fé.

- Eu não sei se ela vai ser capaz de me perdoar.

- Você conhece ela melhor do que eu, isso nem deveria passar pela sua cabeça.

- É só que - ele levanta nervoso - Tudo isso poderia ter sido evitado se eu contasse tudo no primeiro dia que ouvi.

- Você não sabe como uma garota de oito anos reagiria com uma notícia dessa, poderia ser tudo pior.

- Eu não sei

- Gente, Cadê a Luana? - Candice entra no quarto - Eu já procurei ela em todo canto do hotel.

- Já tentou ligar pra ela? - Falo preocupado

- Caixa postal - Ela fala sentando na cama e Daniel senta ao seu lado. - O que a gente faz?

- A cidade é enorme, ela não deve ter ido muito longe - Daniel fala

- Talvez ela só queria explorar mais a cidade, né? - Candice fala mas nem ela acreditava naquilo.

- Por mais brava que ela esteja, ela nunca faria isso sem avisar - Daniel fala

- Estão com bateria? - Eles olham o celular e confirmam - Ótimo! começamos pelo Central park, qualquer informação fiquem atentos aos telefone.

Então nós saímos a procura dela, eu insistia em ligar mas sempre caia na caixa postal, nos dividimos e cada um foi para um lado. Eu já não fazia ideia em que rua eu entrava, meu único foco era achar ela.
Perguntei para cada pessoa que passava e ninguém tinha visto, era como se ela tivesse ficado invisível. Eu sento na calçada frustado pois já estava escurecendo e ainda estavamos sem notícia.

- Dia ruim? - Um senhor se aproxima e se senta ao meu lado.

- O pior! - Falo encarando a rua

- Não seja tão pessimista! as vezes coisas ruins acontecem para que as boas prevaleçam - Eu o encaro confuso.

- Eu não sei se consigo achar otimismo nessa situação.

- Enquanto você ficar aqui desabafando com um velho estranho, não vai mesmo. - Ele levanta e sai.

- Nova York é estranha! - Falo e me levanto também, decidi voltar para o Hotel na esperança de que ela estaria de volta.

- Alguma coisa? - Daniel pergunta assim que eu entro no quarto, era notável o desespero em seu olhar.

- Não - falo frustrado e ele senta na cama - Eu voltei na esperança dela ter voltado.

- A gente pode pedir as imagens do saguão, se ela saiu do hotel com certeza tem imagens. - Candice fala e é o que fazemos - Quem é essa mulher?

- Minha mãe! - Daniel fala

- E por que a Luana tá com ela? - Candice pergunta.

- Com certeza ela foi convencida a ir - Daniel fala frustrado e voltando pro quarto.

- A gente não sabe exatamente o que aconteceu - Falo indo atrás dele

- Ela não parecia estar sendo forçada a isso.

- Algo não tá encaixando e você sabe disso, só tá magoado demais pra notar.

- E você não parece nem um pouco abalado.

- Acha que eu não tô morrendo de vontade vasculhar cada canto desse lugar procurando por ela? eu só tô tentando ser racional.

- Eu sei é que eu não consigo aceitar o fato de que ela foi embora porque me odeia

- Você sabe que isso não é verdade, a gente vai descobrir o que tá acontecendo.

- Eu falei com o porteiro e ele disse que a Luana deixou um recado pro Daniel - Ela fala entregando um pedaço de papel.

" eu Sinto muito por fazer isso por cArta e Não pessoalmente mas eu não conseguia te encarar DepoIs dE tudo que descobri, eu GOstaria de um tempo sozinha então peço que não me procure, eu não sei quando ou se voltarei"

- Não acredito que ela foi capaz disso - Ele fala jogando o bilhete em cima da cama.

- Tem certeza que foi ela que escreveu? - Candice pergunta

- A letra é dela - Falo olhando mais uma vez.

- Nesse caso eu não sei mais o que podemos fazer - Ele fala revoltado e deitando na cama.

- A gente vai dar um jeito - Candice fala tentando o animar, ele não falava nada e apenas encarava o teto. Eu resolvo pegar um ar no corredor - Você tá bem? - Candice pergunta fechando a porta e deixando Daniel sozinho no quarto.

- Eu continuo com a sensação de que estamos deixando alguma coisa passar.

- Você parece tranquilo

- Daniel tá bem abalado, duas pessoas surtando não vai resolver nosso problema. E eu não o culpo por estar assim, ela é tudo pra ele.

- Eu admiro a relação que eles tem, não imagino ela o deixando por causa de um erro.

- Nem eu - Falo e o silêncio toma conta, ninguém sabia mais o que fazer naquela situação.

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