The Nerd

Capítulo 35

POV Scott

— Tem certeza que tá tudo bem pra sua tia nos receber? — Pergunto chegando na porta da casa de Candice

— Ela já sabe porque vocês vieram e disse que tá disposta a ajudar — Candice fala abrindo a porta e entramos

— é uma bela casa — Daniel fala olhando ao redor, uma mulher segurando uma bandeja com suco aparece e ela tinha uma expressão de surpresa em seu seu rosto quando vê Daniel

— Daniel Andrade? — A mulher fala colocando a bandeja na mesinha de centro e Daniel volta sua atenção pra ela, ele também estava com a expresso de surpresa e talvez um pouco chocado.

— Como isso é possível? — Ele fala se aproximando dela — Você morreu! — Ele fala e ela o olha confusa

— Eu perdi alguma coisa? — Candice fala e me olha

— Eu não faço ideia do que tá acontecendo — Falo

— Marie — Daniel fala ainda olhando para a mulher na sua frente — Como isso é possível?

— Eu não sei o que andaram te contando, criança — Ela fala sentando no sofá — mas eu nunca estive mais viva

— Será que alguém pode me explicar o que tá acontecendo? — Candice senta no sofá e pega um copo de suco

— Marie foi nossa governanta por alguns anos mas ela faleceu em quando eu tinha nove anos — Ele se senta ao lado de Candice — Pelo menos era isso que a gente achou por anos, como? — Ele pergunta para a mulher

— Sua mãe me demitiu sem razão alguma, eu gostava de trabalhar com vocês. Vocês eram ótimas crianças — Ela fala dando um gole em seu suco

— E por que ela inventaria pra nós que você morreu?

— Eu não sei se tenho resposta pra isso.

— Tia, a gente andou investigando o tempo em que você esteve internada e a pessoa que fez isso foi a Diana — a Mulher então muda sua expressão, ela parecia um pouco surpresa e confusa, afinal, pelo que Candice já havia nos falado esse assunto não era algo que ela corria atrás para desvendar.

— Ela se passou por Ruth Garcia e deu entrada no processo de internação junto com Denzel e o meu pai — Falo — Existe algum motivo que ela possa ter feito isso? talvez escutado alguma conversa? ou visto algo que não deveria?

— Agora que você mencionou, teve uma noite sim — Ela fala se acomodando um pouco mais na poltrona— Foi uma semana antes de eu ser demitida, você tinha derramado sorvete no informe da escola e eu estava na lavanderia tentando limpar. Eu lembro que fui procurar o sabão e bem no fundo do armário de limpeza tinha uma caixa, normalmente eu não espio os objetos pessoais das pessoas mas aquela caixa chamava atenção, quando eu abri tinha alguns papéis e um deles parecia ser uma certidão mas eu não pude ver direito porque Diana entrou nervosa no local.

— Ela viu que você tava com a caixa? — Daniel pergunta

— Sim mas ela interpretou que eu não li o que tinha dentro, o que era verdade, mas ela me expulsou de lá e na semana seguinte eu fui demitida.

— Acha que eles ainda estão lá? — Pergunto.

— Acho pouco provável, ela provavelmente achou um esconderijo melhor.

— mas você conseguiu ver de quem pertencia a certidão? — Candice pergunta

— Só consegui ler o nome do Hospital Central e o nome do doutor, Denzel. Eu esqueci de mencionar mas o Denzel me ajudou a sair da clínica, antes de morrer ele me pediu desculpas e não entendi direito o motivo na época.

— Como assim antes de morrer? você estava lá? ele não morreu de ataque cardíaco? — Pergunto.

— Isso é o que o Jornal fala, ele um tempo depois de me ajudar a sair da clínica. Ele me ligou pedindo para tomarmos um café, lá ele disse que havia feito algumas escolhas erradas mas que se arrependia amargamente, quando estávamos saindo do café um homem de sobretudo lhe deu uma facada — Sua voz começa a falhar, relembrar aqui ela difícil pra ela. — Ele morreu no hospital depois da facada ter causado uma infecção mas antes disso ele me pediu pra tomar cuidado e jamais contar sobre aquilo pra alguém.

— Agora faz sentido — Candice fala — Diana pagou pra matarem Denzel, já que ele se arrependeu de trabalhar com ela.

— Eu não falei nada porque seja lá quem tinha feito isso com ele, viria atrás de mim também então enquanto eu estava calada, eu estava segura.

— se importa de dar seu depoimento pra polícia? assim facilitaria muito mais para irmos atrás da Luana. — Falo

— Claro! — E assim fizemos, acompanhamos Marie até a delegacia e ela falou tudo o que sabia para os policiais eles iriam começar as buscas a partir de amanhã e só precisávamos arranjar uma forma de nos comunicarmos com Luana.

— Eu vou tentar ligar pra ela — Falo e o telefone começa a chamar, pouco tempo depois ela atende.

— Alô — Ela fala

— Tá tudo bem? — Antes poderia ser uma pergunta normal mas alguns dias atrás isso se tornou um código para saber se era seguro conversar ou se Diana estaria ouvindo pelo viva voz, se ela falasse "sim" era porque Diana estava ouvindo e se falasse "sim" seguido por alguma outra frase era porque Diana não estava ouvindo mas estava perto.

— Sim, estou bem.

— Ótimo, falamos com a polícia e eles começam as buscas por você amanhã.

— eu to muito feliz com isso, você merece essa bolsa na faculdade.

— Você acha que consegue ligar a localização do celular sem que ela perceba? ou manter a ligação até a polícia rastrear?

— Não acho que consigo voltar a tempo, sinto muito.

— Então é o seguinte, em San Diego tem uma cafeteria chamada rock coffee, conhece?

— Sim

— Acha que consegue levar a Diana lá por volta das nove?

— Sim, eu posso tentar fazer o trabalho de química da Candice.

— Então combinado, tenta tirar o máximo de informação dela.

— mas e se o professor descobrir? ele não colocaria ela na detenção?

— Vai ficar tudo bem, não vamos deixar nada acontecer com você.

— Eu preciso desligar agora, te amo!

— Eu também te amo! — Falo e a desliga o telefone.

— E então? — Daniel pergunta.

— Precisamos ir pra San Diego — Falo — Eu só passei as informações, Diana tava perto então foi a conversa esquisita de novo.

— Tomem cuidado — Candice fala e Daniel segura sua mão.

— Teremos — Ele lhe dá um selinho e ela sorri.

— Nos mandem informações — Marie fala — Daniel sorri e vamos ao aeroporto.