Capítulo 33

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POV Luana

— Você sabe que eles vão me procurar — Falo dentro do avião com Diana ao meu lado.

— Vai demorar muito até descobrirem que estamos indo para San Diego, e , foi pra isso que te obriguei a escrever aquele bilhete — Ela fala enquanto estamos desembarcando — Agora tenta agir como uma adolescente feliz por passar um tempo com a mãe — eu dou um sorriso forçado — Bem melhor.

Então entramos em um carro e ele nos levou até um apartamento pequeno em um bairro afastado da cidade, aquele lugar não era bem a cara da Diana era simples demais.

— Eu achei que você escolheria um lugar mais chamativo — Falo olhando em volta.

— Minha movimentação na conta precisa ser o mais discreta possível — Ela fala fechando a porta — Me dá seu celular.

— O que? Por que?

— Acha mesmo que eu vou facilitar pra você se comunicar com seu irmão e estragar tudo?

— Eu já disse que vou obedecer você

— Eu não confio — Ela fala estendendo a mão e eu entrego o celular — Boa garota, vamos nos dar muito bem! — Ela fala sorrindo.

— Eu só tô fazendo isso pra proteger meus amigos.

— Você só vai sair desse apartamento sobre a minha supervisão, ligações e mensagens apenas comigo do lado, entendido?

— Sim! — Eu sento no sofá — Eu tô aqui pra você não foder com a vida dos meus amigos, mas porque você precisa de mim?

— eu não nasci ontem, garota. Sei o que está tentando fazer

— Tentando conversar? não é como se eu tivesse alguma outra coisa mais importante pra fazer.

— Então faça perguntas menos invasivas

— Onde você me adotou? e por que o papai sumiu?

— Continua invasiva e Philip sumiu porque é um covarde.

— No que você se meteu?

— Chega! Sobe pro quarto e não sai de lá até eu decidir que seja a hora, suas perguntas me irritam. — Ela fala e assim eu faço.

O quarto era minúsculo, tinha espaço apenas para uma cama e uma pequena janela com grade. Eu planejava descobrir tudo sobre meu passado e infelizmente só Diana poderia me ajudar nessa, e eu espero que eles entendam o recado que eu deixei porque não planejo ficar aqui por muito tempo.
Passei o dia inteiro naquele quarto e decidi descer procurando alguma coisa pra comer, escuto Diana no telefone e fico quieta tentando escutar sem que ela perceba.

— Não me interessa se vai demorar! sabe quanto tempo eu levei pra finalmente pegar a garota? — Ela fala nervosa passando a mão nos cabelos, suponho que a garota seja eu — Escuta, Drummond tá preso por causa de toda essa merda e você é a única pessoa além de mim que ainda conseguiu escapar então não me decepciona — Ela começa a andar de um lado pro outro cada vez mais brava — Eu não me importo se você já conseguiu fugir do país, eu preciso do dinheiro na minha conta o mais rápido possível, eu tenho que ir pro México com a garota!

O que eu tenho a ver com toda essa confusão? e ela só pode tá maluca se acha que vai conseguir me levar pro México tão fácil, espero que Scott e Daniel já tenham decifrado a mensagem.

— Tá bom, eu espero! — Ela desliga o telefone e suspira frustrada, eu demoro um tempo até aparecer assim ela não desconfiaria que eu estava ouvindo — O que faz aqui? eu não mandei você descer.

— Eu sou um ser humano, preciso me alimentar! — Falo abrindo a geladeira.

— A quanto tempo tá aí?

— Acabei de chegar — Falo pegando um leite da geladeira e bebendo — Isso tá horrível! — Falo cuspindo o leite na pia.

— Eu esqueci de te avisar que venceu semana passada — Ela fala com um sorriso.

— Se quer me manter aqui deveria pelo menos oferecer uma comida que preste — Falo jogando o leite fora e ela revira os olhos.

— Amanhã vamos no mercado, pode ser?

— mas eu tô com fome agora e toda a comida parece ser mais velha que você — Ela me encara com uma cara de quem me mataria alí mesmo se possível.

— E se pedirmos pizza?

— Não como pizza

— Sushi?

— Peixe cru me dá dor de barriga — Ela revira os olhos.

— Tá! — Ela pega a bolsa — Volto em meia hora.

Então ela sai trancando a porta e levando a chave, eu começo a procurar por toda a casa alguma coisa que possa me dar o mínimo de informação, abro algumas gavetas e não acho nada então resolvo procurar no quarto dela, abro a gaveta da cômoda e embaixo de algumas roupas eu encontrei uma identidade, passaporte e cartão de débito.

— Filha da mãe! — Falo quando leio os documentos, escuto um barulho e devolvo tudo para seu lugar e entro no meu quarto fechando a porta

—O que tá fazendo aqui? — Diana fala abrindo a porta — Aliás, não me interessa! eu comprei hambúrguer.

— Não disse que vinha em meia hora? — Falo pegando o hambúrguer e cheirando

— Tinha uma lanchonete aqui perto, por que tá fazendo isso? — Ela pergunta com cara de nojo.

— Eu não confio em você — Falo entregando o hambúrguer pra ela e ela me olha confusa — Come!

— Isso é patético — Ela fala me devolvendo o hambúrguer.

— Você me sequestrou, acha mesmo que vou confiar em alguma comida que você trás?

— Fique a vontade pra passar fome — Ela sorri e eu a encaro.

demorei um tempo até resolver comer o hambúrguer e por sorte não estava envenenado.

— Viu? Não foi tão ruim — Ela fala e olha para meu celular revirando os olhos — Seu namorado tá ligando, é melhor escolher bem o que vai falar — Ela me entrega o celular.

— Ei — Scott fala aflito assim que eu atendo o telefone. — Onde você tá?

— Eu precisava de um tempo sozinha — Eu falo encarando Diana

— Você nunca foi disso, tem alguma coisa errada. Ela te forçou a ir com ela?

— Sim eu lembro que você deixou sua jaqueta na minha mala, eu te devolvo quando voltar.

— Luana, você tá bem?

— Não, eu não tô com ela agora — Diana me encarava confusa.

— Eu acho que já entendi, se você puder me dizer onde você tá a gente vai te buscar. Daniel tá muito preocupado, nós estamos.

— Ele não deve se preocupar, não recebeu meu bilhete? Se sim, ele deve ler de novo com muita atenção porque não tem nada com o que se preocupar.

— Certo! Só, tenta ficar a salvo a gente vai te encontrar logo.

— Eu também te amo.

— Fim da ligação — Diana fala tomando o celular e desligando. — Você e seu namorado tem um diálogo muito estranho.

— Eu não ia falar coisas íntimas com você me encarando, é esquisito!

— Você tem uma péssimo gosto, Cameron é muito mais interessante.

— Como você sabe do Cameron?

— Como você acha que eu soube da exposição pra mandar a falsa Catarina até lá? — Ela sorri

— Filho da mãe!




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