Capítulo 28

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Pov Luana

— Eu posso ver se encontro alguma coisa no computador dele — Scott fala se aproximando de mim depois de eu ter explicado toda a situação pra ele — Ela não tinha oito anos na época? como tem tanta certeza que a tia dela foi forçada a ficar lá?

— Você conhece a Casa Edge, nenhum paciente sai de lá e segundo ela a tia dela nunca teve esse tipo de problema — Falo me sentando no balcão.

— Quer me ajudar a procurar? — Ele fala apoiando as mãos no balcão e ficando na minha frente

— Talvez isso tenha sido uma péssima ideia — Falo envolvendo meus braços em seu pescoço e olhando em seus olhos — Eu vou me distrair muito fácil — Falo e ele sorri.

— Eu não tenho culpa nenhuma sobre isso — Ele segura minha cintura e se aproxima mais.

— A culpa é única e exclusivamente sua — Falo e o beijo. Logo depois fomos procurar o computador — Droga! Eu esqueci que todos esses tipos de pertences dele foram levados como evidência.

— Então não temos nada?

— Temo que sim.

— Se for informações valiosas e que não devem ser divulgadas, é normal que se tenha um backup, certo? talvez um pendrive, algum papel, qualquer coisa. — Falo e ele sorri, ele sobe até o quarto do pai e volta depois de alguns minutos com um pendrive na mão e colocando no seu notebook, imediatamente diversos arquivos aparecem com vários nomes desconhecidos com exceção da casa Edge.

— Você é uma gênia — Ele fala com um sorriso no rosto e clicando na pasta que se referia a clínica.

— Espero que encontremos algo — Falo me sentando do seu lado e olhando a tela do notebook, havíamos encontrado a lista de funcionários de todos os anos, clicamos na pasta referente a 2012 e apareceu a lista com todos os nomes e datas, como não tínhamos uma data certa e nem a lista dos pacientes focamos nos funcionários e no seu cargo — Precisamos saber quem ficava encarregado de registrar os pacientes, essa pessoa tem o controle de quem entra e quem sai.

— Acho que achei algo, Denzel Pierce. Ele começou na casa Edge em 2010 e saiu em 2014, significa que ele foi quem registou a internação da tia da Candice.

— Eu nunca ouvi falar.

— O nome dele foi mencionado no interrogatório da polícia — Eu o olho — Até então eu não sabia que tipo de ligação ele tinha com meu pai, então meu pai foi muito mais do que o advogado da clínica.

— Não devemos afirmar nada agora, já temos um nome agora precisamos saber onde encontrá-lo.

— Já estou pesquisando — Ele fala focado na tela — parece que não demos muita sorte, ele morreu em 2015.

— Então voltamos pro zero, tem mais alguma coisa que podemos saber sobre ele?

— Na reportagem fala que ele era médico, trabalhou durante anos no Hospital Central antes de trabalhar na casa Edge e morreu de infarto.

— Não sei se isso vai nos ajudar com alguma coisa, as outras fichas não possuem nada que nos ajude a descobrir quem é Ruth.

— Pelo menos descartamos uma possibilidade — Eu encaro a tela do notebook no canto em que tinha um nome familiar e Scott nota — O que? viu alguma coisa?

— Ruth Garcia — Falo apontando para a pasta com esse nome e Scott clica.

— São mais extratos de transações bancárias.

— Tem um de 2004, foi muito dinheiro.

— Os outros são de 2012 e 2014, e sempre valores altos.

— Então essa mulher pagava uma quantidade alta de dinheiro pro seu pai.

— Ele é o ponto comum de tudo aqui.

— Olha as datas, 2012 foi o ano em que a tia da Candice foi internada.

— Acha que ela pagou pra internarem ela? mas porque pagaria para o meu pai e não pra clínica?

— Isso eu não sei mas é muita coincidência o ano ser o mesmo.

— A quantia maior foi em 2004, isso vai muito além do que ele cobra por um processo ou algo do tipo.

— Olha as outras transações, elas são para Denzel Pierce.

— Os mesmo anos, 2004 e 2012, e a quantia também é a mesma.

— Então a Ruth tem ligação tanto com seu pai quanto com o Denzel mas onde a tia da Candice entra nisso?

— Aqui não tem nada relacionado a ela.

— Mas já temos uma quase prova de que a tia da Candice foi internada a força.

— E é tudo que temos — ele fala fechado o notebook.

— você fez um bom trabalho — Falo passando a mão em seus cabelos e ele sorri.

— Você é a gênia aqui.— ele fala se levantando e indo na cozinha, vejo seu celular vibrar várias vezes em cima da mesa, a tela estava virada pra cima então pude ver que era Daniel. — Quem é? — Ele pergunta quando volta e percebe que eu estava perto do seu celular, eu tomo um pequeno susto.

— Desculpa eu não quis olhar, não é que eu não confie em você, eu confio! — Ele me olha confuso e tenta falar mas eu falava mais rápido e não lhe dava oportunidade — Eu não deveria ter feito isso, eu sei! mas a tela tava pra cima e não parava de vibrar então foi involuntário, eu vou entender se você ficar bravo.

— Do que você tá falando? — Fala sentando ao meu lado — Por que eu ficaria bravo?

— Eu pensei que

— O que? — Eu apenas o olho e sorrio.

— Deixa pra lá! — Falo com um sorriso no rosto e ele parecia não entender o que tava acontecendo mas mesmo assim sorriu, colocou uma mecha do meu cabelo pra trás, fez um carinho na minha bochecha e me puxou para um beijo.







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