Capítulo 17

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Pov Luana

- Eu não quero te apressar mas conseguiu alguma coisa? a exposição é daqui a dois dias - Scott entra no meu quarto e olhando em volta - Seu quarto é diferente do que eu imaginei.

- E você já imaginou meu quarto? - Falo rindo vendo que ele ficou sem jeito.

- Eu pensei que teria mais livros espalhados e histórias em quadrinho.

- Eu guardo em uma caixa no guarda roupa, foi minha mãe que decorou tudo do quarto e eu não tive muito direito de opinar.

- Então o papel de parede com pelúcia

- É dela

- Ela tem um gosto peculiar, se importa se eu olhar seus livros?

- Fica a vontade - Falo voltando o foco para a tela em branco.

-Ta bom, vem comigo. - Ele fala puxando minha mão e me tirando da cadeira.

- O que tá fazendo?

- Eu sei o que você precisa.- Fala me levando para fora do quarto.

- Pizza?

- É uma possibilidade.

Entramos no carro, ele colocou uma música e começou a dirigir. Eu não fazia ideia de onde ele estava me levando pois até um certo ponto eu não reconhecia mais o caminho, paramos em um parque onde tinha uma pessoas correndo e uma crianças brincando.

- Vamos! - Ele pega minha mão e me leva na direção à uma pequena trilha, podia ver alguns passarinhos cantando nos seus ninhos e a luz do sol atravessando as folhas.

- Não vai me assassinar,né? Porque se for deveria ter escolhido uma camisa que não fosse branca.

- Cala a boca! - Ele fala rindo - Você vai gostar, eu garanto.

Então depois de caminhar um pouco, chegamos em um riacho de aguas cristalinas e eu olho ao redor surpresa, era um belo lugar.

- Uau! - Falo

- Lindo, né? o melhor é que aqui é uma área preservada então não vem muita gente por aqui mas também não tem o risco de se perder porque o caminho é fácil.

- É maravilhoso! - Falo o encarando - mas ainda não entendi porque me trouxe aqui.

- Você precisa descansar o cérebro, relaxar e deixar as idéias fluírem - Ele fala pegando uma de piquenique da mochila e colocando no chão - Então por essa tarde, você vai esquecer todos os seus problemas e vai relaxar mas se você quiser podemos voltar pra casa.

- Isso não é uma opção - falo me deitando na toalha e ele deita ao meu lado - Sente falta de algo?

- Como assim? - ele me olha confuso.

- Um momento, uma pessoa, qualquer coisa que se pudesse recuperar você não pensaria duas vezes.

- Não ri, tá legal? mas quando eu era pequeno eu tinha um polvo de pelúcia e eu costumava carregar ele pra todos os lugares, eu chamava ele de Senhor tentáculos.

- Senhor tentáculos? - Falo rindo e o encarando.

- Presta atenção - Ele ri também - Eu ganhei ele no natal antes da minha mãe morrer, foi um presente e ela falava que ele ia me proteger quando ela não estivesse lá pra isso - Ele fala olhando para o céu mas eu continuava o encarando, o jeito que ele soltava um riso de canto quando mencionava a mãe, como a luz do sol iluminava seu rosto e ele precisava franzir os olhos levemente para a luz não o atrapalhar, eu percebo todos esses detalhes e solto um sorriso involuntário - Eu sinto falta daquele momento, porque minha família era unida. - ele fala se virando para mim novamente e percebe o meu sorriso. - O que foi?

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