Pov Luana.
— Sabia! — Falo assim que chego e vejo Daniel e Candice no sofá, eles estavam vendo filme abraçado s e se levantam assustados quando percebem minha presença.
— Irmãzinha — Daniel fala me abraçando — Não deveria estar na casa do Scott?
— Eu passei a noite e a manhã lá, uma hora iria precisar voltar pra casa — Falo me soltando do abraço — Eu vou pro quarto, não quero atrapalhar vocês.
Algum tempo depois Candice aparece no meu quarto.
— Se divertiu? — Pergunto sorrindo.
— Nem começa — Ela fala sentando ao meu lado na cama — Eu vim atrás de você e você não estava.
— Não precisa me explicar, tá na cara que você tá afim do meu irmão. — Ela sorri.
— E essa cara? Não parece muito feliz pra quem acabou de chegar da casa do Scott.
— Eu tô confusa — Eu deito na cama e encaro o teto — Tivemos um desentendimento, nada muito grave mas a culpa é minha.
— E por que seria sua culpa?
— Eu acho que tô deixando ele inseguro no que eu sinto por ele.
— E por que não fosse logo a verdade?
— Eu tenho medo de estragar tudo, minhas últimas relações deram errado por minha culpa.
— Sua melhor amiga não dormiu com seu namorado? — Eu confirmo — Como isso pode ter sido sua culpa?
— Eu não dava a atenção que ele precisava e todas as minhas amizades não passaram de relações superficiais porque eu não consigo me relacionar bem com as pessoas.
— Isso não faz sentido, você não pode controlar como os outros vão reagir ao seu jeito ou dizer que isso é culpa sua.
— Bom, se todos se afastam é porque o motivo deve ser eu.
— Nem sempre, seu irmão não se afastou, Scott nunca desistiu de você e nós duas nos damos bem.
— Por enquanto.
— Precisa parar de se diminuir tanto, e não pode deixar o medo te controlar pro resto da vida.
— Talvez você tenha razão, sobre deixar o medo me controlar.
— Uma vez na vida você precisa fazer uma coisa sem pensar, agir por impulso e depois parar pra pensar.
— É!
— Só não exagera porque tem quase idade pra ser presa — Ela ri. — Você mora na cidade a muito tempo?
— Desde que nasci.
— Então você conhece praticamente tudo.
— Não tudo, eu não saio muito de casa mas sei de algumas coisas. Por que?
— O que é a Casa Edge?
— É uma clínica psiquiatra no centro da cidade, as pessoas são internadas lá em último caso.
— Como assim?
— Quando os remédios não fazem mais efeitos e a pessoa não tem mais controle sobre si mesma, os responsáveis resolvem internar nessa casa, é tudo bem rigoroso e os horários de visita são sempre controlados.
— Soa como uma prisão.
— Basicamente.
— Mas as pessoas saem dessa casa? Eles conseguem ser curados?
— Isso eu não sei responder, Por que o interesse na Casa Edge?
— Eu encontrei uma toalha com o nome desse lugar nas roupas da minha tia.
— Talvez ela trabalhou lá.
— Foi o que eu pensei mas quando eu perguntei ela ficou nervosa e desconversou.
— Ela morou com vocês por quanto tempo?
— Uns dois anos, então ela resolveu voltar pra cá.
— Não tá achando que ela foi uma paciente de lá, acha?
— Pelo que você falou ela não parece mas qual seria a outra explicação?
— A gente pode tentar descobrir.
— Acho melhor deixar quieto, é provavelmente algo que ela quer esquecer.
— Talvez algum dia ela esclareça isso.
— Eu acho que pode ter algo a ver com o filho dela
— O que aconteceu?
— Isso foi a muito tempo, Ela engravidou e o pai sumiu mesmo assim ela resolveu ter o bebê só que a criança não sobreviveu.
— Que triste.
— Minha mãe fala que ela passou meses afirmando que o menino tava vivo mas que foi roubado dela. Todos da família tentavam não tocar no assunto, alguns achavam que ela estava enlouquecendo.
— Acha que algum deles internou ela por não querer superar a morte do filho?
— É uma possibilidade.
— Mas e depois disso? ela nunca teve outro filho?
— Ela dedica todo o tempo dela com crianças nas creches mas não quis ter outro filho.
— E o pai do bebê?
— Nunca apareceu. Talvez seja melhor assim, ele não faria diferença nessa situação.
— Sinto muito que sua família passou por isso.
— Nenhuma família é perfeita.
— É! — Eu suspiro e lembro da minha que eu não faço ideia de onde possam estar mas pelo menos ligam o suficiente pra não nos deixar morrer se fome.
— Mudando de assunto, como vão os preparativos pra amanhã?
— Eu tô muito nervosa, sinto que vou travar no momento em que eu abrir a boca.
— Minha tia sempre fala que quando você estiver em uma situação de pressão é só olhar pra algo ou alguém que você se sente segura.
— Duvido que isso vá me ajudar, eu provavelmente ficaria mais nervosa ainda.
— Não custa nada tentar, ou faz isso ou imagina a platéia sem roupa, dizem que funciona.
— Eu não sei se quero ver o professor Wilson de roupa íntima — Falo rindo.
— Seria uma péssima visão — Ela ri também. — Eu sei que você vai se sair bem, seus quadros representam seus sentimentos, certo? — Eu confirmo — Então é só falar o que sente, não tem como dar errado.
—Muita coisa pode dar errado.
— Tipo?
— Eu posso tropeçar em cima dos quadros e quebrar todos, a energia pode acabar, eu posso perder a voz, alienígenas podem invadir o colégio, quer que eu continue? porque a lista é longa.
— Nada disso vai acontecer, vai dar tudo certo.
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The Nerd
Teen FictionO que você faria se você fosse a aluna mais zoada da escola por ser nerd?. E o que aconteceria se o capitão do time fosse apaixonado secretamente por você? . Leia e descubra o que acontecerá com Lua a nerd de 17 anos