| in the dark of night - Yuta Nakamoto |

Capítulo 15

A sala estava escura, a única luz era a da televisão ligada que passa um filme. Com muita insistência do meu pai, decidimos fazer maratona das saga de filmes favorita dos meus pais, o que obviamente não deu certo, no segundo filme de velozes e furiosos meus pais já estavam dormindo horrores

Olhei para o lado e vi minha mãe sentada toda torta no sofá, um cobertor estava por cima de suas pernas e o controle estava prestes a cair de sua mão, do outro lado está meu pai sentado no chão com a cabeça apoiada no sofá enquanto sua mão se encontrava dentro do pote de pipoca quase vazio, olhando aquela cena senti vontade de rir ao me lembrar que a alguns minutos atrás ele estava tirando sarro da minha mãe pois ela estava " dando cabeçada no vento " e no final das contas o primeiro a apagar foi ele

Levantei com cuidado para não fazer barulho e peguei o controle que já não se encontrava na mão de minha mãe e abaixei o volume da televisão. Fui em direção ao meu quarto e tranquei a porta assim que entrei, me assutei ao ver Mark sentando na minha cama com cara de sono

_ 'Tá fazendo o que aqui assombração? já vai dar uma da  manhã _ Perguntei  em sussuro

_ Te esperando _ Respondeu simplista _ sua maluca, 'ta fazendo o que? _ perguntou assustado enquanto cobria os olhos com a mão

_ Calma Mark, eu estou com roupa por baixo do pijama_ Digo tirando a calça do pijama e jogando  na cama _ me da esse casaco do seu lado

_ Já podemos ir ? _ Perguntou após jogar o casaco em minha direção, apenas assenti em concordância enquanto pegava uma pequena mochila que  estava pendurada na maçaneta da porta _ Eu nem vou perguntar o que tem aí_ Disse e parou em frente a janela me olhando

_ O que foi? Você disse que não perguntaria então eu não vou te dizer _ Digo indo em sua direção e o empurrando se leve para o lado _ Vamos Mark, não  temos a noite toda

...

Entramos na casa de Taeil e encontramos ele, Yuta e Sicheng sentados no sofá, por alguma razão ainda desconhecida por nós, as corridas iria se iniciar um pouco mais tarde do que o costumeiro, então aproveitamos a oportunidade para conversarmos. Mark, Sicheng e eu falávamossobre como as aulas ficavam cada vez mais difíceis durante esse último ano,  principalmente porque tinhamos conciliar tudo devido às corridas, e a pressão que os professores, pais -e mesmo que inconscientemente- nós mesmos  colocavam em nós não ajudava em nada. Taeil e Yuta ouviam atentamente e vez ou outra nos davam dicas ja que os dois ja tinham passado por esse período do mesmo jeito que nós estamos tentando passar agora, eles até se ofereceram para nos ajudar em algumas matérias, Yuta disse que durante o dia era muito entediante pois eles não tinham o que fazer e Taeil completou dizendo que se eles pudessem nos ajudar em algo estariam a disposição, e certamente aceitamos no mesmo instante, qualquer ajuda era bem vinda

_ Nossa, vocês nem acreditam_ Disse Mark quebrando o silêncio que tinha se formado _ Anne e eu fomos em uma papelaria mais cedo e a Anne surtou por causa de uma caneta bizarra que ela insistiu em dizer que era a coisa mais linda que ela viu

_ Mas era linda mesmo, mostra a foto  pra eles, anda _ Digo e vejo Mark tirar o celular do bolso e após um curto tempo mostrar a foto para os três garotos _ viram só?  _  Cada um deles teve uma reação diferente, Taeil soltou uma risadinha fraca, Sicheng franziu o cenho como se estivesse vento algo estranho , já Yuta parecia estar viajando na maionese, como nem estivesse vendo a caneta

_ Eu não acredito que você ainda é louca com essa bobeira de unicórnio_ Taeil disse chamando minha atenção _ supera isso, maninha

_ Eu acho eles fofinhos, não é bobeira

_ Anne, eles podem até serem fofinhos, mas essa canetas parece que veio diretamente de Chernobyl _ Disse Winwin e Mark começou a rir, como já era de se esperar

_ Isso me fez lembrar de uma vez que meus pais me obrigaram a usar uma fantasia ridícula de unicórnio só porque era aniversário da Anne_ Taeil disse se lembrando _ Acho que ela estava fazendo cinco anos, ela era meio pansudinha e teve a brilhante idéia de subir nas minhas costas como se eu fosse um burro de carga, foi uma experiência traumatizante

_ Mas rendeu boas recordações para sua adorável irmã _ Digo sorrindo e fazendo corações com os dedos

_ Que de adorável não tem nada né

_ Mark, se você rir eu juro que te desço a mão _ Ameacei ao ver Mark segurando a risada_  e você Taeil, eu sou adorável você que todo um ogro das cavernas

_ E você que parece um Freddy Krueger, se toca garota eu sou todo trabalhado na beleza_ Taeil rebateu com toda a maturidade que tinha_ nossos pais capricharam em mim, na sua vez eles fizeram de qualquer jeito

_ Pode sonhar Taeil, eu sei que a realidade pode machucar

_ Vocês dois parecem duas crianças, misericórdia

_ Fica na tua Potter, a conversa ainda não chegou em Hogwarts _ Rebateu Taeil

_ Até hoje eu não entendi o motivo de vocês chamarem o Mark de Harry Potter_ Confessou Sicheng esperando alguma explicação

_ Eu pensei que fosse óbvio, quer dizer, olha a cara dele _ Digo segurando o rosto de Mark com as duas mãos_ é idêntico ao Harry no terceiro filme, só falta o óculos e a cicatriz

_ Ainda não acho eles parecidos_ Yuta disse olhando para Mark

_ Esperem aí _ Taeil subiu as escadas apressado e voltou com um óculos e uma caneta em mãos _ coloca isso Mark _ Disse entregando o óculos para Mark e logo após segurando o garoto e me entregando a caneta _ Faz o desenho da cicatriz enquanto eu seguro  ele

_ Vocês vivem abusando de mim, isso não é legal_ Reclamou tentando se soltar de Taeil

_ Tá feito _ Digo e Taeil solta Mark _ vai dizer que não é idêntico agora?

_ Uau! _ Yuta e Sicheng exclamaram ao mesmo tempo

_ Eu odeio ser o que estraga o clima mas nós temos que ir agora _ Disse Taeil olhando para o relógio em seu pulso _ a corrida começa daqui a pouco

Bastou essa simples frase que o clima pesou, as risadas desapareceram e os sorrisos murcharam, todos nós nos entreolhamos em silêncio e saimos da casa do mesmo jeito. Era incrível como uma coisa como essa podia tirar a felicidade e dar lugar ao medo, quando estávamos lá eramos completos estranhos, não podíamos confiar em ninguém e muito menos dar bobeira

O sentimento é terrível, pensei que com o tempo eu fosse me acostumar com o ambiente mas isso não estava acontecendo, a cada dia que passava o sensação de estar sendo observada só aumentava

O perigo estava se escondendo nas sombras, nos observando e analisando nossos passos, Tiger estava de olho mesmo estando longe, a "coisa" que se escondia nas sombras parecia crescer cada vez mais e estava esperando ansiosamente uma falha para que pudesse atacar, os homens de Tiger estavam por todo lugar olhando para todos cuidadosamente. Eles estavam no controle e nós estávamos sendo controlados