segunda fase : Capítulo 22

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Nós acordamos bem cedo no dia seguinte, a casa que os garotos haviam alugado era grande e arejada. O frescor da manhã era agradável e trazia paz, o cheiro de panquecas que Taeil fazia com a ajuda de Sicheng era delicioso, eles realmente sabiam o que estavam fazendo


Jeno e Olivia estavam brincado com carrinhos e blocos de brinquedo no chão da sala, Yuta, Johnny e Ten jogavam UNO na mesa de jantar. Ja Mark, Rebecca e eu estávamos sentados no sofá conversando e vendo as duas crianças brincarem.

__ Eles são umas gracinhas __ Mark disse tirando uma foto deles __ olha só essas mãozinhas gordinhas e pequenas


Nós olhamos para a foto sorrindo, era realmente muito fofo.

Hoje era nosso último dia na praia, os garotos já tinha conversado com tal cara das informações e conseguiram o que queriam, isso significava que eles estavam mais um passo à frente, a hora estava chegando



Infelizmente eu ainda estava incerta a respeito de tudo isso. Eu queria que Taeyong "caisse" logo, mas só de imaginar a confusão eu prefiro que isso nunca aconteça. Eu tentava me acostumar com a ideia de Jeno crescer longe dele, Taeyong ainda era seu pai, ele claramente sentiria falta, era inevitável, mas estar perto dele também não o faria bem no momento que ele percebesse a indiferença



Eu me pergunto se um dia ele iria mudar,  ser de fato um pai e estar com ele não só fisicamente como emocionalmente. Sinceramente, eu espero de coração que isso aconteça, eu não sei como é crescer com um pai ausente em nenhum sentido, mas acredito que não seja nada bom, eu não quero que o meu filho sofra com isso, não quero que ele se torne uma pessoa quebrada pela falta de compaixão de outra pessoa


Certo, era parte do acordo, Taeyong precisava de um herdeiro e agora ele tinha um, em nenhum momento foi algo feito de sentimento, sim necessidade. Mas seria ele insensível ao ponto de não o reconhecer como um ser humano com sentimentos? Por que no meu ponto de vista é isso que um pai ou mãe ausente vê, é como se eles não fossem capazes de enxergar através do físico, como se os sentimentos do filho fossem invalidados, eu não quero que Jeno sinta que seus sentimentos são invalidados



Olhar para ele e pensar que um dia alguém pode machucar seu coração e ferir seus sentimentos, e que essa pessoa pode ser alguém que ele ame, me dói imensamente. Eu não consigo compreender como Taeyong realmente não sente nada, Jeno é uma criança tão doce e preciosa. Será que Taeyong está fingindo não sentir nada? Será que isso é uma forma que ele encontrou de mascarar suas emoções para não ser afetado? Será que ele está tão machucado que não sabe lidar com boas emoções e sentimentos ?


Minha lista de perguntas sem respostas aumentava a cada dia, minhas incertezas cresciam a cada instante assim como minhas preocupações. Eu deveria estar me divertindo mais, aproveitando o momento com meus amigos, com as pessoas que amo, mas isso parecia impossível. Uma semana já havia se passado e, olhando com mais anteção agora, eu não fiz nada relevante com eles, eu só estive ali vendo eles aproveitarem enquanto estava ocupada de mais enchendo minha cabeça com coisas as quais eu não tinha controle




Foi preciso isso para me fazer abrir os olhos e finalmente perceber que eu não podia mudar nada. Não cabia a mim tentar adivinhar o futuro, não era meu dever fazer Taeyong se importar, eu só precisava deixar meu melhor lado se aflorar para quando o futuro chegasse eu soubesse o que fazer




Jeno se levantou com dificuldade, não me surpreendi, afinal, ela já ficava de pé a algum tempo. Ele ainda tinha um pouco de dificuldade com o equilíbrio, mas era algo que ele melhorava a cada dia, isso me deixava orgulhosa.



| in the dark of night - Yuta Nakamoto |Onde histórias criam vida. Descubra agora