Eu sou homem de belos traços, minha mãe me fez menina em tenra idade e me fez ser fotografado. Disse ela "belamente meu filho é Vênus". Até hoje me recordo de seus elogios quanto a minha beleza e até certo ponto me pergunto. Seria eu o animal empalhado de minha mãe? Um adorno de minha família ou a evolução bela do sangue e da genética?
Não havia em mim coisa alguma além do casco vazio de Afrodite. Eu era o Narciso. Morto e perturbado pelo meu reflexo, apaixonado, e morto de mesmo modo. Mas mãe... Se eu era tão lindo, se meu carinho lhe era tudo... Se tudo a ti devia e a mim tu devias alegria e felicidade por toda dolorosa vida de sofrimento... Ao que direito me abandonaste como jovem apaixonada, idolatrando homens podres quando se tinha um filho único, que era homem e mulher, que era filho e filha de beleza inesgotável. Sonho de teus sonhos e objetivo de teu ventre fértil de uma única vez. Que de nome Charlie me dera, por ser Charlotte, por ser Charles. Por ser os dois e ser um me deste o nome de duas em uma pessoa única?
Não era eu o suficiente a ti minha mãe?
Por qual motivo em abraços peludos de homens descuidados, de cheiro insuportável ousou abandonar seu filho para tão logo em minha mente viver eternamente minha única família?
Viverei sozinho de novo?
Mãe... Fale comigo mãe!
Faz três dias que dorme... Jesus voltou também, minha santa mãe porque você está parada com cavidades negras e vazias a me olhar no profundo de minha alma sórdida?
Não mãe. Não fui eu, eu juro.
Sempre limpei bem os lençóis dos velhos quartos de anfitrião sou o mais chato, mas também o mais caprichoso graças a ti.
Vem e vão pessoas. E na água se vai tristeza e lágrimas dos de garganta rasgada que ousei me interessar...
Mãe, eu só amo você. Sabe disso...
Sabe que na verdade pura e nua cruelmente sozinhos, perpetuamos juntos e na verdade gozamos de nossa companhia feliz?
Eu trouxe o vinil que tu gostava. Psy Kouse. Ouse e diga, cante para mim mãe...
Mãe?
A sim...
Te levarei para janela. Vou abrir sua garganta e poderá respirar melhor. Juro que sempre dou o melhor de mim a você mãe. Sempre lhe balsamei e limpei de ti os perniciosos vermes brancos que desejavam tua carne. Eu te amo mãe. E por isso eu faço dos seus desejos os meus, os teus ódios os meus. E dominante dentro de mim tu se faz a ciumenta beleza que uma perfeita mulher deve ter. Mãe...
Por qual motivo aquele homem te pareceu mais suficiente que seu filho?
Bem, nada mais me atrapalha. Vestirei a pele da donzela que antes me afagava. Vê mãe? Sou lindo como a senhora me disse. Agora com seios conservados e vestidos bonitos sou a filha de teus sonhos. Meu cabelo comprido é o esmero de teu ônus. Oh mãe...
Mãe?
Eu sou... Mulher?
Eu sou...
Mãe?
... Mãe?
A senhora é tão quente mãe. Eu senti falta de voltar para dentro de ti e me aconchegar em teu ventre...
Mãe?
Eu te amo mãe?
Até esfriar te farei abrigo...
Até o esfriar da morte...
Cantarei e a senhora vai dormir bem. Dorme bem mãe.
Mãe...
Mãe...
Doce mãe...
Filho, está dentro de mim. E como feto te carrego. Menino menina. Menina menino. Meu sonho era ter os dois. Agora Charlie. Lhe tenho entre nós. Mãe sou eu a voz.
Somos vermes que afogam a cabeça.
Nós estamos semore juntos. Te amo mãe. Te amo Charles.
Bates e acaba bates a asa e voamos glorioso encanto...
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Nós estamos aqui...
Olhos vidrados esbugalhados. Ventre cortado estamos aqui...
Olhe atrás de você...
Estamos atrás de você!
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Somos nós. Nós somos vocês...
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Twisted Hollow
HororContos de Terror e drama que podem ser gatilhos para certas pessoas. Tudo ficcional.