~Josh and you~
Dois anos atrás, S/n descobriu que tem câncer na traqueia, e desde então se recusa a fazer quimioterapia. Quando Josh, seu médico, fala pra ela que ela tem pouco tempo de vida, ela lhe fala que tem uma lista de coisas que deseja fazer...
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Em casa, finalmente.
Me jogo na minha cama macia...Por que tá tudo tão...quieto?. Me levanto e vou até as escadas, as desço, encontro meu pai lendo o jornal da manhã, minha mãe estava na bancada da cozinha comendo algo.
— Cadê o Tony?– Pergunto e ambos me olham de testa franzida.
— São 3:30 da tarde, querida...– Fala minha mãe.
— Ele estar na escola ainda.– Completa meu pai. Assinto. Havia me esquecido completamente.
— Tá tudo bem?– Pergunta minha mãe preocupada.
— Tá sim, eu só...esqueci.– Eles assentem, subo as escadas e volto para o quarto.
Tony Moore, meu irmão casula de 9 anos. As vezes quero mata-lo, mas quando ele não estar em casa, sinto falta da sua chatice. Ele não entende o por que estou sempre no hospital, mesmo eu já tendo explicado, falei a ele que não ficaria por muito tempo, ele sabe o que é morte, mas não entende que será para sempre, ele acha que será apenas uma viajem um tanto longa, ele acha que eu vou voltar...
[...]
São 5:30, estou a 2 horas encarando o relógio na parede, ele faz um som irritante... Ótimo para ficar tão intediada a ponto de dormir, mas não conseguir. É difícil fechar os olhos e dormir calmamente, tenho medo de nunca mais conseguir os-abrir novamente, tenho medo de não conseguir me despedir...tenho medo de sentir muita dor. Vai ser como uma longa soneca ou irei acorda em outro corpo vivendo outra vida?
Reencarnação. Difícil de acreditar, mas não impossível. Eu me nego a acreditar que as pessoas que tanto gosto e morreram, apenas...apagaram.
— Maninha?– Escuto a voz docê atravessar o quarto. Era impossível não sorrir.
— Oi...– Me levanto com um pouco de dificuldade.– Como foi a aula?– Ele vem até mim e se senta ao meu lado, na cama.
— Foi legal, jogamos basquete.– Sorrio.
— Não sabia que você jogava basquete.– Ele sorrir.
— Não jogo, é que o professor levou a bola hoje e ensinou a gente.– Assinto.– Mudou o tubo?– Pergunta apontando para meu pescoço.
— Pois é, preciso trocar a cada um mês, para quê ele não infeccione. Tive que tomar uma injeção para dormir e não sentir dor.– Tony me olha com os olhos arregalados me fazendo rir.
