~Josh and you~
Dois anos atrás, S/n descobriu que tem câncer na traqueia, e desde então se recusa a fazer quimioterapia. Quando Josh, seu médico, fala pra ela que ela tem pouco tempo de vida, ela lhe fala que tem uma lista de coisas que deseja fazer...
Comentem o que estão achando, pois é muito importante pra mim!!!
Pov: Josh Beauchamp
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Agora estávamos no sofá, mas em nossa mão ainda havia um copo de rum. Eu me mantia quieto esperando ela falar algo, mas não foi o que aconteceu.
As vezes meu corpo sentia a obrigação de escutar a voz dela, era estranho o quanto eu havia me apegado a ela. A alguns minutos atrás tive a sensação que queria lhe beijar... Então apenas me levantei e disse que iria pegar vodka.
Quando eu vi ela olhando para meus lábios, sentir que se eu continuasse ali eu iria lhe beijar, eu não estou, e nem estava consciente o bastante para saber se ela queria ou não, se ela ficaria brava ou não. Eu não podia.
- Como você está? Tipo verdadeiramente.- Pergunto e lhe encaro, ela que fitava a parede, agora me olha com a testa franzida. Ela suspira.
- Particularmente eu tô bem. Eu... Eu acho que eu sou muito boa em controlar as minhas emoções.- Ela murmura e deita sua cabeça no encosto do sofá. Franzo o senho.
- Quer dizer o que com isso?- Pergunto curioso.
- Eu sou muito boa... uma pessoa muito pé no chão. Quando se trata de coisas emocionais ou drama, eu fico tipo: tá legal, será que isso é realmente preciso?- Ela diz e encara o teto. Suspiro.
- Eu entendo, mas, presta atenção... isso não significa necessariamente que alguém está sendo dramático, porque são emocionais. Pra muitas pessoas elas precisam vivenciar totalmente suas emoções para processar o que passam, pra que possam começar a se curar... Na verdade é saudável mostrar suas emoções.- Ela me encara.
- Eu acho que... se existe vida após a morte, você com total certeza era um psicólogo na vida passada.- Rio e ela me acompanha. Ela pega um travesseiro e coloca nas pernas e para no tempo, pensando.
- A verdade é que estamos cansados de um monte de coisa... de um monte de gente... do que a gente nem tem mais forças para explicar.- Ela diz e me encara, continuo atento a tudo que ela dizia.
- Ó mundo é uma bosta... e eu faço as coisas pra esquecer disso, para me manter ocupada e cega.- Ela continua e se ajeita no sofá, virando e ficando totalmente de frente pra mim.
Apoio minha cabeça em minha mão que estava apoiada no encosto das costas do sofá e encaro a garota a minha frente, eu sabia que ela estava pronta para me fazer pensar em toda a minha existência de uma só vez.
- Porquê, pensa... Em algum lugar do mundo há um pai e uma mãe, e o pai é um filho que tem uma mãe, e a mãe tem uma filha que se casou com o irmão de uma mãe, e todos eles estão apenas tentando se multiplicar uns com os outros. Porque é assim que o mundo funciona, nunca termina e então você começa de novo.- No meio de suas palavras eu já não entendia mais nada.
