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Essa é a história de S/n Cooper

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Essa é a história de S/n Cooper. Essa sou eu, um pontinho cercado por 7 bilhões de outros pontinhos, prestes a ser engolida pelo sol...

Vamos começar novamente...

Meu nome é S/n Cooper, 22 anos, tubos enfiados na garganta e agulhas nos braços. Essa é a minha vida. Tudo começou com desmaios, tosses, falta de ar, sangue escorrendo pelo nariz, e dores, quando vi, estava no hospital fazendo milhares de exames.

A dois anos atrás descobrir que tenho câncer na traqueia, apenas 10.890 mil casos novos todos anos, parece muito, mas comparado a 7 bilhões de pessoas...é pouco, muito pouco.

Traqueia é um órgão que ajuda a levar o ar externo para o pulmão, é complicado explicar. Imagine uma dor na garganta, só que pior, muito pior. Maligno é o tipo do meu tumor, ou seja, câncer.

Desde que descobrir passo a maior parte do meus dias internada no hospital. Meus pais já não se cuidam mais, não há amor, eles são apenas duas pessoas que só estão juntas por causa de uma outra pessoa...Se pensou em mim, você acertou. As pessoas fingem estarem felizes constantemente quando estão comigo, na cabeça delas, eu não posso ficar triste, mal sabe elas a tristeza constante que sinto.

Você percebe que estar ficando louca quando começa a comparar sua casa com o hospital. Todos aqui me conhecem, gosto de sempre fingir estar feliz e, por incrível que pareça as pessoas acreditam. Qual é!?! Estou com câncer, elas acham mesmo que sou feliz?

Eu tinha que ter começado a fazer quimioterapia a 2 anos atrás, assim que descobrir que estava doente, mas eu não comecei por um simples motivo, o qual, não é da conta de vocês!.

Bom...A duas semanas tive uma piora e tive que voltar para o hospital, mas...a enfermeira já veio me avisar que o Doutor Beauchamp já vem me dá alta. O "Doutor Beauchamp" é meu médico desde que descobrir que estava com câncer, ele tem 26 anos e virou um super amigo aqui no hospital, eu prefiro chamar ele de...

— Estou te dando alta pela 6° vez em 4 meses!. Quando tomará jeito?!?– Fala o loiro entrando no quarto. Sorrio sapeca.

— Iai loirinho!– Ele me olha bravo, ele odiava quando eu chamava ele de loirinho, mas eu não tenho culpa dos fios dourados dele.

— Você não toma jeito mesmo.– Bufa me fazendo abrir um sorriso maior.

— Estou aqui a duas semanas e você não veio me vê!– Finjo estar magoada.

— Viajem a trabalho.– Arqueio as sobrancelhas enquanto ele vem até mim e começa a tirar o soro. Resmungo quando sinto a agulha sair do meu braço.– Como estar?– Pergunta massagiando o local onde tava o soro.

— Morrendo.– Ele suspira tristonho e fica em silêncio.

— Posso?– Pergunta encostando a mão na barra da minha blusa. Assinto. Ele a-levando e começa a limpar os tubos da minha barriga.

Enquanto estava no hospital não conseguia comer o suficiente para ficar bem, então precisei colocar uma sonda, ela entra dentro da pele e vai até o estômago.

— Acha que eu posso sair hoje
daqui?– Ignorada. Ele começa a tirar as pequenas e finas mangueiras que encaixavam nos tubos da minha barriga. Estava doendo, mas eu não podia demostrar.

— De 0 a 10, quanto estar doendo?– Ele me olha fixamente com seus olhos azuis magníficos. Eu pensava qual número seria ideal...ideal para ele não perceber que estava mentindo.

— 3.– Repondo mesmo querendo falar 9! 9!

— Pare de mentir para mim!– Droga!

— 5...?– Ele fecha a cara– Qual é loirinho?! Eu quero ir pra casa!– Resmungo e ele massageia o osso frontal da glabela.

— Tudo bem, pode ir para casa.– Fala derrotado enquanto eu comemorou com um "YES"– Mas...– Sempre tem um "mas"!.– Preciso que me prometa que irá se cuidar!.– Assinto sorridente.

— Prometo.– Ele assente e sorrir fraco. O silêncio se instala.

— S/n...– Me chama e eu o encaro– Eu sei que sempre te fasso essa pergunta, mas...Tem certeza que não quer fazer a quimioterapia?– Reviro os olhos.

— Não quero, e não vou mudar de ideia, Josh. já te falei isso.– Ele fecha os olhos e respira fundo, ele os-abre novamente e pega sua prancheta e começa a escrever algo.

— Pode ir para casa. Vou passar mais alguns remédios.– Reviro os olhos novamente e ele me olha sério e irritado ao mesmo tempo.– Espero que que os-tome! Eu passei alguns remédios para você tomar enquanto estava em casa da última vez que esteve aqui. Hoje, olhei todos os seus exames e adivinha! Eles magicamente não fizeram nenhum tipo de efeito no seu organismo...Foi como se, deixe-me pensar...Se eles nunca tivessem entrado nele!– Ferrou!.

— Já parou para pensar que talvez, eles simplesmente... não fizeram efeito?!.– Me finjo desentendida.

— Pensei claro, e se fosse outro paciente eu acreditaria nisso, mas se trata de uma garota de 22 anos rebelde!.– Levo minha mão ao peito fingindo estar ofendida.

— Não sei do que estar falando!.– Agora é a vez dele de revirar os olhos. Ele termina de escrever e arranca a página, mas não me entrega.

— Claro que não sabe!.– Fala impaciente e me entrega a receita.

— Doutor Beauchamp! Como ela estar?– pergunta minha mãe ao entrar no quarto acompanhada do meu pai. Reviro os olhos novamente, eles não me viram aqui não? afinal sou eu que estou doente!.

— Por quê estão fingindo que não estou aqui?! Afinal, sou eu que estou doente, sou eu que estou sentindo as dores!.– Eles me olham irritados.

— Não estar 100%, mas ela já pode voltar para casa, claro, tomando todos os cuidados possíveis e impossíveis!.– Ele termina e meus pais sorriem olhando para mim.

— Isso é ótimo querida, poderá ir para casa!– Assinto animada.

— Bom, eu preciso ir, lembre-se que me prometeu que iria criar juízo! Se cuida.– O-olho debochada.

— Esse é o seu trabalho. Afinal você é o médico.– Ele solta uma risada nasal e vai em direção a porta, mas é parado por meus pais.

— Doutor!?– Chama minha mãe e Josh a-olho curioso.– Por que não se junta a nós, hoje anoite, no jantar!?– Josh parece surpreso com o convite, até eu fiquei.

— Não sei se é adequado, afinal, eu sou o médico.– Fala ele sem jeito. Ele estar sorrindo fraco e sério.

— Aproveita, comida de graça.– Falo me levantando e indo até minha mochila. Ele rir.

— Já que insisti.– Fala, não o-olho, apenas vou para o banheiro me trocar.

Assim que fecho a porta atrás de mim, me encosto nela escutando os burburinhos vindo do quarto, provavelmente eles estão falando do horário do jantar. Escuto as risadas e acabo deixando o sorriso fraco se abrir em meus lábios...

Deixo os pensamentos de lado e começo a retirar as roupas da mochila, preciso ir para casa, eu tô ficando louca nesse hospital. Não vejo a hora de cair na minha cama macia.

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Estrelinha☆
Sonhos maléficos✨💜

Maybe in another lifeOnde histórias criam vida. Descubra agora