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Pov: S/n Cooper

Sentados na areia, em silêncio

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Sentados na areia, em silêncio. Não conseguir falar e ele não me pressionou, ficou sentado ao meu lado esperando o tempo que me fosse necessário.

— Eles vão vir me ver...– Sussurro, quase inaudível por causa do som das ondas quebrando na costa.

— Eles quem?– Ele questiona baixinho.

— Meus amigos da faculdade... Eu deveria está Paris estudando junto com eles, mas como...– Eu engolir as palavras como um caroço que, saiu rasgando minha garganta.

"Eu estou morrendo" Era isso que eu deveria falar, mas não conseguir.

— Precisei voltar, e... eles me mandaram cartas, dizendo que chegam à alguns dias...– Concluí a frase com dificuldades e abraço meus joelhos.

Ele ficou em silêncio. Eu não sabia muito bem se tinha falado algo errado, ou se ele só estava tentando processar tudo que lhe havia falado.

— Isso não deveria te deixar feliz?– Ele finalmente abre a boca depois de alguns minutos.

— Estou feliz.– Minto.

— Não parece feliz, e... você não sabe mentir.– Eu apoiei minha bochecha em meu joelho e olhei para ele, quase incrédula por sua observação.

— Seus lábios se fecham como se quisesse me dizer algo, mas não pode, e sua voz parece ficar debaixo d'água.– Ele explica me fazendo suspirar.

Fecho os olhos e tento não pensar em nada... segundos depois, sinto seus lábios nos meus, um beijo leve, calmo e sem pressa. Quando nossos lábios se separam, abro meus olhos e o encaro, mas ele continuava com os olhos fechados, parecia que estava tentando não esquecer o gosto da minha boca. Quando ele finalmente abre os olhos, sorrir fraco.

Mal ele sabia que o seu sorriso era a única coisa que me acalmava, nem mesmo o mar era tão tranquilizador quanto seu sorriso.

Sinto sua mão em minha bochecha.
Sua mão era quente e acolhedora.

— Acredite, Cooper, o único motivo de eles estarem vindo é porque amam você. Afinal, é impossível não amar.– Ele murmura confiante.

Por alguns segundos, eu lhe encarei. Encarei seus olhos, seus cabelos, suas bochechas, seu maxilar, sua mandíbula... me sentir triste. As perguntas invadiram minha cabeça e fizeram questionar o porquê de tudo isso, de tudo que estamos vivendo.

— Não sente medo?– Questiono. Sua cara se afunda em confusão.

— De quê?

— Sei lá. Não sente que está fazendo a coisa errada estando comigo? Eu vou morrer... como você se sente sobre isso?– Eu perguntei, mas perguntei temendo à resposta. Ele respirou fundo e encarou o mar.

— Honestamente... quando toquei suas mãos pela primeira vez, senti meus planetas internos entregues à você. Foi como se o mundo estivesse implorando para eu ficar ao seu lado. Eu nunca pensei que fosse me sentir totalmente consumido por alguém... até você chegar.– Suas palavras saiam arrastadas, seu sotaque ficou mais firme.

Maybe in another lifeOnde histórias criam vida. Descubra agora