Me chamem de Deusa, senhoras e senhores, porque acabei e realizar um milagre! EXATAMENTE MAIS UM CAPÍTULO !
Cara eu estou simplesmente encantada com minha escrita, sinto que decai um pouco nos capítulos anteriores, mas agora eu estou com tudo novamente! Alias resolvi dar uma paz nestes pobres personagens, este capítulo não temos tanto sofrimento, mas devo alertar de descrições de auto depreciação da parte de Sally e também sobre dissociação(ou algo parecido.
Repetindo, AVISO DE: Descrições de auto depreciação da parte de Sally e também sobre dissociação(ou algo parecido), se você é sensível quanto a isso recomendo pular o capitulo ou apenas ler seu final.
Por fim, mais uma vez quero expressar o quanto seus comentários alegram meus dias! Sinto muito por não responder todos, entretanto são muitos e as vezes em capitulos diferentes, mas tento ler cada um deles! (e, minha gente, quantas pessoas com Daddy Issues como eu ALÇKFJAÇOF)
Boa leitura!
Às vezes, Sal fugia da realidade sem realmente perceber.
Ele lembra de fazer isso quando mais novo, quando o assunto dos adultos não deveriam ser ouvidos por crianças já que "elas não iriam entender" e "contariam tudo para quem quiser ouvir", ou simplesmente sua mente não queria estar presente naquele momento. Sal deixaria seus pensamentos o levarem como ondas, levando-o para cenários inimagináveis que apenas o garotinho conseguiria pensar enquanto tomava com suas mãos as melhores aventuras e batalhas que aparecerem em seu caminho inventado, se estivesse cansado — ou assustado — demais para isso, ele simplesmente se desligaria. Olhando para o nada Sal poderia ficar horas desligado da realidade, ele havia tido muito treino para isso afinal.
Claro que ao passar dos anos isso não era mais tão divertido assim, o controle da tal atividade escorregou de seus dedos e agora sua mente apenas querendo se proteger da realidade que se tornou tão cruel e cinza. Então ele simplesmente entraria no automático antes que qualquer um e a si próprio pudessem dizer algo.
Era meio triste pensar que até seus pensamentos se tornaram — ou simplesmente sempre foram — um campo cheio de bombas esperando pacientemente para explodir. Uma simples tarefa se transformaria em um monstro invencível num piscar de olhos.
Sua antiga psicóloga lhe disse que isso não era saudável, e sendo sincero consigo mesmo Sal se perguntou o quanto de autocontrole ele usou para não rir na cara da pobre mulher e dizer "Bem, eu não aqui exatamente por ser saudável, não acha?" com todo o sarcasmo que sua língua possuía, seria um tanto injusto com a doutora que estava tentando fazer seu trabalho, então parabéns para ele por conseguir se segurar e se manter educado.
Seria bom se todo esse autocontrole aparecesse mais, ele não teria apanhado tanto.
Oh, ele tinha desviado do assunto principal novamente, sua consciência gostava de fazer isso também.
Afinal com toda essa explicação um tanto demorada Sally apenas queria explicar que era um tanto normal que ele piscasse e as horas simplesmente passassem de um jeito anormal, significava que sua mente tinha saido para passear se esquecendo de deixar uma placa dizendo "saí,mas já volto" para o resto do mundo e, claro, avisar Sally de que iria acontecer. Claro, ele poderia tentar prestar atenção nos sinais, mas Sal é um pouco (leia-se muito) lerdo normalmente além de avoado, chegando a conclusão de: você poderia esfregar os sinais na cara fodida dele, que ainda sim Sal não perceberia o que estava acontecendo.
Assim explicado, Sal tinha o direito de pedir uma ascensão de culpa por não escutar a voz de Larry o chamando pelo Walkie Talkie por mais de vinte minutos (ou o quê ele acha que foi vinte minutos) e, obviamente, não se lembrar de como caralhos ele foi parar em seu quarto no mais absoluto silêncio. Seu pai deve ter pegado um turno a noite em seu trabalho e mais umas horas extras para compensar a folga que tomaria amanhã. Ele tinha a sensação de que o homem mais velho tinha deixado um beijo casto e amoroso em sua testa antes de ir.
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Those blue eyes
FanfictionOnde, em uma noite de saída frustada com seus amigos, Larry conhece o garoto de máscara com os olhos estupidamente azuis que gostava da mesma banda que ele. " - Hey! - Gritou ainda parando o outro no meio do caminho, aqueles olhos tão azuis lhe fita...