Capitulo 33

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Cooper

Depois de sairmos da mansão, eu me senti como se todo o medo que senti ao vir para Londres estava sumindo aos poucos e sendo substituído por uma aflição ainda maior.  O pensamento de estar indo para o galpão onde todas as garotas me odeiam, sendo levada pelo chefe mais agressivo não diminuiu o medo que sinto da reação de Aidan no momento.

Ben soltou meu braço no momento em que saímos do campo de visão do Aidan, a marca vermelha do formato dos dedos do chefe ficou extremamente parente na minha pele pálida.  Ben olhou para a tela de seu celular, apenas para checar a hora, e acabou por recuar comigo antes que saíssemos em direção ao galpão.

"Vamos ter que esperar mais algumas horas, Niall ainda não voltou e é provável que as garotas também não."  Informou o rapaz de olhos negros , indicando com a cabeça para que nós voltássemos para dentro da mansão.

"Não seria melhor que eu voltasse para a boate?As outras garotas já me odeiam, e vão me odiar ainda mais se verem que foi você que me levou."  Dei os ombros enquanto tentava acompanhar os passos longos e rápidos de Ben , o mesmo riu de leve ao meu lado, e pela primeira vez não consegui ver um rapaz agressivo ao meu lado, e sim alguém mais compreensível. 

"Sn, você quer mesmo voltar para uma boate?"  Ele questionou a mim. 

"Como?"  Perguntei de volta a arquear a sobrancelhas, sem sentido o motivo de sua questão.

"Escute, as prostitutas não necessariamente, necessariamente, estar sempre juntas. Tendo um chefe ou algum tipo de segurança responsável por perto é o necessário, o resto é desnecessário. Eu estou com você aqui e está tudo bem, ligada com um dos chefes as  outras garotas não pode, te questionar de nada. "  Ben falou de forma calma e dando ênfase em muitas de suas palavras, gesticulando com a mão enquanto falava.  "Se não entendeu bem, foda-se as garotas, mesmo que certas certas, eu sou o chefe por aqui e eu sempre terei razão, entendeu?"  Seu tom de voz aumentou um pouco, porém seu humor continuou o mesmo, sem alteração de alteração em seu temperamento.

"Pois sim."  Concordei com sua afirmação, soltando um longo suspiro nervoso ao lembrar-me de Aidan, novamente dentro da silenciosa mansão.  O silêncio era tão intenso que até mesmo nossas respirações podiam ser ecoadas pelos corredores vazios. 

"Está com fome, Sn?"  O rapaz de olhos azuis me consulta após um longo silêncio instalado.  Só de ouvir a palavra fome senti meu estômago revirar, afinal eu não comia nada a horas, e todos os acontecimentos anteriores não introduziu com que eu pensasse em comer. 

"Estou."  Responder brevemente.

"Vamos até a cozinha, podemos comer alguma coisa enquanto eu te faço algumas perguntas."  Sugeriu e eu apenas assenti, voltando a acompanhamento o chefe em direção à cozinha.  Fomos andando até o cômodo, a cozinha era simplesmente enorme, quatro vezes maior do que a que havia na minha casa, nos Estados Unidos.  Os armários brancos contrastam com o tom escuro dos eletrodomésticos, uma bancada de mármore ficava bem no meio do ambiente, dividindo o espaço da cozinha com o da sala de jantar.  Ben foi até a geladeira de duas portas e tirou de lá diversas coisas aleatórias, colocando como mesas sobre a bancada.

"Pode comer o que quiser, Amma irá ao supermercado amanhã, e é melhor acabamos com todas essas coisas para não ter que jogar tudo fora."  Ele espalhou as coisas pela bancada e pegou alguns pratos no armário, junto a alguns talheres nas gavetas, entregando alguns dos fatores "Mas então, Sn, para a minha pessoa. Pode me explicar agora o porquê do Aidan estar tão estressado atrás do  Luther? "

"Vou direto ao ponto. Luther me contou sobre o passado de Aidan, sobre a família dele, e sobre a Dyntto ."  Os olhos de Ben saltaram de seu rosto ao ouvir o nome da garota sendo dito, ele engasgou de leve com o biscoito que estava a mastigar, tossiu um pouco e voltar a se concentrar em cada palavra que saía da minha boca.  "Aidan estava com a Dyntto enquanto Luther me contava, eu a ouvi dizer sobre alguns favores que Aidan precisava retribuir à ela, acabei por perguntar isso ao Luther e ele me contou."  Peguei uma torrada e passei creme de amendoim na mesma, devorando-a em poucos segundos, devido à minha fome no momento.

"O filho da puta só pode ter ficado louco."  Ben resmungou, e pela primeira vez eu não me senti incomodada por ouvir um palavrão.  "O passado o Aidan é algo que ele não permite que as prostitutas saibam, Luther deve estar com algum tipo de raiva de Aidan para ter contado. Os dois são amigos muito leais, Aidan tem segredos que nem mesmo eu sei, mas que  o Klaus sabe. "

"Eu só não entendo por quais motivos o Luther me contaria, eu sou só um prostituta nova agora, ele deveria me tratar como outras, talvez assim nenhuma delas me odiaria como faz."  Pensei alto, juramento, mais uma vez, a atenção de Ben.

"Acredite, garota, nenhum dos chefes te trata como outras. As garotas daquele galpão não passam de várias só vadias que querem se dar bem na vida, mesmo ainda presente presas aqui. Precisamos tratá-las de uma maneira que elas percebam que não  podem fazer o que querem. Você não é como elas Sn, diferente delas não gosta de estar aqui e faria tudo para ir embora, não é? " 

"Com certeza, eu queria poder voltar para o Oregon, mesmo que fosse para voltar a viver na minha vida antes. Qualquer lugar parece melhor do que aqui."  Um suspiro longo saiu de mim após as palavras, Ben balançou a cabeça em concordância com a minha afirmação.

...

Inocente / 1 - Aidan GallagherOnde histórias criam vida. Descubra agora