LILI REINHART
Encaro meu rosto inchado e vermelho no espelho pela primeira na semana. Estou horrível, extremamente horrível... horrivelmente despedaçada, sem vontade de fazer nada, sem vontade de comer e com um ódio extremo por homens. Inclusive os da família Sprouse.
Exatamente uma semana após a grande tragédia que estragou minha vida eu ainda não tinha conseguido pisar fora de casa. Sentia que todos a minha volta sabiam do que tinha acontecido e ficariam com pena de mim, coisa que eu não quero. Não quero pena, dó, muito menos atenção vindo das pessoas só porque um idiota me traiu.
Droga, eu ainda não tinha pensado em como seriam as aulas daqui em diante. Faltei essa única semana porque meu pai inventou que eu estou doente mas agora desculpa nenhuma cobriria minhas faltas. Eu teria que ir.
Desligo a luz do meu quarto e me afundo na cama novamente, começando a repassar tudo o que tinha acontecido na minha relação com Cole. Eu ainda procurava o que eu tinha feito de errado para termos uma final como esse. Não era a primeira nem última fez que eu faria isso na semana.
***
— Lil... — Alguém sussurra carinhosamente em meu ouvido. Resmungo um pouco. — Amor, você tem que acordar...
— O que? — Me sento na cama e vejo minha mãe sorrir para mim. Coço os olhos e bocejo, me deitando de novo. — Mãe, por favor...
Falo sentindo lágrimas virem nos meus olhos.
— Lil, filha... — Minha mãe se senta na borda da cama e fazendo um carinho confortável na minha cabeça. Nesses momentos a única pessoa que fazia eu me sentir bem era a minha mãe, ela era a única que não me lembrava de Cole ou de qualquer coisa relacionada a ele. — Você tem que voltar. Não pode deixar que o seu primeiro namorado te faça ficar assim. Foi algo horrível o que ele fez, ninguém mesmo merece experimentar isso mas a vida continua.
— Mãe... — Lágrimas descem pela minha bochecha e ela enxuga com a mão.
— Já conversei com Nessa, ela falou que vai ajudar. Fique tranquila, você não está mais sozinha. Tem eu, Nessa, seu pai, a Cami... — Ela sorri e eu respiro fundo, cogitando se era uma boa ideia ir mesmo para a aula. Eu tenho certeza de que desmancharia assim que colocasse meus olhos em Cole. — Vamos?
Concordo com a cabeça e me levanto, o que é um milagre se quer saber. Minha cabeça doía muito, talvez pelo choro excessivo e a falta de comida.
— Coloque uma roupa mais quentinha, está começando a ficar fresquinho. — Ela ergue as sobrancelhas e sorri. Mamãe sabe que minha época favorita do ano é o outono e inverno. Essas épocas fazem tudo ficar mais aconchegante.
Desanimada, procuro uma calça e sweater no armário e me visto. Graças a minha boa escolha as roupas combinam e eu não preciso me preocupar com isso. Enfio meu tênis nos pés e desço arrastando o corpo. Um cheiro bom de cookies invade meu nariz e meu estômago, logo que chego na cozinha, ronca.
— Que bom que está com fome, não sei o que seria da sua mãe se não comesse os cookies. — Papai sorri pra mim e beija minha testa. Apesar de não demonstrar meu pai odiava a minha situação atual, inclusive porque ela estava sendo causada por um de seus piores alunos. — Minha menina está bem?
Concordo com a cabeça, tentando evitar abrir a boca.
— Qualquer você me chama, certo? — Concordo de novo com a cabeça e vou até a geladeira e me sirvo água. — Como estão as pinturas?
Dou de ombros, nada de muito novo estava saindo esse dias. Nada além se traços escuros e sem graça.
— Assim que terminar de pintar um quadro quero ver! — Me sento ao seu lado novamente e sorrio sem os dentes. — Eles sempre me
animavam quando tinha que criar atividades para as aulas.Sorrio verdadeiramente para ele e deito minha cabeça em seu ombro, agradecendo por ter um pai e mãe que estão ao meu lado acima de tudo.
— Ei, família! — Nessa abre a porta animada. Mordo os lábios, eu ainda não tinha visto ninguém depois de descobrir. — Cookies, delícia!
Ela rouba uma cookie da forma e come, sorrindo para mim. Vanessa empurra o cookie em minha direção e me força a comer.
— Está bom. Vai, come. — Ela abre a boca como se estivesse alimentando um bebê. — Coisa que pelo visto não está fazendo.
Reviro os olhos e mastigo o cookie. Ele estava verdadeiramente bom, engulo e tomo mais um gole d'água, olhando para Vanessa.
— Enfia mais uns cookies na boca e vamos pra escola logo! Ninguém vai nos abalar nos últimos meses de aula! — Nessa fala animada e meu pai ri. — Você não acha? Ela tem que esquecer isso e aproveitar!
— Não é tão fácil... — Falo baixinho, enfiando outro cookie na boca e me proibindo de falar qualquer outra coisa.
— Sabemos que não, amor, mas vamos tentar. Todos juntos. — Minha mãe diz atrás de mim. — Nessa. Oi!
— E aí, Mad!
Ficamos mais alguns minutos conversando até que meu pai falou que era bom nós começarmos a nos agilizar e ir logo para a escola.
— Tchau, amor, boa aula. — Minha mãe beija minha bochecha e eu respiro fundo. Fechando a porta de casa e indo em direção ao carro de Nessa.
Assim que entro largo o corpo no banco e a esfrego aos mãos.
— Pronta para o seu primeiro novo dia?
###
agora que o Cole e a Lili terminaram, a volta deles vai ser mais detalhada e mais demorada, espero que vocês não se irritemksksksksksks
!!!!! eu entrei em semana de prova e escrever novos capítulos ta ficando meio complicado então eu peço desculpa pela demora dos próximos capítulos!
VOCÊ ESTÁ LENDO
storm.
Fanficfic. 𝘀𝗽𝗿𝗼𝘂𝘀𝗲𝗵𝗮𝗿𝘁. + 🪜 】 Todos nós temos seus medos. Altura, aranhas, medo de escuro, que alguém puxe seu pé no meio da noite; e isso é normal. Mas o que todos nunca imaginariam era que Cole Sprouse, o garoto popular e rei dos joguinh...